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RUÍDO DE IMPACTO EM EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES E OS MATERIAIS QUE PODEM ATENUAR SEUS EFEITOS.

Por:   •  21/7/2018  •  3.320 Palavras (14 Páginas)  •  336 Visualizações

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- Já o ruído de impacto pode ser definido como picos de energia acústica de duração inferior a 1s, em intervalos superiores a 1s. São os ruídos provenientes de explosões e impactos, característicos de rebitadeiras, impressoras automáticas, britadeiras, prensas, objetos caindo e o caminhar das pessoas.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de pressão sonora. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a um nível de ruído de impacto superior 140 dB (linear), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB, medidos no circuito de resposta rápida (fast), oferecerão risco grave e iminente (anexo I da NR-15).

A medição dos níveis de som é a principal atividade para avaliação dos problemas do ruído em um ambiente. A instrumentação para medição de ruído é a única que tem regulamentação internacional e a que apresenta a maior versatilidade ou opção de modelos, desde simples até complexas análises de níveis sonoros, com diferentes graus de exatidão.

3.1.2 Normas

Até pouco tempo, não se havia um amparo jurídico para a questão de ruídos e sons indesejáveis. Entretanto, a normatização veio com a NBR 15.575 Edificações Habitacionais – Desempenho), que, institui parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação e tem como características estabelecer as responsabilidades de cada um dos envolvidos: construtores, incorporadores, projetistas, fabricantes de materiais, administradores condominiais e os próprios usuários.

A NBR estabelece também os padrões para os níveis de ruído de impacto aceitáveis: mínimo de 80dB, intermediário de 65dB e superior de 55dB.

Esta NBR, já está vigorando no Brasil, os projetistas, fornecedores e construtoras devem estar preparados para atender às exigências em termos de acústica, e para tal, precisam desenvolver ensaios e relatórios com os novos materiais, disponibilizando informações claras de como obter o máximo aproveitamento de cada material.

Em edificações multifamiliares é onde há a maior ocorrência de problemas relacionados ao ruído de impacto, devido ao grande fluxo de pessoas, o que pode ocasionar problemas entre vizinhos.

3.1.3 Problemas do ruído de impacto em edifícios residenciais

O ruído é um agente potencialmente estressor e seu impacto será variável de um indivíduo para outro, assim, determinadas pessoas terão como impacto dessa exposição, o menor rendimento no trabalho e atividades escolares por exemplo, enquanto outros apresentarão além de incômodos, problemas de saúde, interferências no desempenho de tarefas, na inteligibilidade da fala e no sono.

De acordo com Souza (2000), o ruído aumenta a duração dos estágios superficiais do sono, quase inúteis, enquanto o tempo total de sono, e os estágios necessários para o descanso, são reduzidos drasticamente. O despertar costuma ocorrer mais devido a picos de ruído, de 8 a 19 dB (A) sobre o nível de fundo, ou seja, em um edifício moderno com apartamentos com lajes relativamente finas, e com grande área, um simples caminhar num apartamento durante à noite pode virar uma tragédia para o descanso do vizinho de baixo. Um dos maiores índices de reclamações devido a transmissão de ruído através de lajes, resultante do caminhar, ou queda de objetos, sobre as lajes, principalmente no período noturno.

De acordo com Kiss (1999), o conceito de “lajes zero” na construção civil implica em lajes cada vez mais finas e com propriedades acústicas sofríveis vindas na contramão do grau de exigência de conforto acústico que prevê um CTSA (Classe de Transmissão de Som Aéreo e Classe de Transmissão de som de Impacto) de pelo menos 50 para pisos entre unidades superpostas, segundo Baring (2000).

Portanto, de acordo com Gerges (1992), uma maneira eficaz de diminuir os níveis de ruído via vibração da laje é aumentar o tempo de contato da força com o piso, o que é conseguido pela utilização de pisos macios como carpetes por exemplo. Apesar da solução ser interessante, a mesma tem aplicação limitada devido a problemas de saúde e de modismos. Infelizmente, devido à praticidade, e ao calor, a tendência no brasil é o uso de cerâmicas, que do ponto de vista de geração de ruído é a pior das opções. Ao mesmo tempo, com o avanço da tecnologia e devidos aos custos relativamente baixos, os edifícios estão sendo construídos com lajes finas e com propriedades acústicas sofríveis.

Atualmente o desafio do arquiteto é conseguir projetar espaços com a sensação de completo bem-estar, ou seja, conseguir conforto ótimo. O conforto ambiental está relacionado à satisfação com relação às condições de habitabilidade disponíveis em um determinado ambiente, ou seja, às condições de bem-estar, como conforto térmico, acústico, visual, de aromas, segurança e ainda a capacidade de orientação do indivíduo em tal espaço (MENEZES, 2006).

Para atingir tal objetivo, o arquiteto pode contar com os vários tipos de materiais disponíveis no mercado.

3.2 Tipos de materiais que atenuam o ruído de impacto

Segundo Pereyron (2008), a verticalização das cidades juntamente com a evolução tecnológica são fatores extremamente relevantes no que diz respeito ao crescente aumento do nível de ruído das cidades, trazendo consigo vários malefícios ao ser humano. Desta forma, a sociedade vem buscando formas de controle do ruído na construção civil, como enfatiza o autor:

A civilização moderna vem, ao passar dos tempos, estabelecendo exigências crescentes e propondo materiais antes desconhecidos, associados a novos métodos de execução. Essa busca por novas tecnologias visa alcançar um menor custo e uma maior agilidade no tempo de construção, muitas vezes em detrimento da qualidade e de um nível mínimo de conforto acústico proporcionado ao usuário, onde tem-se percebido uma deficiência muito grande no que diz respeito ao isolamento acústico (PEREYRON, 2008).

Devido a esta deficiência citada pelo autor, o mesmo acrescenta que há uma crescente competitividade entre as empresas responsáveis pela fabricação dos novos produtos voltados para o isolamento acústico. Em função disso, com o tempo, tem-se uma significativa melhora nos produtos no que diz respeito à qualidade, tempo de execução, economia e consequentemente, uma maior confiabilidade nos mesmos.

Mas, Tambara (2006), acrescenta

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