O Estudo do Planejamento em Seção
Por: SonSolimar • 4/12/2018 • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 431 Visualizações
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‘’O planejamento previa corredores intercalados com células de dois níveis, de tal forma que, em seção, havia um corredor apenas a cada três andares de apartamentos −solução posteriormente adotada por Le Corbusier inicialmente nos blocos da Ville Radieuse (1932) e, sobretudo, na conhecida Unité de Marseille’’
(O ‘planejamento em seção’ nos modelos habitacionais coletivos do Movimento Moderno: um caso na Cidade do México, FERNANDEZ. A, 2012)
A primeira forma de aplicação deste sistema, em um estilo mais básico, foram os “condensadores sociais” na União Soviética, os primeiros apartamentos a usarem níveis intercalados em sua construção. O objetivo deste modelo era propiciar a vida em comunidade, rompendo a ideia de moradia individual. Pode-se concluir que o Edificio de Apartamentos de la Calle de Balsas, do arquiteto Mario Pani, se enquadra nos padrões de modelo do sistema 3-2.
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2.1 (COLOCAR TOPICO EM ORDEM CORRETA) Aplicação do Planejamento em Seção no Edificio de Apartamentos de la Calle de Balsas
Mario Pani, para construir o Edifício de Apartamentos de la Calle de Balsas se inspirou no Palace Gate, um edifício de apartamentos, localizado na cidade de Londres, e projetado por Wells Coates.
“La innovación del Palace Gate consistió en la introducción de circulaciones colectivas sólo cada tres niveles, ocupando el resto de los niveles apartamentos de dos pisos.”
(Privacidad vs eficiencia. El desdoblamiento de la superficie interior en los edificios de habitación colectiva en el Movimiento Moderno. FERNANDEZ. A, 2012)
TRADUÇÂO
“A inovação do Palace Gate consistiu na introdução de circulações coletivas apenas a cada três níveis, ocupando o resto dos níveis apartamentos de dois pisos.”
(Privacidad vs eficiencia. El desdoblamiento de la superficie interior en los edificios de habitación colectiva en el Movimiento Moderno. FERNANDEZ. A, 2012)
Dentro da historiografia clássica, os primeiros modelos de apartamentos com níveis intercalados foram apresentados regularmente a partir da concepção arquitetônica soviética dos ‘condensadores sociais’. Frampton aponta que em 1927, no concurso difundido através da revista SA-Sovremannaya Arjitektura, apareceram diversas propostas que “davam importância simbólica e operativa a um corredor interior com acessos à ambos lados, um volume formado pela alternância de moradias dúplex que passavam por cima e por baixo” [Frampton, 2000]. Os projetos incluíam dispositivos para incitar uma vida em comunidade, como a minimização ou extinção das cozinhas individuais, favorecendo o uso de uma única cozinha coletiva. O planejamento previa corredores intercalados com células de dois níveis, de tal forma que, em seção, havia um corredor apenas a cada três andares de apartamentos −solução posteriormente adotada por Le Corbusier inicialmente nos blocos da Ville Radieuse (1932) e, sobretudo, na conhecida Unité de Marseille. Podem apontar-se duas realizações feitas com sistemas semelhantes ao descrito: o bloco da Narkomfin (Moçou, 1929), de Mosei Ginsburg, e o edifício no n° 8 de Blvd./Gogol (1930) de Lisagor e outros. Wells Coates, arquiteto de origem canadense, inspirado parcialmente nos experimentos soviéticos, realizou um dos primeiros e mais sofisticados edifícios de apartamentos com níveis intercalados, o Palace Gate (Londres, 1937-1939). Sua inovação consistiu na introdução de circulações coletivas apenas a cada três níveis. O arranjo rompia com a ideia tradicional do apartamento:
3- Edifício de apartamentos de la Calle de Balsas
Dentro das principais estratégias do Movimento Moderno, aparece de forma insistente o chamado ‘planejamento em seção’: células habitacionais encaixadas dentro de edifícios com deslocamento de andares em vertical. As vantagens desta estratégia eram múltiplas, desde uma maior eficiência do espaço ao diminuir as circulações coletivas, até a minimização da transmissão de ruídos entre células vizinhas.
Dentro da historiografia clássica, os primeiros modelos de apartamentos com níveis intercalados foram apresentados regularmente a partir da concepção arquitetônica soviética dos ‘condensadores sociais’. Frampton aponta que em 1927, no concurso difundido através da revista SA-Sovremannaya Arjitektura, apareceram diversas propostas que “davam importância simbólica e operativa a um corredor interior com acessos à ambos lados, um volume formado pela alternância de moradias dúplex que passavam por cima e por baixo” [Frampton, 2000]. Os projetos incluíam dispositivos para incitar uma vida em comunidade, como a minimização ou extinção das cozinhas individuais, favorecendo o uso de uma única cozinha coletiva. O planejamento previa corredores intercalados com células de dois níveis, de tal forma que, em seção, havia um corredor apenas a cada três andares de apartamentos −solução posteriormente adotada por Le Corbusier inicialmente
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