A SOCIOLOGIA DAS FINANÇAS E O NOVO ESPÍRITO DO CAPITALISMO
Por: Carolina234 • 17/4/2018 • 786 Palavras (4 Páginas) • 322 Visualizações
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cada um é responsável pelo seu próprio corpo e “seu sucesso, seu destino. ” (BOLTANSKI, 2009)
2 Propriedade e trabalho
Ocorre uma disjunção entre poder e propriedade, ambos anteriormente visualizados como irremediavelmente ligados. A empresa agora favorecia a locação ao invés da compra de propriedades, a permanência de uma empresa em um local torna-se uma operação temporária. O conceito tradicional da bipolaridade entre duas classes sociais, o burguês detentor dos meios de trabalho e o proletário, que fornece sua mão de obra, como o conceito de Marx destas classes, deixa de se adequar, no cenário atual, o burguês pode ser um empregado assalariado ou um acionista que possui ações ou especulações financeiras. Esse mesmo burguês também, em sua vida pessoal muito ligada a seu trabalho, favorece a locação de sua residência ao invés da compra, pois ele também precisa se mover conforme o mercado. “O homem é ajustado ao mundo conexionista preferirá, por exemplo, ou mesmo a alugar os carros que utiliza. ” (BOLTANSKI, 2009). O indivíduo tem de ser “leve” ao invés de “pesado”, ou seja, livre para se locomover. Influenciando para que as relações entre empregado e o empregador tornem-se menos rígidas, podendo haver distintos modos de pagamento, como salários, honorários, direitos autorais e royalties sobre patentes, sendo o pagamento ligado ao tipo de trabalho e tipo de ligação comercial entre empregador e empregado.
Considerações finais
A Flexibilização ou financeirização do mercado de trabalho influencia o indivíduo de diversos modos, principalmente em sua relação com a economia: em seu trabalho e na sua vida particular, que agora integra sua vida profissional. Tendo que adaptar-se às mudanças repentinas do mercado, juntamente com seus empregadores ou empregados. A relação entre o empregado e empregador tem mudanças provenientes desta nova configuração, principalmente devido à mudança do papel da propriedade, consequentemente tornando-se mais obscuras as distinções, antes claras, entre as classes sociais.
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