Características Básicas do Capitalismo Monopolista
Por: eduardamaia17 • 28/6/2018 • 1.836 Palavras (8 Páginas) • 554 Visualizações
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a) O capitalismo desde os anos 50 até hoje continua o mesmo: o capital continua em expansão internacional, os processos produtivos continuam em sofisticação crescente, cada vez mais empregos aparecem, mas a sociedade hoje é diferente, as classes sociais praticamente desapareceram por causa do consumo.
b) A semelhança reside no modo de produção: continua capitalista, isto é a acumulação se faz pela mais-valia, mas os processos produtivos são distintos, apesar de as empresas serem cada vez maiores, contratando cada vez mais funcionários, além do mais, do ponto de vista do padrão societário as diferenças não são significativas;
c) São dois momentos do mesmo modo de produção capitalista, portanto desse ponto de vista não se registraram diferenças, apenas houve mudança de tecnologia, e por consequência ampliação da classe média;
d) A semelhança reside na estrutura do modo de produção (que continua capitalista), mas hoje o capital aparece sob a forma de capital financeiro, circulando pelas economias em fluxos especulativos velozes, graças à tecnologia de informação, fator que alterou também os processos produtivos, o padrão societário não se alterou: a distribuição de estratos sociais (classes) permanece a mesma;
e) São dois momentos do mesmo modo de produção capitalista, portanto desse ponto de vista não se registraram diferenças, contudo a formação do capital financeiro e o desenvolvimento de novas tecnologias de controle da produção e de circulação da informação possibilitaram a aplicação do capital em escala global e produção descentralizada, com impactos na queda do nível de empregos industriais e salários, dando origem a um modelo econômico excludente, apesar da ampliação do mercado consumidor.
Resposta: e
Você acertou a resposta? Ótimo, se não acertou, veja onde estão os erros:
a) A afirmação de que “o capital continua em expansão internacional” é verdadeira, mas qual capital? Diferente da década de 50, ele não se desloca materialmente (não se trata de capital de investimento produtivo), mas do capital financeiro especulativo. A sofisticação dos processos produtivos não significa utilização de tecnologia, mas complexidade. O sistema hoje tem um “padrão de empregabilidade” nas unidades industriais muito mais baixo que na década de 50-60. Quanto às classes sociais, é claro que elas não desapareceram (a sociedade capitalista deu origem a elas), e os estratos sociais estão ai como demonstração. A grande diferença reside na expansão do consumo, inclusive ultrapassando as fronteiras do mercado nacional.
b) O processo de acumulação do capital pela mais-valia (trabalho em geral não remunerado) é hoje muito mais complexo, dada a formação do capital financeiro e de sua gestão. As empresas não são maiores, mas menores (afinal porque imobilizar capital em grandes unidades se é possível descentralizar, terceirizar e substituir a mão-de-obra pela tecnologia?). O padrão societário sofreu grandes alterações dado que, a economia internacional refletiu-se em exclusão social nos países periféricos.
c) Não houve ampliação da classe média com a ampliação da tecnologia, na verdade houve “achatamento” da classe média.
d) A distribuição de classes sociais é que é o problema: classe social não é segmento ou estrato social. Classe social, com as divisões (clivagens) internas não se alterou porque é um modelo, mas a composição dessas clivagens na formação social se alterou significativamente, bastando lembrar que o segmento urbano foi ampliado, em detrimento do rural. Quanto aos estratos sociais, estes passaram por profunda mudança.
Módulo1, Texto2
A formação da sociedade de massa e de consumo.
Na sociedade fundada no capitalismo industrial, a produção em série representava a possibilidade de lucros (um exemplo é o modelo fordista, ou seja, todos trabalhando poderiam adquirir o mesmo produto, o mesmo rádio, o mesmo carro, etc.). Outro exemplo é o modelo keynesiano, segundo o qual o trabalho intensivo com apoio e participação do Estado, resultava no chamado “pleno emprego”. Esses modelos (trabalho intensivo, emprego, renda média) supostamente conduziriam a certa uniformidade de expectativas no consumo de mercadorias e bens, certa “uniformização” pela média, e para alguns especialistas, uma sociedade de ampla classe média urbana, ou uma sociedade de massa, alimentada em suas expectativas por meios de comunicação que atingem a todos com o mesmo conteúdo: os mesmos filmes, programas de rádio ou de televisão (na verdade, os meios de comunicação são realmente de massa, uma vez que o sinal atinge a todos é exatamente igual).
Todavia, a recepção desse sinal de massa é diferenciado pelo ouvinte ou telespectador. A sociedade não “é” uma “massa” uniforme, mas diferenciada em segmentos, nichos, particularidades que vão desde as mais comuns (idade, sexo, nacionalidade, poder aquisitivo) a outras mais complexas, como valores, e até mesmo as que são estimuladas pela própria comunicação publicitária: afinal, para “ser diferente” o jovem compra calças previamente rasgadas, desbotadas, frequenta esse ou aquele “point” etc.
Todavia, para que a “diferença” seja notada é preciso que todos sejam comunicados previamente do que é “in” ou “out”: todos devem ser informados sobre as “diferenças em alta”. Por tudo isso, se os meios de comunicação são “de massa”, produzem uma sociedade de consumo que se caracteriza pela diferença, pelo culto à individualidade.
Em síntese, apesar de alguns considerarem adequada a referência à sociedade de massas, na verdade sob esse rótulo, se abriga uma sociedade de consumo que é por definição estratificada, dividida em segmentos ou estratos, ou ainda, uma sociedade de classes, modelo formado em conformidade à economia capitalista. Nesse padrão societário, ou nessa sociedade, uma dimensão fundamental para sua caracterização como “massa” reside na cultura, mas esse já é um tema para outro tópico.
Exercício
1) Como se explica a peculiar contradição entre homogeneidade e diferença instaurada entre a atuação dos meios de comunicação, que são de massa, e as segmentações da sociedade de consumo, fundadas na diferença? Escolha a alternativa correta.
a) Não há contradição alguma, visto que os meios de comunicação
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