Resenha Critica vikings 4x10

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A ideia central desse primeiro ato, é a batalha entre esses dois personagens, Rollo, convertido pela fé cristã e Ragnar defendo seus Deuses pagãos. A escolha da palheta de cor até esse momento é crucial para passar o entendimento necessário ao telespectador. Devido ao grande numero de pessoas em cena, muita informação contida e batalhas físicas, o diretor de arte suaviza nosso olhares com uma palheta de cor que transita entre suaves tons de azul e tons de cores neutras, como o bege e o marrom, para assim não nos desviar a atenção do que realmente importa.

O fim do primeiro ato é marcado pelo termino da batalha e a derrota vikings para o exercito francês. A partir dai vemos o antagonista Rollo, agradecendo a seu novo Deus, pela vitória, se distanciando cada vez mais de seu passado e fortificando seu papel de antagonista.

A forma como a passagem do tempo é abordada na série é reflexo da grande riqueza de detalhes, dificilmente o decorrer do tempo é falado explicitamente, o ano em que estão nunca é mencionando. As mudanças são percebidas através das estações do ano e do envelhecimento dos personagens. E dessa forma se inicia o segundo ato, quando voltamos a vila de Kategatt.

Anos se passaram desde de a derrota para os franceses, e Ragnar, nosso protagonista desapareceu após ser derrotado por seu irmão. Nesse ato, seus filhos e sua esposa são a parte central, buscam não só seguir a vida mas também entender o que aconteceu com seu pai. Bjorn, filho de Ragnar, se mostra partilhar do mesmo desejo conquistador de seu pai, sonhando com o até então desconhecido Mar Mediterrâneo, enquanto seus irmãos parecem ter perdido a fé em seu pai.

Nesse momento cenas internas chamam a atenção, o diretor de arte usa das fortes chamas das velas, presente em candelabros para colorir o cenário. Trazendo uma palheta de cor que gira em torno de tons de amarelo beirando o laranja, para assim criar mais intensidade aos discursos e causar uma forte sombra e contraste aos personagens.

O segundo ato termina com revelações e descobertas do passado de Ragnar, e a trilha sonora mesmo que instrumental é interrompida para trazer o público para dentro da história, dando valor aos diálogos.

É quando começa o terceiro e último ato do episódio, com a aparição do até então desparecido personagem principal, Ragnar. Ele retorna a vila de surpresa, e é recebido com certa indignação por seu povo e filhos, ambos parecem não entender seu retorno.

Ragnar desafia a todos a disputarem um luta contra ele, porém todos permanecem estáticos, petrificados como se tivessem vendo um fantasma. O terceiro ato termina assim como o episódio ,com Ragnar empunhando a espada no solo, desfiando qualquer um que tenha a coragem de enfrenta-lo. Deixando os telespectadores suspensos, sem um desfecho, nos deixando um gancho para a próxima temporada.

Sem dúvidas, diferencial de Ragnar como personagem principal é que ele não busca somente força entre os deuses, vê que o seu povo deve enxergar além disso e ver que há algo além que um rei precisa ter constantemente ao seu lado: honestidade e lealdade. Atributos que sabemos bem que naqueles tempos eram algo que estavam em falta ou simplesmente não existiam, forçando não só Ragnar a se questionar sobre o mistério da morte mas o que faziam pessoas serem realmente dignas de confiança.

PALHETA DE CORES :

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