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A Imagem do Homem Ideal nos Dias de Hoje

Por:   •  16/4/2018  •  2.131 Palavras (9 Páginas)  •  501 Visualizações

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Salvação da alma

Sob influência de seitas protestantes e do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), Comênio acreditava que a salvação da alma poderia ser alcançada durante a vida terrena e que o caminho para isso poderia ter a ajuda da ciência. Para ele, a criatura humana correspondia ao ideal de perfeição. Comênio acreditava que, por ser dotado de razão, o homem pode entender a si e a todas as coisas. Portanto, deve se dedicar a aprender e a ensinar. Seguindo esse pensamento, Comênio conclui que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação, o "fazer".

No pensamento humanista do pedagogo tcheco, a instrução e o trabalho diferenciavam o homem burguês do homem feudal. Em sua trajetória, o novo indivíduo deveria imitar a natureza, porque, emulando Deus e respeitando as aptidões de cada um, não haveria possibilidade de erro. De Bacon, Comênio adotou o método empírico de explorar o mundo, em contraposição às verdades impostas pelo ensino medieval. Pela experimentação, ele acreditava que todos poderiam vir a enxergar a harmonia do universo sob o caos aparente. "Comênio queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação", diz Gasparin. "Era um grande idealista."

Concepção de didática

“Que dádiva maior e melhor podemos oferecer ao Estado senão educar e cultivar a juventude? Sobretudo em tempos e costumes tais, nos quais ela avançou tanto que precisa ser freada e controlada pela ação de todos”: é o que diz Cícero20. Melanchton, por sua vez, escreveu que “dar uma formação correta à juventude é mais difícil que expugnar Troia”. E Gregório de Nazianzo afirma: “a arte das artes está em formar o homem, o mais versátil e mais complexo de todos os animais”.

. Ensinar a arte das artes é, portanto, tarefa árdua que requer o juízo atento não de só um homem, mas de muitos, porque ninguém pode ser tão atilado que não lhe escapem muitas coisas.

. Por isso, peço aos meus leitores, ou melhor, em nome da salvação do gênero humano, esconjuro todos os que me leem, primeiro lugar, a que não qualifiquem de temeridade o haver alguém ousado não só tentar coisas tão grandiosas, mas sobretudo prometê-las, visto que tudo isso é feito com um fim salutar; em segundo lugar, que não desesperem se a primeira tentativa não tiver sucesso imediato e se a empresa concebida segundo os nossos desejos não for por nós levada à absoluta perfeição. Na verdade, é necessário que as sementes das coisas comecem antes a germinar, para que depois se desenvolvam em graus sucessivos. Por mais imperfeitas que sejam estas nossas coisas e ainda que não alcancem o fim proposto, mesmo assim este estudo servirá para ensinar que há um degrau mais alto e mais próximo da meta do que até agora se acreditou. Rogo, enfim, aos leitores que tenham em si a atenção, o empenho, a liberdade e também a acuidade da mente que convêm às circunstâncias mais importantes. Devo agora aludir rapidamente à ocasião que me levou a iniciar este trabalho, exponho depois, de modo simples, os pontos capitais da nova invenção; confio, com fé plena, aquela à franqueza e estes ao exame de quantos julguem com retidão.

“A maior contribuição de Comênio para a educação dos dias de hoje é, segundo o professor Gasparin, a ideia de "trazer a realidade social para a sala de aula, fazendo uso dos meios tecnológicos mais avançados à disposição". De tão fascinado pela invenção da imprensa e pela possibilidade de disseminação de conhecimento que ela representava, Comênio criou a expressão "didacografia" para designar o método universal de ensino que ele pretendia inaugurar”.

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Biografia – Anísio Teixeira

Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900 em Caetité (BA), Diplomou-se em 1922 e em 1924 já era inspetor-geral do Ensino na Bahia. Viajando pela Europa em 1925, observou os sistemas de ensino da Espanha, Bélgica, Itália e França e com o mesmo objetivo fez duas viagens aos Estados Unidos entre1927 e 1929. foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde criou entre 1931 e 1935 uma rede municipal de ensino que ia da escola primária à universidade. Com a instauração do governo militar em 1964, deixou o instituto - que hoje leva seu nome - e foi lecionar em universidades americanas, de onde voltou em 1965 para continuar atuando como membro do Conselho Federal de Educação. Morreu no Rio de Janeiro em março de 1971.

A imagem do homem ideal nos dias de hoje por Anísio Teixeira

Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil

Para o pragmatismo, o mundo em transformação requer um novo tipo de homem consciente e bem preparado para resolver seus próprios problemas acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio, "uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução".

Didática da ação As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar a escola, começando por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil. O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido. Para o pensador, não se aprendem apenas idéias ou fatos mas também atitudes, ideais e senso crítico - desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades.

Por tudo isso, na escola

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