Tocqueville: A sociedade moderna como "democracia"
Por: eduardamaia17 • 5/3/2018 • 827 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
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de "nobreza” pode ser visualizado. O igualitarismo político de Weber, opostamente a Rousseau que defendia a vontade geral e soberania popular e rejeitava as facções (partidos políticos, por exemplo) e representações, caracterizava-se por uma política moderna burocrática (para ser impessoal), hierárquica e com representações.
Para Maquiavel, em “O Príncipe” (1513), apesar de períodos tão distintos, a ética foi teorizada de forma racional e menos simplista. A teoria de que o “poder corrompe” foi substituída pelas razões de estado como justificativa para todas as ações. O político não teria o direito de atender apenas a seus princípios e valores pessoais. É o dilema das “duas éticas”, o conflito do político. É a ética dos fins últimos (ética da convicção) se contrapondo a ética da responsabilidade.
Na ética da convicção, ou ética dos profetas, há a profecia de valores, enunciando as boas novas e deixando as consequências nas mãos de Deus. O político age de maneira “exemplar”, de acordo com sua verdade ou princípio. No entanto, o povo espera alguém que o defenda. Um chefe político que segue a ética da convicção pode tender ao autoritarismo quando seus princípios são soberanos e suas ações baseadas exclusivamente neles.
A ética da responsabilidade é o tipo de ética esperada de um chefe político. Os resultados das ações do chefe são mais importantes, sobrepondo-se a aquilo que foi feito. Existe um poder coercitivo do chefe político sobre as pessoas, ficando aqui a necessidade de atentarmos para o desenvolvimento de uma ditadura.
Madison, contrapõe-se a Rousseau, defende a proliferação das facções como forma de evitar o autoritarismo. A democracia então desloca-se rumo ao procedimento: eleições, representações. No entanto, Robert Dahl critica a democracia madisoniana e a divisão de poderes como remédio contra a tirania. Ele conclui que a divisão por si só não afasta a possibilidade de tirania, embora a dificulte.
Robert Dahl, em “Um Prefácio a Teoria Democrática” (1956), critica também a regra da maioria, pautada na igualdade política e soberania popular. Defende a Poliarquia – multiplicação das fontes de poder, decorrentes de uma sociedade complexa, cujo subproduto é uma democracia moderna onde temos máxima participação e liberalização individual.
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