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IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS DE CONFORTO AMBIENTAL NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS I DA UFCG CAMPINA GRANDE

Por:   •  29/5/2018  •  3.475 Palavras (14 Páginas)  •  347 Visualizações

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As Zonas Climáticas

O clima de uma região pode ser entendido como as características locais ou regionais de um determinado lugar da Terra, influenciado diretamente por fatores como localização, altitude, vegetação, relevo, massas de ar e outros. O planeta está dividido em Zonas climáticas delimitadas por latitudes. Estas zonas apresentam características diferentes entre si, de acordo com a incidência solar que cada uma recebe.

O mapa abaixo indica as zonas climáticas existentes e, através dele, é possível identificar que o Brasil está localizado em grande parte na Zona tropical. Isto justifica as altas temperaturas e a ausência de estações bem definidas em quase todo o país. A parte pertencente a zona temperada do sul é a área que oferece temperaturas mais baixas e variações de estações mais efetivas. Em linhas gerais, o Brasil apresenta duas estações bem definidas: verão e inverno.

Figura 3: As zonas climática da Terra.

Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia/as-zonas-climaticas-da-terra

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) apresenta um zoneamento bioclimático do Brasil, que pode ser consultado na NBR 15220-3, onde distingui oito regiões climáticas. A norma classifica mais de 300 cidades brasileiras que estão diluídas nessas zonas, bem como as estratégias bioclimáticas recomendadas para alcançar o conforto térmico.

Figura 4. Mapa do zoneamento em 8 zonas.

Fonte: NBR 15220-3.

Com base nesse zoneamento, é possível identificar o município de Campina Grande como estando inserido na Zona 8. Para esta zona bioclimática, que representa 53,7% da área nacional e onde estão situadas a maioria das capitais brasileiras, são propostas as seguintes adequações construtivas: aberturas grandes sombreadas, construção com paredes externas e cobertas leves e refletoras. Entretanto, o condicionamento passivo nem sempre será suficiente nas horas de calor elevado, sendo, portanto, necessária técnicas alternativas para o conforto.

Figura 5. Zona Bioclimática 8. Figura 6. Carta bioclimática apresentando as Fonte: NBR 15220-3. normais climatológicas de cidades zona.

Fonte: NBR 15220-3.

2.2. Campina Grande

A cidade de Campina Grande está localizada a 07° 13’ 50” S (latitude) e 35° 52’ 52” W (longitude), entre a linha do equador e o trópico de capricórnio. O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro. Esta delimitação, segundo o Ministério da Integração Nacional, tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Apesar disso, por situar-se no agreste paraibano, entre o litoral e o sertão a uma altitude de 500 metros acima do nível do mar, Campina Grande possui um clima com temperaturas mais moderadas, considerado tropical com estação seca, com chuvas durante o outono e o inverno.

As temperaturas assumem os seguintes números, considerando as médias anuais: as mínimas nos dias quentes de verão correspondem a cerca de 23°C, já nas noites mais frias de inverno, ficam em torno de 15 °C. As máximas são de cerca de 33 °C nos dias mais quentes de verão, e 28 °C nos dias de inverno. Os dados gerais da umidade relativa do ar indicam que a mesma está entre 75% a 82%.

A seguir são definidas, ainda pela NBR 15220-3, algumas diretrizes construtivas para as edificações situadas na zona 8, como é o caso da cidade

estudada. Deve-se levar em consideração que as principais estratégias para Campina Grande estão detalhadas nos itens F, I e J. Então:

Estratégia F: As sensações térmicas são melhoradas através da desumidificação dos ambientes. Esta estratégia pode ser obtida através da renovação do ar interno por ar externo através da ventilação dos ambientes.

Estratégia I e J: A ventilação cruzada é obtida através da circulação de ar pelos ambientes da edificação. Isto significa que se o ambiente tem janelas em apenas uma fachada, a porta deveria ser mantida aberta para permitir a ventilação cruzada. Também deve-se atentar para os ventos predominantes da região e para o entorno, pois o entorno pode alterar significativamente a direção dos ventos.

2.3. A UFCG

Com área total de 308688,11 m², o Campus I da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está localizado na área noroeste da cidade de Campina Grande, Paraíba. O terreno possui uma topografia perceptível, porém sem declives ou aclives muito acentuados. O acesso principal dá-se pela Rua Aprígio Veloso, no Bairro Universitário. Entretanto, o acesso pode ser realizado através de mais seis portões distribuídos por todo o perímetro do campus.

Figura 1. Localização do município de Campina Grande no estado da Paraíba Fonte:http://wikipedia.org/wiki/CampinaGrande

Figura 2. Localização do Campus I da UFCG na cidade de Campina Grande

2.4. Como Construir no Nordeste Brasileiro

Alguns autores também fizeram recomendações de como devem ser as

edificações no nordeste, para que, sem uso de energia elétrica, seja alcançado o

conforto térmico e visual. Armando de Holanda, autor do livro “Roteiro para construir

no Nordeste” é um deles, no qual, faz as seguintes propostas (BRITO 2013):

Figura 7. Recomendações do livro "Roteiro para construir no nordeste", de Armando de

Holanda.

Fonte: Holanda, 1976 / Tabela elaborada por Brito, 2013.

Dessa forma, Holanda (1976) define cada uma dessas estratégias da seguinte

maneira:

1. Criar uma sombra: sombra aberta, onde a brisa possa penetrar e circular livremente, retirando o calor e a umidade. Para isso é necessário que, além da desobstrução do espaço interno, as aberturas de exaustão sejam maiores ou iguais às de admissão.

2. Recuar as paredes: Longas projeções e fachadas sombreadas, recuadas e protegidas do sol e do calor, das chuvas e da umidade. Podem ser: terraços, varandas, pérgolas, jardim sombreados, etc.

3. Vazar os muros: Alternar entre o uso de paredes cheias e vazadas, para que parte da luz possa

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