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ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO INTERURBANO

Por:   •  7/11/2017  •  4.360 Palavras (18 Páginas)  •  596 Visualizações

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seu uso e sua expansão para os próximos anos. Um dos problemas que interfere no uso é sua localização (Figura 2), que afeta os fluxos do município, em virtude da implantação do mesmo. O município não conta com um plano de mobilidade em vigência. Logo, isso acarretou em um mal posicionamento do terminal, o qual transtorna o acesso dos usuários de bairros mais afastados, em decorrência da longa extensão territorial do município.

Figura 2: Imagem aérea da implantação do Terminal Rodoviário.

Fonte: Google Earth®. Acesso em 22. mar. 2015. Adaptado pela autora.

Além da distância entre os bairros, há problemas de circulação até o terminal. No trajeto definido até o mesmo, os ônibus têm que cruzar o único semáforo da cidade. Porém, atualmente, grande parte das linhas vêm evitando esse transtorno, principalmente em horários de pico, já que chegam a perder entre 10 e 20min no semáforo, devido ao movimento de veículos. A solução foi mudar a rota dos itinerários, que agora acessam o terminal pela Avenida Nicolau B. da Rosa Matos, que dá diretamente nas plataformas de embarque/desembarque, nos fundos do terminal (informação verbal) . Porém, a via utilizada não é pavimentada, e na maioria das vezes encontra-se sem manutenção. Com a chuva e o consequente escoamento da água são abertas valas imensas.

Quando planejada, em meados dos anos 90, a circulação de veículos não era tão intensa, já que, na época da implantação do terminal, havia a alternativa do transporte ferroviário de passageiros, que funcionava como meio de deslocamento alternativo. Com a desativação do serviço em 1997 houve a migração destes usuários para o transporte interurbano rodoviário.

O fluxo médio de embarques/desembarques mensais varia de 1100 a 1300 embarques/desembarques, podendo chegar de 1500 a 1700 embarques/desembarques mensais na alta temporada . Porém, não estão contabilizados os usuários do transporte interurbano que apenas passam pela cidade, sem que seja efetuado o desembarque. Eles permanecem em viagem para chegar ao destino desejado, por consequência de o município estar incluso na rota de aproximadamente 150 itinerários semanais.

Em geral, seu estado de conservação é satisfatório (Figura 3), sendo o acesso precário e a falta de área para expansão do terminal os dois maiores problemas a serem resolvidos.

Figura 3: Terminal Rodoviário Ângelo Manoel Fernandes, interior.

Fonte: Acervo próprio da autora, 2015.

3 DEFINIÇÃO DO TERMINAL RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

De acordo com Lucca (2008), o Terminal Rodoviário é caracterizado como um local onde é necessário o trânsito de pessoas e veículos com o máximo de conforto e eficiência possível. Assim sendo, serve de estímulo contínuo à sua utilização para a locomoção coletiva, acarretando no fortalecimento do desenvolvimento econômico e social da população. Deve ser estabelecido em um local onde as linhas de transporte de uma rede convirjam, facilitando ao usuário a efetuação da troca entre os modais de transporte, reduzindo as distâncias de caminhadas e proporcionando maior eficiência ao sistema de transporte no geral.

Os serviços de transporte interurbanos advém da necessidade de se usufruir de bens e serviços disponíveis em outras localidades, além das relações sociais e culturais estabelecidas entre indivíduos situados em diferentes espaços. Em busca de tais necessidades surgem fluxos que dão origem aos serviços rodoviários de curta ou longa distância, e para seu pleno funcionamento, fazem uso da estrutura rodoviária existente. Esse deslocamento pode ser tanto a nível municipal quanto estadual, pressupondo, claro, a existência de uma rede viária de rodovias que conecta as cidades e regiões.

A visão do usuário do transporte público é a principal referência de qualidade do serviço prestado. Assim, o terminal constitui-se no ponto chave da viagem. Uma vez que mal localizado e/ou mal instalado poderá comprometer ou provocar atrasos nos procedimentos de embarque ou desembarque, causando alterações no tempo de viagem previsto. Portanto, dedicar especial atenção a este ponto, por ser este o primeiro contato do passageiro com o sistema de transporte rodoviário, é de extrema importância.

3.1 Classificação dos Terminais Rodoviários

Segundo Gouvêa (1980), citado por Nascimento (2010), os terminais de passageiros podem ser divididos em urbanos ou interurbanos. O primeiro oferece transporte coletivo para pequenas distâncias, percurso desempenhado dentro dos limites do município ou entre núcleos urbanos socioeconomicamente dependentes. Já o segundo proporciona os serviços de transporte coletivo de média e longa distância realizado entre estados ou até mesmo países.

Considerando os conceitos dos autores, pode-se distinguir as características dos usuários de cada um dos modelos de transportes. Enquanto os usuários dos terminais urbanos distinguem-se pela ausência de bagagens e pela curta permanência, sendo que grande parte deles realizam viagens pendulares de frequência diária, os usuários dos terminais interurbanos, por sua vez, frequentemente transportam bagagens e podem vir a permanecer por um tempo maior nas dependências do mesmo.

3.2 Caracterização de um Terminal Rodoviário Interurbano de Passageiros

Conforme afirmou Soares (2006), o terminal rodoviário interurbano de passageiros é um elemento estruturador físico e operacional. Construído particularmente para esse fim, desenvolve atividades a fim de possibilitar os deslocamentos internos e a transferência eficiente, eficaz e segura do passageiro entre os modais de transporte utilizados até o ponto destinado ao embarque no ônibus rodoviário ou vice-versa. É ainda o principal elemento que constitui uma rede de transporte rodoviário, servindo como apoio ao sistema de transporte, onde se dá a interação entre o indivíduo e o serviço de transporte utilizado. Pode ser o ponto final ou intermediário para a transferência a outro modo de transporte durante o deslocamento.

Sendo assim, os terminais funcionam como os nós de articulação da rede de transporte onde se dá a distribuição dos itinerários de viagem por ônibus. Mas funcionalmente podem ser definidos como ponto de transição entre os veículos de transporte em viagens das mais variadas distâncias.

Apresenta como características básicas o funcionamento de módulos para realização

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