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Organização do Trabalho Acadêmico

Por:   •  12/8/2018  •  1.345 Palavras (6 Páginas)  •  228 Visualizações

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Sendo assim Lorena Holzmann afirma que um dado pode ser considerado universal: o de que as funções prioritárias da mulher são sua dedicação à esfera doméstica e o desempenho de tarefas que assegurem a manutenção e a reprodução do grupo familiar.

O lugar da mulher no mercado de trabalho

A proporção da população feminina na faixa etária dos 15 aos 64 anos aumentou sigficamente entre 1970 e 1990 em quase todos os países desenvolvidos: nos EUA de 48,9% para 69,1%; no Japão de 55,4% para 61,8%; e na Espanha de 29,2% para 42,8%. No Brasil essa proporção era de 20,9% em 1970 segundo os censos demográficos, alcançando 40,4% em 1997.

S mulheres se concentram em categorias ocupacionais, o que são configurados como “guetos femininos” no mercado de trabalho, elas se concentram nos níveis mais baixos da hierarquia técnica funcional e salarial (Bradley, 1989).

Belmira Magalhães e Geice silva apontam em sua reflexão a pesquisa realizada por Bruschini 2000, onde ela afirma que existem dificuldades para que as mulheres se dediquem ao trabalho ou frequentemente causam algum transtorno ao seu desempenho. O que leva a pensar que elas são “trabalhadoras de segunda categoria”. Tais dificuldades referem-se ao fato de que as mulheres continuam sendo as principais responsáveis pelas atividades domésticas e cuidados com os filhos.

Políticas públicas para as mulheres

Em sua monografia Cynthia Peluzzo afirma que nos anos 90, com o impulso da Constituição Federal e das Conferências de Viena em 1993 e da IV Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim em 1995, constituíram-se as políticas públicas de gênero, nas quais os direitos das mulheres eram tidos como direitos humanos. A partir dessas realizações o Brasil passou a tomar medidas que impulsionam essas políticas públicas direcionadas a mulheres, e algumas das mais importantes são: A criação da Lei Maria da Penha (lei 11340/06), onde cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A criação das Delegacias especializadas em defesa dos direitos das mulheres, primeira política pública direcionada a as mulheres vítimas de violência criada no Brasil, sendo sua primeira delegacia instalada em São Paulo há 30 anos. A política de cotas para a candidatura de mulheres nos partidos políticos, onde obriga o preenchimento de 30% das vagas com mulheres além de reservar 10% do horário da propaganda eleitoral e 5% do fundo partidário pra a formação política e o incentivo à participação feminina. E a emenda à Constituição nº 72(Lei complementar 150/15) no qual busca a formalização do trabalho doméstico, entre outras.

As políticas públicas para as mulheres são essenciais para a efetivação da igualdade entre os gêneros ao se focar nas perspectivas de autonomia, emancipação, cidadania, trabalho e renda.

Escolaridade feminina

Para Belmira Magalhães e Geice Silva crescimento da escolaridade feminina e amplamente verificável nos países centrais e naqueles que constituem a periferia do capital. Vou focar no que diz respeito à periferia.

Na periferia de acordo com a pesquisa de Abramo 2000, o nível médio de instrução das mulheres é superior ao dos homens. Estas possuem, em média nove anos de instrução, enquanto os homens possuem oito; isso se traduz em uma significativa presença feminina no grupo de profissionais e técnicos (mais de 50%) nas zonas urbanas de muitos países, destacando-se Chile, Venezuela, Costa Rica, México e Venezuela (ABRAMO, 2000, pág.115).

Em 1990 no Brasil as mulheres compunham 50% dos concluintes do nível superior, em 1997, representavam 54,2% entre os que têm nível de instrução mais elevado (RUSCHINI, LOMBARDI, 2003, P. 331-333).

Contudo constata-se que essas mulheres sofrem opressão de gênero na universidade principalmente nos cursos das áreas de Ciências Exatas e tecnológicas. No exercício da atividade profissional encontram problemas relativos à desvalorização profissional, com dificuldades de ascensão a postos de chefia e recebimento de salários mais baixos que o dos homens.

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