O Mercado de Notícias - Resenha

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O filme atenta para uma notícia divulgada em vários jornais no ano de 2004 a respeito de um quadro no prédio do Instituto Nacional de Serviço Social (INSS). A divulgação foi tanta, que quando o prédio pegou fogo no ano seguinte, alguém arriscou a própria vida em meio às chamas para salvar a peça. A pintura seria uma obra perdida de Pablo Picasso que foi adquirida pela instituição como pagamento de uma dívida. No entanto, a verdade é que se tratava apenas de um pôster, e o verdadeiro quadro encontra-se no Museu Solomon R. Guggenheim, em New York. A situação é contada com humor e mostra o peso do papel ideológico da mídia.

A seguir, analisou-se as questões de ganhos financeiros e de publicidade oficial. O jornalista tem uma obrigação com a notícia e não deve se deixar influenciar pelos patronos de seu veículo. A opinião dos profissionais é que a informação deve ser divulgada independentemente de quem financia sua publicação. “A liberdade de imprensa é poder investigar e divulgar na forma que for, doa a quem doer”, como disse Renata Lo Prete.

Fechando a obra, os jornalistas discutem o futuro de sua profissão. Citam a revolução tecnológica, como o profissional deve se preparar para as novas gerações de públicos e a importância de se passar adiante as informações do mundo. De fato, é um ofício de grande poder e responsabilidade, ainda que às vezes estes sejam esquecidos, mas não deixa de ser uma profissão de grande encanto e nobreza.

O documentário é indispensável para os estudantes que desejam ingressar numa carreira de jornalismo porque aborda a profissão de uma forma divertida sem deixar de explicar seus sucessos e seus fracassos.