Estudo de caso teatro

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volumétrico da caixa cênica onde se desenvolve a maquinaria cênica, incluindo as varas metálicas, manuais ou elétricas, para a movimentação vertical de cenários (SERRONI, 1993, p.32). Uma grelha que serve de suporte para as passarelas técnicas e varas de iluminação. São suas dimensões que definem a altura geral da caixa cênica.

k) Praticáveis: segundo Serroni (1993), são estruturas, usualmente em madeira, com tampo firme, usado nas composições dos níveis dos cenários. É construído em diversas dimensões e formatos e normalmente modulado para facilitar as composições.

Um dos primeiros passos a ser dado neste tipo de projeto é a definição quanto ao uso, para então entender a relação palco x plateia que se pretende adotar através da compreensão das diversas tipologias de teatro:

Teatro Arena: Palco envolvido pela plateia, onde sua forma ser circular, semicircular, quadrada, 3/4 de círculo, defasado, triangular ou ovalada. Essa configuração é bastante comum de se observar instalada ao ar livre, em praças públicas. (SILVA, 2015).

Figura 1 - Diferentes tipos de configuração de Teatro de Arena. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.

Teatro Elizabetano: Ao ar livre, tem um palco central descoberto e outro lateral coberto. Na maioria das vezes não há presença da boca de cena e da caixa cênica. (SILVA, 2015).

Figura 2 - Diferentes tipos de configurações de Teatros de Elizabetano. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.

Teatro Italiano: Tipologia clássica ocidental caracterizada pela disposição frontal da platéia ao palco, em um espaço retangular, semicircular, ferradura ou misto. Palco fica em um espaço retangular fechado nos três lados com uma quarta parede visível ao público frontal através da boca de cena. (SILVA, 2015).

Figura 3 - Diferentes tipos de configurações de Teatros de Italiano. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.

Espaços Múltiplos: São espaços caracterizados pela flexibilidade na montagem do palco em diversas posições, não possuindo uma caixa cênica propriamente dita, possibilitando a liberdade de escolha do local e da configuração do palco e da platéia a ser distribuída. (SILVA, 2015).

Figura 4 - Diferente tipo de configurações para de obter espaços múltiplos. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.

Palco Circundante: Espaço circular que envolve todo o público. O palco fica localizado no centro da visibilidade completa de 360 graus e pode ser circundante completo ou semi-circundante. (SILVA, 2015).

Figura 5 – Exemplo de Palco circundante. Disponível em: <http://architettare.arq.br/noticias/teatros>. Acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.

OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo investigar e compreender a partir do levantamento e análise de dados a funcionalidade do projeto escolhido, analisando como o arquiteto distribuiu as funções e setores da obra, assim compreendendo os fluxos, acessos, circulação, acessibilidade e o sistema construtivo adotado. Dessa forma, selecionei como objeto de estudo principal, o Teatro do Colégio Santa Cruz, localizado em São Paulo capital. Além dele, também serão analisados outros teatros para serem utilizados como complemento ao estudo principal citado.

Em seguida acontecerá o desenvolvimento de um processo de projeto que contemple a técnica e a arte na definição de soluções espaciais e formais de teatros; e a prática do projeto, entendido como processo de investigação, pesquisa e trabalhos relevantes ao estabelecimento de uma proposta projetual coerente e criativa, que atenda as funcionalidades e normas existentes, explorando o resultado plástico do projeto.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada como estudo de trabalho foram livros e endereços eletrônicos confiáveis sobre o Teatro do Colégio Santa Cruz, contemplando os seguintes aspectos: A Inserção urbana e o local de implantação do projeto, em relação ao município, assim tendo uma visão mais ampliada. Sem esquecer-se de citar a orientação solar, se teve ou não alguma relação com a distribuição dos setores do teatro, levando-se em consideração os processos de iluminação, ventilação e as soluções térmicas. A degradação da organização dos espaços, bem como os locais de entrada e saída, entre outros.

TEATRO DO COLÉGIO SANTO CRUZ

1. APRESENTAÇÃO

O Teatro do colégio Santa Cruz está localizado na capital de São Paulo-SP no bairro de Alto de Pinheiros, sendo que o planejamento do Projeto foi executado em 1997 e obteve a Conclusão da obra em 2002, utilizando um Terreno de 50.000 m2 com uma Área construída de 2.791 m2. O escritório responsável pela Arquitetura foi o Elito, e os arquitetos associados eram: Edson Jorge Elito (autor); Abrahão Sanovicz (consultor); Joana Fernandes Elito, Cristina Macchi, Alexandra Otero e Adilson Viviani (colaboradores). Projeto cenotécnico e iluminação cênica: J. C. Serroni.

Criações Visuais: José Carlos Serroni e Gustavo Lanfranchi.

Mobiliário e móbile do saguão: J. C. Serronie Gegê Leme.

Sonorização: Raul Teixeira e Roberto Ramos.

Estrutura: Modus.

Instalações hidráulicas e elétricas: Sandretec.

Ar-condicionado: Escritório Técnico Willem Scheepmaker.

Acústica e conforto ambiental: Ambiental.

Construção: FGE.

Maquete eletrônica: Clóvis Cunha.

2. PARTIDO ARQUITETÔNICO

As necessidades do Colégio Santa Cruz, eram construir um teatro dentro do campus, que pudesse ser utilizado em atividades curriculares e em eventos paralelos da escola, e, ao mesmo tempo, que fosse um teatro aberto à comunidade. (ELITO, 2004).

Essas exigências foram facilitadas com a implantação do edifício no extremo da área de atividades esportivas, de frente para uma das ruas que ladeiam o colégio.