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Paradigmas nos Estudos Organizacionais

Por:   •  10/9/2018  •  2.022 Palavras (9 Páginas)  •  232 Visualizações

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Para tentar minimizar o embate originado pelos paradigmas proposto por Burrell e Morgan (1979), surgiram algumas perspectivas denominadas multiparadigmáticas. Essas perspectivas oferecem a possibilidade de criar novos insights porque partem de diferentes bases ontológicas e epistemológicas, o que implica a possibilidade de vislumbrar diferentes facetas do fenômeno organizacional e produzir diferenças marcantes e informações sobre visões teóricas ou fenômenos em estudo (Gioia e Pitre, 1990). Alguns estudos reconhecem que a perspectiva multiparadigmática adota uma postura pós moderna (Schultz e Hatch, 1996) que defende a existência de várias formas de compreensão da realidade social e a integração de várias perspectivas teóricas que ampliam “as lentes” ou visões utilizadas para se olhar um fenômeno social.

Para finalizar o autor aborda a importância da introdução de uma perspectiva multiparadigmática, pois está apresenta três posições metateóricas muito interessante: incomensurabilidade, integração e cruzamento entre os paradigmas. E que os estudos organizacionais ainda estão em processo de reformulação, abrindo espaço para uma perspectiva multiparadigmática (Ramos,1989; Rodrigues Filho, 1997). E esta reformulação significa evoluir nos estudos organizacionais, procurar aprofundar melhor nas organizações, ampliar o aprendizado e estimular estudos no campo.

4.2 Resumo da segunda obra

ESTUDOS ORGANIZACIONAIS: UMA RELAÇÃO ENTRE PARADIGMAS, METANARRATIVAS, PONTOS DE INTERSEÇÃO E SEGMENTAÇÕES TEÓRICAS

O trabalho teve como objetivo de identificar um quadro de análise que contemplasse o relacionamento entre paradigmas, metanarrativas, pontos de interseção e segmentações teóricas relacionados aos estudos organizacionais. Para conseguir alcançar o objetivo proposto foram abordados os paradigmas de Burrell e Morgan (1979), os pontos de interseção propostos por Reed (2007) e a segmentação das teorias organizacionais oferecida por Marsden e Townley (2001). Através de uma pesquisa qualitativa, exploratória e bibliográfica o autor chegou nas seguintes conclusões.

Os paradigmas criados por Burrell e Morgan, Funcionalista se liga com os pontos de intersecção proposto por Reed nos quadros de Racionalidade, Integração e Mercado, por se tratar de ordem, consenso e liberdade, já os paradigmas Interpretativista com o Conhecimento, o Humanismo radical com a Justiça e Estruturalista radical com Poder devido a dominação dos indivíduos. E a teoria organizacional normal é representada apenas pela sociologia Funcionalista, devido a visão positivista, objetivista e realista voltada para a eficácia e eficiência, e a Contranormal por todas as outras sociologias, pois está surgiu pelas diversas insatisfações com a teoria normal, logo ela é representada pela Interpretativista, Humanista Radical e Estruturalista Radical.

Após esta análise de integração entre diversas teorias dos estudos organizacionais, o autor construiu um quadro com todas essas teorias interligadas, com isso foi possível concluir que os pontos de interseção propostos por Reed (2007) confluem de uma segmentação teórica defendida por Marsden e Townley (2001) entre teorias organizacionais normais e teorias organizacionais contranormais. Estas englobam todas as metanarrativas interpretativas de Reed (2007), que por sua vez são compreendidas pelos paradigmas de Burrell e Morgan (1979). E finaliza dizendo que as proposições criadas são finitas e estão abertas a validações ou confrontamentos.

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4.3 Resumo da terceira obra

PARA ALÉM DOS PARADIGMAS NOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS: O CÍRCULO DAS MATRIZES EPISTÊMICAS

As contribuições de Gibson Burrell e Gareth Morgan (1979) tem sido objeto de inúmeros debates e controvérsias no campo dos estudos organizacionais, devido a sua incomensurabilidade, por isto Ana Paula Paes propôs em seu trabalho apresentar um esboço de proposta alternativa ao diagrama de paradigmas sociológicos para orientar os estudos organizacionais: o Círculo das Matrizes Epistêmicas. Com essa proposição teórico-analítica, buscou sustentar uma nova lógica de pensamento para os estudos organizacionais a fim de superar a mentalidade paradigmática inserida por Burrell e Morgan (1979). O Círculo das Matrizes Epistêmicas é constituído das seguintes matrizes que se guiam pelos três interesses cognitivos discutidos por Jürgen Habermas (1968/1982) em Conhecimento e Interesse: a matriz empírico-analítica (interesse técnico), a matriz hermenêutica (interesse prático) e a matriz crítica (interesse emancipatório).

A intenção é revelar como o modelo de Burrell e Morgan desencadeou um debate longo e interminável na área, que até hoje não encontrou um consenso ou resolução. Para isso, a autora, discute brevemente a teoria kuhniana de desenvolvimento do conhecimento e em seguida, apresenta e explica o diagrama dos paradigmas sociológicos de Gibson Burrell e Gareth Morgan. Em seguida, evidencia como o debate sobre a guerra paradigmática se desenvolveu no campo dos estudos organizacionais, revelando as posições dos pesquisadores, bem como a esterilidade do debate sobre essas batalhas. Em seguida, faz uma crítica da teoria kuhniana do desenvolvimento para colocar em questão a ideia de que as revoluções científicas explicam como o conhecimento se desenvolve nos estudos organizacionais.

Como conclusão a análise das abordagens sociológicas confirma as teses da incompletude cognitiva e da reconstrução epistêmica, além de validar uma nova teoria de desenvolvimento do conhecimento que diverge da proposta kuhniana. Conforme apresentado no artigo, a tese das reconstruções epistêmicas evidencia que o conhecimento sociológico se desenvolve por meio de reconstruções epistêmicas embrionárias ou avançadas. Não se tratam de rupturas paradigmáticas ou revoluções científicas, mas de criação de teorias e metodologias de fronteira, ou de abordagens sociológicas híbridas, que procuram superar a incompletude cognitiva, ainda que essa não seja uma tarefa totalmente possível, pois nenhuma reconstrução epistêmica é totalmente bem sucedida.

4.4 Comparações entre as obras à luz do tema

Todos os três estudos concordam que quando se trata de paradigmas organizacionais o modelo criado por Burrell e Morgan (1979) é uma das principais contribuições para o estudo cientifico da sociedade e das organizações, mas todos também concordaram que existem falhas no modelo, pois gerou inúmeras

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