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DO MITO A FILOSOFIA

Por:   •  15/10/2018  •  869 Palavras (4 Páginas)  •  367 Visualizações

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O mito por si não se preocupa com a veracidade dos fatos, somente na sua explicação. Então em buscas de respostas, os gregos proporcionaram seus mitos relacionados a genealogias compreendidas como teogonias (téos=deuses; gonia=nascimento) palavra do verbo grego que representa nascimento/origem dos deuses e cosmogonias (cosmo=mundo organizado; gonias=nascimento) surgimento do universo.

Contudo num certo momento, o pensamento mítico começa a ser questionado buscando respostas mais racional, é ai que surge o pensamento filosófico.

Os diversos filósofos pré-socráticos buscavam entender a physis (natureza) e o princípio de tudo (arché).

Tales, Anaximandro e Anaxímenes constituíram o trio da chamada Escola de Mileto e ficaram conhecidos como estudiosos da physis. Era o início da filosofia através da racionalidade.

Para Tales, a arché ou seja, o elemento que forma todas as coisas seria a água, que no ciclo de seus estágios (sólido, liquido, gasoso) novas evoluções iriam se desenvolvendo dando origem a toda existência.

Já Anaximandro vai dizer que a arché seria o ápeiron ou seja, uma substância material ou imaterial indeterminada, ilimitado. As diversas substâncias estão em movimento contínuo e dando origem a uma série de contrários como quente e frio, dia e noite.

Anaxímenes dirá que o princípio de tudo seria o ar (pneumo-apeirón). Segundo seu pensamento, por um processo de condensação, o ar se transformava em objetos líquidos e sólidos. E por outro processo, o ar se transformava em gases, ventos, oxigênio e fogo.

Devemos também destacar neste itinerário Heráclito de Éfeso que dirá que a arché é o fogo pois ele purifica e faz parte do espírito dos homens, e também irá tratar do devir.

Segundo Heráclito toda existência está em movimento ou transformação, nada permanece imóvel ou seja “é impossível banhar-se duas vezes na mesma água”, pois na segunda vez nós sofremos mudanças e o rio também.

Para Heráclito há uma multiplicidade do ser o que dá movimento é o conflito dos contrários, surgindo daí a harmonia.

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