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Fichamento do Livro - Paisagem Urbana de Gordon Cullen

Por:   •  2/10/2018  •  7.137 Palavras (29 Páginas)  •  851 Visualizações

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“Quando um local é simultaneamente objeto de uma ocupação estática, pelo equipamento, e de uma ocupação pelo movimento, surge aquilo a que poderemos chamar viscosidade”. (p. 26)

A viscosidade é uma forma de entender por significação o que acontece nas cidades, seja um toldo estático que recobre conversas de pessoas que estão sentadas em um café (sendo essa uma atitude dinâmica).

PONTO FOCAL: “Nas ruas mais animadas e nos largos dos mercados de vilas e cidades, o ponto focal (seja coluna ou cruz) define a situação, surge como uma confirmação: << É este o local que procuravam. Pare. É aqui>>” (p. 28)

Pontos focais são formas de se localizar e são essências em todas as cidades. Assim sendo, servem para dar significada, característica ou trazer lembranças de um determinado local ao passarmos por ele ou falarmos dele para outra pessoa.

COMPARTIMENTOS E RECINTOS EXTERIORES: “Esta secção relaciona-se com a nossa sensação de posição, ou seja, a maneira como reagimos perante a posição que ocupamos no meio-ambiente, [...]” (p.31)

Compartimentos e recintos exteriores são conteúdos que tratam da nossa sensação de estar dentro ou fora de um local, ou seja, depende do ponto de vista. Desta forma, se estamos num carrinho de cachorro quente na calçada, mas cobertos por uma tenda, podemos achar que estamos dentro de um ambiente fechado, quando na verdade estamos em plena calçada. Outra opção é quando dizemos que vamos lá fora, quando na verdade estamos indo pro quintal da nossa casa. Todavia se olharmos por outro lado estaremos dentro de casa ainda, e o real lado de fora seria a rua.

DELIMITAÇÃO DO ESPAÇO: “Os meios que se utilizam para delimitar um espaço ou um recinto são muitas vezes, de uma fragilidade extrema”. (p. 34)

Para isso podem ser usadas arvores, cercados de madeira ou de palha, porém isso ocorre na maioria dos casos com lugares provisórios, que não terão uma longa permanência no local, a fim de baratear gatos. Pois locais privados são compostos por grandes portas de aço ou vidro, muros gigantescos que teoricamente possam representar a segurança do local.

AQUI E ALEM: “Em primeiro lugar abordamos o tipo de relações que existe entre um Aqui conhecido e um Além igualmente conhecido.” (p. 37)

No momento em que estamos em um lugar novo, o Aqui é chamado assim por ser aquele único lugar que conhecemos. Porém, na maioria dos casos achamos que o Além é algo nunca visto antes, desconhecido. Quando na verdade ele pode ser tão conhecido quanto o Aqui, no exemplo anterior – de um lugar novo – o Além é algo que posteriormente será conhecido ou que pra outras pessoas pode ser considerado como um aqui igualmente conhecido. Já no caso de uma pessoa que está na sua cidade indo ao Além, significa que ele está no Aqui, mas que conhece o Além do mesmo modo.

DESNÍVEIS: “Uma descrição das nossas reações emotivas perante a posição que ocupamos num determinado espaço deverá, forçosamente, incluir a questão dos níveis. De um modo geral, abaixo do nível médio de intimidade, temos sensações de intimidade, inferioridade, encerramento ou claustrofobia enquanto que acima desse nível podemos ser tomados de grande euforia, ou superioridade ou, ainda, sentirmo-nos expostos ou com vertigens.” (p.40)

Os espaços em que habitamos falamos muito das nossas sensações emotivas. Fugir de um lugar alto significa possuir acrofobia, pessoas assim temem aeroporto, elevadores e lugares de andar. Pavor a lugares fechados é a claustrofobia, o normal é evitar casas ou ruas com espaços pequenos e reclusos, é necessário optar por projetos mais amplos e de livre acesso

PERSPECTIVA GRANDIOSA: “A ligação do primeiro plano com a paisagem longínqua induz uma sensação de domínio e de onipresença.” (p.43)

O primeiro plano parece dominar o todo, por tanto dá a entender o sentido de poder e que ele está ali sempre.

ACIDENTE: “[...] reside na sua capacidade de prender o olhar, impedindo-o de deslizar para longe, e evitando, desta forma a monotonia.” (p.46)

São os casos de melhor oportunidade para os artistas. Quando caminhados por ruas que ali só estão presentes casas o normal é passar sem prestar muita atenção nos detalhes, todavia quando nos deparamos por uma parede de grafite ou com uma estátua e prendemos nosso olhar nesse tipo de coisa. Acidentes são essenciais no dinamismo da cidade, as pessoas tornam-se curiosas, esquecem seus problemas por um instante e convidam outras para ver o novo.

DELIMITAÇÃO: [...] “a saída que se depara, bruscamente, com novo cenário”. (p.49)

É um fenômeno em que estamos passando pela rua, seja a pé, seja com um meio transporte, numa rua que parece retilínea e sem saída, porém ao chegar no fim dela o cenário muda e nos surpreende. Podendo apresentar casas com características diferentes, muros pintados, uma quadra gigantesca e tantos outros cenários.

INFINITO: [...] “o percurso que se espera seguir, ou seja, a ideia que a pessoa tem sobre a trajetória que poderá tomar. Se em lugar da continuidade da rua depararmos, bruscamente, com o céu, o choque dessa substituição inesperada fará com que este nos pareça infinito.” (p. 52)

Infinito é a sensação de saber que aquele caminho é uma reta, mas perceber novos horizontes e enxergar o céu além dos prédios e casas. É, de certo, uma forma de acidente, porém natural. Isso não acontece apenas nas ruas, mas também de frente pro mar, quando paramos na praia e subentendemos que aquela água é infinita.

LIGAÇÃO E CONEXÃO: O PAVIMENTO: “Hoje em dia o ambiente construído encontra-se totalmente fragmentado em zonas desconexas: casas para um lado, arvores para o outro, i.e., zonas totalmente desligadas umas das outras, [...]” (p. 55)

Em alguns lugares existem a rua das flores, a rua dos salões de beleza, das óticas, das lojas de roupa, etc. Porém a fragmentação pode tornar algumas ruas paradas, por exemplo uma rua só de casas fará com que as pessoas saiam de sua casa para ir para outras ruas, ou que se acomodem nela e tornem a rua um deserto. A solução é tornar as ruas mistas. Lugares com restaurantes, casas, comércios e áreas de lazer para que as pessoas ocupem o espaço sem medo.

BARREIRAS: “O processo de ligações e conexão levanta o problema de saber se, o facto de estabelecermos determinadas ligações vantajosas do ponto de vista visual, não irá representar um inconveniente para a fiscalização dos locais onde não deve ser permitido o

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