DISCIPLINA – ÉTICA E LEGISLAÇÃO
Por: Jose.Nascimento • 27/10/2018 • 1.547 Palavras (7 Páginas) • 334 Visualizações
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“Ele não nega a lei antiga, mas a relativiza num mandamento renovado, o mandamento do amor.”(p.36),
Com embasamento nas sociedades antigas e medievais, o comportamento da sociedade era principalmente baseado na religião que por sua vez tem bases teóricas e práticas, de moral e ética, pois o cristianismo pregava valores morais e religiosos perante a sociedade. A ética medieval, “tem uma consequência profunda: quando o homem se pergunta como deve agir, não pode mais satisfazer-se com a resposta que manda agir de acordo com a natureza, mas deve adotar uma nova posição que manda agir de acordo com a vontade do Deus pessoal” (p.36).
De certa forma, o autor crer que “A religião trouxe, sem dúvida alguma, um grande progresso moral à humanidade” (p.37). Ele compreende que neste ponto, mesmo que com seus diversos problemas morais que os religiosos carregam consigo, elas também evidenciam no ser humano de uma forma geral um autocontrole capaz de segurar sua pretensão negativista por meio de correções divinas como o pecado.
“Confrontando o pensamento grego antigo com o cristão, Kierkegaard percebeu que para os gregos o pecado seria apenas ignorância.” (p.60) no entanto, ao permitir que as maiores atrocidades fossem admitidas sem nenhum constrangimento, como a Inquisição, da religião predominante no ocidente na Idade Média não teve pulso firme para impor uma ética mais saudável à sociedade. Fato que não foi muito bem explorado pelo o autor.
Por meio da ética os seres humanos desenvolvem o livre arbítrio de escolha entre o bem e o mal, o certo e o errado. Porem, esse é o problema da liberdade, que para uns pode ser bom, e para outros já não ser tão cômodo, de tal modo, as relações éticas estão estritamente ligadas ao comportamento humano, pois o ser humano procura atividades que propiciem o seu bem estar individual. A filosofia proporciona à ética, ma reflexão sobre o que é o ser (pessoa) humano(a), cuja a verdade se mostra no projeto de humanização, isto significa, o homem determina seus próprios valores. Como o próprio Sócrates dizia, “conhece-te a ti mesmo”. O autor ( Valls ) destaca em sua obra:
“Falar de ética significa falar da liberdade. Num primeiro momento, a ética nos lembra as normas e a responsabilidade. Mas não tem sentido falar de norma ou de responsabilidade se a gente não parte da suposição de que o homem é realmente livre, ou pode sê-lo. Pois a norma nos diz como devemos agir. E se devemos agir de tal modo, é porque (ao menos teoricamente) também podemos não agir deste modo. Isto é: se devemos obedecer, é porque podemos desobedecer, somos capazes de desobedecer à norma ou ao preceito. (p. 48).”
O mérito definitivo do pensamento, deve-se a Kant, pela sua maneira de pensar na ética não só como filosofia, mas como algo que vem da mente de cada um, como uma formadora determinante de princípios de acordo com a consciência de cada um.
“ O mérito definitivo do pensamento, deve-se a Kant, pela sua maneira de pensar na ética não só como filosofia, mas como algo que vem da mente de cada um, como uma formadora determinante de princípios de acordo com a consciência de cada um.
Um mérito definitivo do pensamento de Kant é ter colocado a consciência moral do indivíduo como centro de toda a preocupação moral. Afinal de contas, o dever ético apela sempre para o indivíduo, ainda que este nunca possa ser considerado uma espécie de Robinson Crusoé, como se vivesse sozinho no mundo. Procurando superar o ponto de vista Kantiano, que chama de moralista, Hegel insistiu em outra esfera, que chamou de esfera da eticidade ou da vida ética. Nesta esfera, a liberdade se realiza dentro das instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e o Estado. Hegel não teme afirmar que ‘o Estado é a realidade efetiva da ideia ética’. Não ha dúvidas que a exposição de Hegel tem pelo menos o mérito de localizar onde se encontram os problemas éticos. (p. 70- 71).”
Hegel apresentou ao pensamento individual de Kant e pensa os problemas éticos atuais de uma forma mais coletiva. Ele destaca a problemática da ética hoje em dia dividindo-a em três pontos no que ele chama de Eticidade ou vida ética: A Família, Sociedade civil e Estado.
São diversas as questões que assolam a humanidade acerca da ética, poderíamos escrever diversas delas, porém é um processo bastante complexo. Pois na descoberta do conhecimento científico a ética não ficou para trás tornando-se difícil de defini-la.
“A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se, ao contrário das tendências privatistas da moral, com o julgamento do sistema econômico como um todo. O bem e o mal não existem apenas nas consciências individuais, mas também nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema. (p.73)”
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