Análise do Filme A Onda

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de forma alguma a mulher.

O final do filme, a parte mais impactante, em que o ‘’fuhrer’’ manda imobilizar um antagonista ex-integrante da onda, e ocorre o seguinte diálogo: “O que vamos fazer com o traidor?”. Um aluno responde que não sabe, pois estava apenas obedecendo o professor, e este diz: “E você o trouxe aqui somente por que eu mandei? É isso que fazem na ditadura. Entenderam o que aconteceu aqui?”. Portanto na ditadura as pessoas passam a não pensar mais, levando a situação ocorrida acima.

Pode-se fazer uma analise muito rica a partir do filme assistido:

Existe explicitamente a criação de uma consciência de filiação, tanto que as pessoas integrantes se protegem tanto de outros grupos como de ameaças. Também existe uma interação entre os integrantes do grupo, que garante que todos tenham ciência de participação desta grande familia que é a Onda. Estes integrantes respeitam uma serie de normas (levantar antes de falar, se dirigir ao professor como senhor e com respeito), também valores de companheirismo e união, contribuindo para o sentimento de família.

Outras evidências visuais/externas encontradas são: possuem um símbolo que identifica o grupo (imagem de uma onda), roupas em comum (roupas brancas) e também gestos (como a saudação que foi estabelecida, o movimento de onda com o braço). Logo, percebe-se um padrão de comportamentos.

O discernimento do que é certo e errado também se torna muito evidente, uma inversão de valores se torna eminente no momento em que o filme retrata o jogo na piscina, em que há violência tanto por parte da plateia como dos esportistas (além da clara divisão das torcidas, em que os não integrantes não se misturavam).

A liderança do grupo é o Senhor Wenger, portador do poder (por seu cargo superior de professor, pré-onda) e pela sua autoridade. Cada vez mais ele possui mais poder sobre os integrantes do grupo.

Portanto no filme A Onda foi possível identificar um grupo social que parte muito de uma ideologia fascista e autoritária, uma vez que o líder podia mandar sem ser questionado (como retratado no dialogo explicitado), em adição percebe-se uma alienação por parte dos integrantes, que seguem cegamente as ordens sem mesmo considerar sua moral de certo e errado.