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O que é o belo

Por:   •  29/5/2018  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  320 Visualizações

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e que faz parte do Ser, falam por meio dos sentidos. As três espécies de beleza (estética, moral e espiritual) se convertem em filosofia platônia sobre o Ser. Segundo Platão, antes de nascer, a alma contempla todas as coisas belas do universo e, essa experiência é tão forte que, todas as coisas belas ficam gravadas na alma. Ao nascer, esquecemos de tudo, mas não a perdemos; ela fica em nós, porém, adormecidas. Ele dizia também que, todos estão com essa beleza em nosso interior e ela quer “sair para o mundo”. Quando essa beleza nasce, reencontramos com nós mesmos e experimentamos a alegria e a beleza pura. A beleza existe separada do mundo sensível, uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na ideia suprema da beleza.

Aristóteles era discípulo de Platão e pôde desenvolver ideias relativas à origem da poesia, ideias que representam a primeira teoria da Arte. Representando o feio como cômico, algo que, por ser disforme, provoca risos. Para Aristóteles, algo que parecesse muito feio seria disforme e transfigurado, podendo ser aderido à arte. Não que o feio se tornasse Belo, mas a beleza na arte é diferente da beleza exterior dos objetos. Aristóteles domina a ideia de limite, ordem e simetria.

O belo é um conceito relacionado a determinadas características visíveis nos objetos ou seres. Foi desenvolvido pelos filósofos gregos e demonstrado em suas esculturas, arquiteturas e pinturas.

As três acepções do Belo que prevaleceram entre os gregos foram a estética, a moral e a espiritual. Na primeira, o Belo é qualidade de certos elementos em estado puro. A Beleza dos elementos puros está na adequação aos sentidos de visão e audição, enquanto as coisas que se compõem de partes se reduzem a duas partes: o equilíbrio e a unidade na variedade, sendo assim, o belo é o que agrada ver e ouvir. O agrado estético está entre esses dois sentidos, que estariam próximos da essência imaterial da alma. O belo estético depende das condições sensíveis e formais. Na segunda, a moral, a beleza está nas almas equilibradas que se mantém em harmonia consigo mesma, ocupando o meio-termo da moderação, que o constituí para Aristóteles, a medida do bem. As duas ideias, do Belo e do Bem, foram unidas por Sócrates e Platão, união essencial que o pensamento filosófico transformou em um ideal pedagógico. A Beleza consiste na função de cada ser ou casa coisa, sendo assim, o que é belo e bom representa uma parte da verdade, que coincide com o ser em sua plenitude. A verdade possui sua própria beleza, a mais alta e essencial de todas. A última, nomeada de espiritual, se refere ao conhecimento teórico. Essas três acepções significam a excelência e o grau de perfeição desejável nas coisas exteriores, na conduta e no conhecimento. Por isso, a beleza constituí o prazer para os sentidos e para a inteligência.

A beleza, portanto, é objeto para nós, por ser a reflexão condição de a percebermos, mas é, ao mesmo tempo, estado subjetivo, pois o sentimento é condição de podermos representa-la. Ela é forma, pois que a contemplamos, mas é ao mesmo tempo vida, porque sentimos. Em poucas palavras: é simultaneamente, nosso ato e nosso estado. (Schiller, Sobre a educação estética. São Paulo, Herder, carta 25, p.119).

Não é possível, dar uma definição exata e absoluta para o que é belo, apresar de estudarmos suas várias concepções, nunca haverá uma verdade concreta sobre o significado de Belo. A dificuldade de conceitua-lo acompanha a história e a filosofia. Já dizia socrates: “toda beleza é difícil”.

Assim, de acordo com o livro Desfiz 75 anos, de Rubem Alves: “Ao ouvir uma música que me comove por sua beleza, eu me reencontro com a mesma beleza que estava adormecida dentro de mim”.

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