CATALOGAÇÃO COOPERATIVA: RELATÓRIO BIBLIOGRÁFICO E DE VISITA TÉCNICA A BIBLIOTECA SETORIAL DO NÚCLEO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (NEPSA)
Por: Kleber.Oliveira • 3/7/2018 • 1.319 Palavras (6 Páginas) • 562 Visualizações
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2 CATALOGAÇÃO COOPERATIVA
A Catalogação Cooperativa consiste numa parceria entre a informática e a biblioteconomia, que possibilita na cooperação catalográfica a consulta a diversos bancos catalográficos originários de diversas instituições, ampliando a probabilidade de encontrar a informação desejada.
Santos (2005), define a Catalogação Cooperativa como uma ferramenta na era informacional que ajuda a disseminar a informação registrada de maneira ágil e simples.
Boto (2011), acrescenta ainda que a Catalogação Cooperativa é o trabalho realizado por vários catalogadores em várias bibliotecas, que utilizam para a descrição física de seus documentos, formato de intercâmbio e código de catalogação reconhecido e usado internacionalmente.
Os objetivos dessa Catalogação é permitir o intercâmbio de dados bibliográficos, em níveis nacionais e internacionais e consentir a padronização de registros poupando o tempo de trabalho de outros profissionais bibliotecários.
O primeiro programa de cooperação internacional foi denominado de Programa de Catalogação Cooperativa (PCC), era coordenado pela Library of Congress (LC), com o objetivo de expandir o acesso a registros bibliográficos, provendo uma catalogação útil, rápida e de baixo custo orçamentário, seguindo regras e padrões comumente aceitos pelas bibliotecas em todo mundo.
Atualmente a Catalogação Cooperativa está ligada diretamente as redes de bibliotecas, que são grupos de bibliotecas de uma mesma região, ou de um mesmo tipo que partilham entre si recursos e custos e possibilitam o desenvolvimento de serviços e programas cooperativos, onde o desenvolvimento de uma não seria possível sem a existência de outra.
No Brasil a Fundação Getúlio Vargas (FGV), localizada no Rio de Janeiro, foi eleita como sede central de uma rede de Catalogação Cooperativa Nacional. Ela administra a maior base de dados do Brasil, a Bibliodata, com aproximadamente 60 instituições inclusas, que visa a difusão dos acervos bibliográficos do país, o aperfeiçoamento dos serviços de documentação e informação das instituições participantes e o compartilhamento dos recursos empregados por estas instituições.
O formato mais utilizado pela Catalogação Cooperativa é o MARC (Registro Legível por Máquina), que é um formato de intercâmbio de dados bibliográficos em forma legível por máquina desenvolvido pela LC. Esse formato tem a função de promover a comunicação da informação, evitando a duplicação de esforços em conseqüência do aumento de troca de registros. É um formato padrão de armazenagem e troca de registros bibliográficos e informação.
3 VISITA TÉCNICA A BIBLIOTECA SETORIAL DO NEPSA
A visita foi proporcionada ao grupo através do professor da disciplina de registro do conhecimento Francisco de Assis Noberto, e foi realizada na sexta-feira 08 de maio de 2015 no período vespertino. A bibliotecária responsável por nos esclarecer esse tipo de catalogação e demonstrar de forma prática como é feita a catalogação cooperativa pelo sistema Marc, foi Eliane Leal Duarte.
O grupo realizou uma entrevista com Eliane indagando algumas perguntas sobre o assunto e visualizou como é realizado o processo de catalogação cooperativa na biblioteca setorial do NEPSA.
3.1 Entrevista com a bibliotecária
Ao sermos recebidos por Eliane, iniciamos a entrevista indagando, como são feitas as parcerias das bibliotecas para a cooperação de catálogos? Eliane nos apresentou seu conhecimento de como essas parcerias acontecem, segundo ela a Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) tem parceria atual para essa cooperação com o IBICT e com a Library of Congress (LC), anteriormente essa parceria era com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda seguindo seu pensamento o acesso dos bibliotecários com o banco de base é através de senha com o IBICT que apresenta um controle de acesso dos profissionais.
Com relação às línguas oficiais da obras, Eliane nos esclareceu que a biblioteca utiliza a base de dados da LC quando a obra é em língua estrangeira, caso seja uma obra em português a base de dados utilizada para essa cooperação é a da Biblioteca Nacional (BN) onde apresenta uma vasta gama de títulos nacionais.
A bibliotecária ainda em sua apresentação explana alguns pontos da cooperação de catálogos. Para ela, há apenas vantagem de parcerias com bibliotecas que apresentem um banco de dados vasto contendo obras de diversos segmentos e que sejam de interesse de quem necessita dessa cooperação, ela citou como exemplo a BCZM que mantêm parcerias com a Biblioteca Nacional e a Library of Congress duas que detém um amplo acervo.
O grupo também questionou se ocorre cooperação nas bibliotecas universitárias privadas, onde a entrevistada nos explicou que não há essa cooperação nessas bibliotecas.
Eliane ainda explicou que ao fazer o compartilhamento de catalogo pode ocorrer a necessidade de fazer algumas mudanças nessa informação compartilhada como o caso do uso por algumas bibliotecas da CDD e ao chegar às bibliotecas da universidade federal ser adequadas ao modelo CDU que é o padrão utilizado na universidade. Essas mudanças são feitas apenas do modelo e não no conteúdo do catalogo.
Para Eliane a cooperação é para facilitar o trabalho do profissional bibliotecário, para que o material chegue o mais brevemente possível ao acervo da biblioteca, assim auxiliando o usuário que necessite daquela informação.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, obtivemos conhecimento sobre a catalogação cooperativa, vendo suas aplicações e importância para o profissional bibliotecário na produção do catalogo das bibliotecas, agilizando a entrada das obras no acervo, assim sendo mais rápida a recuperação da informação pelo usuário. Na atividade técnica tivemos a oportunidade de ter acesso visual da aplicação na pratica da catalogação cooperativa, o que facilitou o entendimento dessa prática. No entanto o grupo observou que existe a falta de acesso prático, a nós estudantes de biblioteconomia, das técnicas de uso do sistema de catálogos existentes nos dias atuais. Por fim, concluímos que a visita exploratória foi de suma importância para o nosso conhecimento sobre esse tipo de catalogação e suas aplicações nas bibliotecas, nos auxiliando
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