Boom e limites da Cacaiucultura
Por: YdecRupolo • 11/1/2018 • 1.239 Palavras (5 Páginas) • 373 Visualizações
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Concomitante a implantação da nova industria , a urbanização da Bahia ganhou novo ritmo após 1950. A aceleração do crescimento urbano foi um processo concentrado em Salvador e seu entorno que deu simultaneamente ao desenvolvimento dos serviços na capital.
Na segunda metade do século XX a Bahia permaneceu um dos estados menos urbanizados do país. Esse baixo dinamismo desviou parte do fluxo migratório oriundo do campo baiano para outros pólos do país, o que reduziu as taxas de crescimento das cidades de porte intermediário na Bahia.
Os investimentos da Petrobrás e a montagem de Plantas industriais na Bahia e em outros estados do Nordeste permitiram a expansão de empresas baianas de construção civil. O desenvolvimento do transporte aeroviário no país e o asfaltamento da BR-116 colocaram Salvador no mapa do turismo nacional, bem como o ensino superior que foi outro setor vital para a futura economia soteropolitana.
Na virada do século XX para o século XXI, esse amplo conjunto de atividades industriais e ‘’terciárias’’ criou as condições para a rápida expansão e diversificação dos serviços empresariais.
Declínio do recôncavo e formação da RMS
O asfaltamento da BR-116 e a implantação de uma malha rodoviária no recôncavo desarticularam as antigas redes de transporte regionais, de base ferroviária e fluvio-maritima. Os investimentos nas fabricas do CIA e do COPEC completaram essa desarticulação pois reduziram a importância a economia agroexportadora regional.
Houve um deslocamento do centro de gravidade econômica e, consequentemente, da hierarquia urbana regional do recôncavo sul. No recôncavo norte, o deslocamento foi reforçado pela implantação da Estrada do coco e da linha verde.
Dessas mudanças, na estruturação do espaço econômico regional, a criação, em 1973, da Região Metropolitana de Salvador,reunindo, em principio, uma dezena de municípios, mas apenas a capital e sua periferia industrial. A Região Metropolitana de Salvador passou a ser o lugar privilegiado da intervenção governamental.
A economia de Salvador entre 1980 e 2005- Impacto da globalização e da reestruturação produtiva
O desenvolvimento da agroindústria e da produção industrial de bens de finais limitado. Sua evolução estava submetida a dinâmica da acumulação do grande capital financeiro e industrial concentrado no pólo econômico do país. A nova industrial não eliminou o relativo atraso da economia regional diante da economia do ‘pólo ’nacional, e sim repôs num patamar mais elevado, alem de não ter criado a massa de empregos na Bahia.
Os baixos investimentos para a industrialização brasileira devido ao esgotamento da substituição de importações, que abriu espaço para maior penetração no mercado mundial de produtos e capitais estrangeiros, com as empresas, no Brasil sendo obrigadas a competir com o produto importado. Assim, o resultado foi a guerra de muitas empresas brasileiras em vários segmentos.
O futuro da economia soteropolitana: Serviços superiores, conhecimento e
Cultura
Salvador é uma das principais cidades com crescimento populacional alto no território brasileiro. Sua região metropolitana é a quinta do país e a primeira do Nordeste em termos de geração de valor. Isso confirma, essas regiões como um dos principais pólos econômicos do país e a mais importante economia do Nordeste, estão significativamente menosprezadas no cenário de exportação.
Apesar do crescente avanço econômico da RMs, a maioria da população vive em situação de extrema desigualdade socioeconômica, assim como Salvador.
Alem disso, a população soteropolitana tem sua força de trabalho baseada na informalidade. Metrópoles como a capital baiana são centros de produção de serviços e, apesar da informalidade, da desigualdade e independente dos níveis de renda média per capita, o tamanho absoluto da população, sua densidade e sua velocidade de crescimento compõem por si só, um indicador do seu potencial econômico.
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