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Teatro Nacional D.Maria II

Por:   •  21/4/2018  •  2.796 Palavras (12 Páginas)  •  364 Visualizações

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[pic 3]

Toda a fachada e frontão foram modelados e esculpidos pelo insigne discípulo de Machado de Castro, Francisco Assis Rodrigues, este em colaboração com António Manuel da Fonseca, ambos professores da Academia de Belas Artes.

Quarta-feira, 2 de Dezembro de 1964 pelas quatro e vinte da madrugada, o Teatro Nacional D. Maria II sofre um violento incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. Foi nomeada uma comissão para a sua reconstrução imediata, pelo então Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Arantes e Oliveira, tendo sido nomeado para a chefiar o arquiteto Guilherme Rebelo de Andrade. Este arquiteto já tinha sido responsável pela reconstrução do “Palácio Nacional de Queluz” em 1934 e pela renovação do “Teatro Nacional de S. Carlos” em 1940.[pic 4]

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O interior do edifício foi totalmente reconstruído respeitando o original estilo neoclássico tendo reaberto as suas portas só em 11 de Maio de 1978, com a apresentação do «Auto da Geração Humana», atribuído a Gil Vicente e, «O Alfageme de Santarém», de Almeida Garrett. O Teatro Nacional foi reconstruído e modernizado em relação à anterior estrutura: as oficinas de construção e montagem de cenários são subterrâneas e o palco é rotativo e possui elevador. [pic 5]

Na cave estão o arquivo e respetiva biblioteca e, no último piso, a "Sala Estúdio".

Em Março de 2004, o Teatro Nacional foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a ser gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministérios das Finanças e da Cultura.

Em 2007, é integrado no sector empresarial do Estado.

O “Teatro Nacional D. Maria II “ atualmente, possui duas salas: “Sala Garrett”, com 436 lugares e a pequena “Sala Estúdio” com 91 lugares.

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Análise Estilística

O Teatro Nacional D. Maria II é a obra neoclássica mais marcante da cidade de Lisboa que influenciou as posteriores construções neoclássicas da capital.

São exemplos de monumentos onde o estilo neoclássico predomina e onde a característica do frontão ser muito semelhante ao do Teatro Nacional D.Maria II:

[pic 6]

- Palácio Nacional da Ajuda

[pic 7]

- Câmara Municipal de Lisboa

[pic 8]

- Palácio de São Bento

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Análise Morfológica

Localização

O Teatro Nacional D. Maria II está localizado no topo norte da Praça de D. Pedro IV em Lisboa, mais conhecida como praça do Rossio. Este teatro insere-se num meio urbano, numa praça retangular de 166 metros de comprimento por 52 metros de largura.

Situam-se também monumentos notáveis tais como a estação do Rossio (situada do lado direito do Teatro) e ainda a estátua de D. Pedro IV (erguida numa coluna no centro da magnífica praça do Rossio).

[pic 9]

Mapa de localização do Teatro Nacional D. Maria II

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Planimetria

A planta configura-se axial longitudinal. É composta por formas geométricas retangulares simples, incluindo também uma zona central semicircular onde se situa a plateia e os camarotes.

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[pic 10]

Exterior

Volumetria: Edifício de três corpos, sendo o central constituído por seis colunas colossais de capitel jónico, recuperadas da desaparecida fachada da igreja de São Francisco da Cidade, e um frontão decorado. Os corpos laterais simulam torreões nos cantos alternando pilastras e varandins. O piso térreo possui aparelho e, nas fachadas laterais, varandas largas sobre arcadas. Decorado com relevos e escultura, quebrando a habitual sobriedade do neoclassicismo português.[pic 11]

Cobertura em telhado de 4 águas.

A fachada principal do edifício, - massa de acentuada horizontalidade de forma quase paralelepipédica e corpos adossados - possui 3 pisos, sendo o primeiro todo revestido a silharia de junta fendida.

Na fachada principal, virada para sul, observamos um pórtico central, ressaltado, com 6 colunas jónicas haviam pertencido à fachada da desaparecida igreja de S. Francisco da Cidade. Entablamento e frontão triangular, com o tímpano esculpido, representando Apolo e as Musas, coroado por 3 estátuas em acrotério, com Gil Vicente, e nos vértices inferiores por estátuas representando Tália e Melpomene.

A fachada desenvolve-se posteriormente com os 2 primeiros pisos rasgados por 17 vãos, inscritos em arcos plenos. Nos extremos, grupos de 4 pilastras jónicas separam os últimos 3 vãos. As janelas do segundo piso possuem guardas de ferro, encimadas por almofadas com baixo-relevo esculpidos. Entablamento separa o segundo do terceiro piso. Este em ático, é rasgado por lucarnas semicirculares ladeadas por almofadas e cabeças esculpidas.

As fachadas laterais, idênticas, são rasgadas por vãos inscritos em arco pleno e têm ao nível do primeiro piso, um corpo saliente de arcadas, cujos vãos estão fechados com vidro, coberto por um terraço com balaustrada, sobre o qual se abrem janelas inscritas em arco pleno que, por sua vez, estão inscritas numa arcaria. Entablamento e terceiro piso rasgado por 7 lucarnas semicirculares.

A fachada posterior, virada para norte, é dividida por 6 pilastras jónicas, abrangidas por uma escadaria, e 3 nas extremidades. Vãos idênticos às das outras fachadas, entablamento e lucarnas no terceiro piso.

Características Particulares: Na fachada central, projeta-se, bruscamente, do centro do edifício, um pórtico hexastilo, em forma

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