Alberto Caeiro e Nietzsche

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Logo, a opinião de Nietzsche, grande filósofo alemão, afirma que o sentir é tão importante quanto a razão. Nietzsche propõe não ficar apenas no mundo das ideias, mas também vivenciar um mundo da admiração, para este filosofo, a instância do pensamento e do sentimento se entrelacem, pois, somos seres que pensam, mas que também sentem. A filosofia por muito tempo desprezou o sentimento, priorizando a razão, a metafísica, o ser como aquele que detém o conhecimento, que é o centro do mundo, sendo portador da verdade, o que fez Nietzsche se perguntar que verdade era aquela, pois o que pode ser verdade agora pode não ser mais daqui a pouco segundos, mostrando-nos que a verdade que muitos filósofos procuram é uma verdade frágil,limitada,pois não temos uma verdade consistente, com absoluta certeza, mas, que vivemos num mundo de incertezas.

A filosofia de Nietzsche se associa ao poema de Caeiro quando reforça a característica dos sentidos, de uma filosofia que não intentam explicar ou descrever abstratamente, mas que também sente. Além disso, quanto as associações aos pensamentos de Aristóteles, pode-se dizer que o poema traz algumas referências aos conceitos principalmente no que diz respeito ao movimento de perceber as coisas como elas estão.

A poesia mostra uma maneira de se admirar com o mundo, e que o sentir é a primeira instância do ser humano, como se ele visse as coisas de maneira diferente a cada dia, vendo-as com admiração e sensibilidade, trazendo as sensações das vivências e das sensações pelas pequenas coisas. Mostrando que a vida não é apenas feita de razão, mas também é feita de sensações e que o sentir e o saber se complementam quando vivemos realmente enquanto humanos, ou como diria Nietzsche ‘demasiadamente humanos’. Que assim como a poética de Fernando |Pessoa, tenhamos mais filosofia para o sentir.

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