AS MOEDAS DOENTES, OS NÚMEROS PÚBLICOS E A ANTROPOLOGIA DO DINHEIRO
Por: Kleber.Oliveira • 25/10/2018 • 759 Palavras (4 Páginas) • 283 Visualizações
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das práticas e das ideias nativas que permaneceriam alheias aos dispositivos criados pelos especialistas”. Examinando a complexa relação que liga os teóricos e as teorias com as culturas econômicas que esses teóricos consideram e ajudam a produzir.
A análise das situações de crises no Brasil e na Argentina permitiu o autor compreender sobre “a utilidade da reconstrução do longo e lento processo de cultivação econômica para a compreensão dos comportamentos individuais e coletivos nos momentos de crise ou hiperinflação. ” Para concluir, chama a atenção para três pontos, que sua proposta para Antropologia do dinheiro através da história cultural da inflação, observa com uma visão diferenciada.
A primeira, é a pretensão de substituição da noção unificada da teoria econômica, por uma “visão nuançada das relações de interdependência e de concorrência entre as teorias” e entre quem as produz e distribui. A segunda, diz respeito aos efeitos nocivos da teoria econômica, a visão proposta é de até que ponto os profissionais da economia, agem como pedagogos da instabilidade monetária, contribuem para a criação da doença que eles mesmos tentam remediar. E por fim, no último ponto, questiona sobre a noção de “efeito” e a ideia de causalidade que age por baixo da ideia de performatividade, defende uma análise mais complexa das relações entre os dispositivos criados pelos especialistas “para “curar” as moedas eliminando a inflação, as disposições e as práticas dos agentes a eles submetidos”. Os números dos indicadores do custo de vida e indexadores, “ao mesmo tempo em que procuram descrever o comportamento empírico de agentes econômicos no passado, reclamam o poder de organizar o comportamento futuro”. Esses modelos que interpretam e acompanham os mecanismos culturais já existentes, ao mesmo tempo se modificam para dispositivos culturais com efeitos ainda mais amplos dos que os pensados por quem os criou.
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