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Weber Fichamento Conceitos Sociológicos Fundamentais

Por:   •  15/5/2018  •  1.787 Palavras (8 Páginas)  •  470 Visualizações

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- Ação Social/Modos de Ação Social

- 1.A ação social (incluindo omissão ou tolerância) orienta-se pelo comportamento de outros, seja este passado, presente ou esperado como futuro (vingança por ataques anteriores, defesa contra ataques presentes ou medidas de defesa para enfrentar ataques futuros). Os “outros” podem ser indivíduos e conhecidos ou uma multiplicidade indeterminada de pessoas completamente desconhecidas (“dinheiro”, por exemplo, significa um bem destinado à troca, que o agente aceita no ato de troca, porque sua ação está orientada pela expectativa de que muitos outros, porém desconhecidos e em número indeterminado, estarão dispostos a aceita-lo também, por sua parte, num ato de troca futuro).(p.14)

- 2.Nem todo tipo de ação – também de ação externa – é “ação social” no sentido aqui adotado. A ação externa, por exemplo, não o é, quando se orienta exclusivamente pela expectativa de determinado comportamento de objetos materiais. O comportamento interno só é ação social quando se orienta pelas ações de outros. Não o é, por exemplo, o comportamento religioso, quando nada mais é do que contemplação, oração solitária etc.(p.14)

- 4.A ação social não é idêntica a) nem a uma ação homogênea de várias pessoas, b) nem a qualquer ação influenciada pelo comportamento de outras. a) Quando na rua, ao começar uma chuva, muitas pessoas abrem ao mesmo tempo os guarda-chuvas, a ação de cada um (normalmente) não está orientada pela ação dos outros, mas a ação de todos orienta-se, de maneira homogênea, pela necessidade de proteção contra a água. (p.14)

- 2.A ação social, como toda ação, pode ser determinada: 1) de modo racional referente a fins: por expectativas quanto ao comportamento de objetos do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando essas expectativas como “condições” ou “meios” para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos racionalmente, como sucesso; 2) de modo racional referente a valores: pela crença consciente no valor – ético, estético, religioso ou qualquer que seja sua interpretação – absoluto e inerente a determinado comportamento como tal, independentemente do resultado; 3) de modo afetivo, especialmente emocional: por afetos ou estados emocionais atuais; 4) de modo tradicional: por costume arraigado.

- Relação Social

- Relação social: comportamento "reciprocamente referido quanto a seu conteúdo de sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por essa referência (...) completa e exclusivamente na probabilidade de que se aja socialmente numa forma indicável (pelo sentido)" (p.16).

- Tem como uma de suas características conceituais a necessidade de um mínimo relacionamento recíproco entre ambas as partes, mas não se trata de uma solidariedade.

- Weber fala aqui no sentido empírico visado pelos participantes no caso concreto, no tipo puro (jamais tipo certo, correto etc.)

- Uma relação social pode ter um caráter inteiramente transitório, bem como implicar permanência, isto é, que exista a probabilidade da repetição contínua de um comportamento correspondente ao sentido (considerado como tal e, por isso, esperado. A existência de uma relação social nada mais significa do que a presença dessa probabilidade, maior ou menor, de que ocorra uma ação correspondente ao sentido, o que sempre se deve ter em conta para evitar ideias falsas. (p.17)

O conteúdo de uma relação social pode ser combinado reciprocamente, e cada um orienta sua ação a promessa feita ao outro.

Podemos observar regularidades na ação social, com estes tipos de recursos, repetição em um agente ou entre muitos agentes. Costume: exercício baseado em habito inveterado; diferente da regularidade condicionada pela "situação de interesses" dependente da probabilidade de que os indivíduos orientem por expectativas suas ações puramente racionais referentes a fins.

- Relação social chama-se "relação comunitária" "quando e na medida em que a atitude na ação social – no caso particular ou em media ou no tipo puro – repousa no sentimento subjetivo dos participantes de pertencer (afetiva ou tradicionalmente) ao mesmo grupo" (WEBER, 2009, p. 25).

- Trata-se de "relação associativa" (societária) "atitude na ação social repousa num ajuste ou numa união de interesses racionalmente motivados (com referência a valores ou fins) (...) pode repousar (...) num acordo racional por declaração reciproca" (WEBER, 2009, p. 25). Ação correspondente está racionalmente orientada: a) de maneira racional com relação a valores, crença no compromisso próprio; b) de maneira racional referente a fins pela expectativa de lealdade da outra parte.

- Legitimidade ou Ordem Legítima

- §5 Toda ação, em especial a social, e particularmente a relação social, podem ser orientadas pelos participantes pela representação de uma ordem legitima. Probabilidade desta ocorrência chamamos de "vigência"(p.19)

- §6 A legitimidade de uma ordem pode estar garantida em uma atitude interna (modo afetivo: por entrega emocional, modo racional referente a valores morais, estéticos etc.), e/ou pelas expectativas de determinadas atitudes externas (pelas situações de interesse). Uma ordem pode ser uma convenção (probabilidade de um discordante ser visto com reprovação) e direito (garantia externa pela probabilidade de coação exercido por um quadro de pessoas com função especifica para castigar a violação da ordem e forçar sua observação).

- Associação

Na associação encontra-se um caráter ordenado que serve de referência para os agentes individuais dela participantes. Semelhante à ação social, as associações executam atividades sociais orientadas no sentido dos fins determinados pela ordem em que têm existência.

- Chamamos de “associação” uma relação social fechada para fora ou cujo regulamento limita a participação quando a observação de sua ordem está garantida pelo comportamento de determinadas pessoas, destinado particularmente a esse propósito: de um dirigente e, eventualmente, um quadro administrativo que, dado o caso, têm também condições normais, o poder de representação. (p.30)

A existência de uma associação é completamente dependente da presença de um dirigente e, eventualmente, de um quadro administrativo, ou seja, de existir a probabilidade de haver uma ação de pessoas

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