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Análise da Biblioteca Universitário UFSC

Por:   •  6/11/2018  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  254 Visualizações

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Após a reforma de 1995, a volumetria foi alterada e a maior modificação foi a remoção da rampa externa, com a inclusão de uma rampa interna. Além disso, houve acréscimo de área interna na frente e nos fundos da edificação, conformando um volume único. O estilo da intervenção não tem características muito diferentes da edificação original, o que não nos permite identificar o que é novo e o que já existia. A ideia foi aumentar a área e mudar a fachada, porém sem deixar claro que foi feita uma reforma.

A fachada externa já não revela mais sua cobertura em “águas”. Na volumetria existente hoje, há uma platibanda larga, que emoldura a parte superior das fachadas, cobrindo a simplicidade da cobertura anterior e dando maior imponência à edificação. Na instalação de condicionadores de ar, que foi introduzida em reforma posterior à construção, nota-se um improviso, pois os aparelhos escondem entre as estruturas do prédio.

Poderíamos classificar a obra na teoria aristotélica de beleza, onde algo belo tem ordem, harmonia e grandeza; características encontradas na edificação em questão, já que sua planta baixa e fachadas são bastante simétricas e proporcionais.

[pic 1]

Planta Baixa do Pavimento Térreo

O INTERIOR

Ao internar a edificação, tem-se um hall com pé direito não muito alto e em seguida a área de armários, onde o usuário faz a transição entre a área externa e interna. Subindo o primeiro lance da rampa – que agora tem dois lances com um patamar – pode-se observar através da parede de vidro, o exterior com as árvores do “caminho de acesso” e o bicicletário. Do segundo lance da rampa, é possível observar à direita o hall de entrada, com suas exposições. Ao chegar ao fim desse trajeto, chegamos à outra espécie de hall, onde encontramos a parte ampliada da edificação, com seus auditório e salas de apoio.

Após atravessar as portas de madeira, chega-se, enfim, ao salão principal da biblioteca. O salão é amplo e a luz entra pelas paredes de vidro, banhando as superfícies e espalhando-se pelo ambiente. A vista que se tem do exterior transforma-se de acordo com a localização do usuário dentro do salão. De um lado se vê o campus, cuja paisagem é mais serena, com bastante vegetação e áreas abertas. Das outras paredes de vidro, a cidade está em movimento, com fluxo mais intenso de pedestres e principalmente de veículos. Essa energia não existia no período em que o edifício foi construído e essas fachadas tinham espaços de calmaria em seu exterior.

Todo o segundo pavimento é em planta livre, com estantes de livros e mesas de estudo. Apenas os blocos com sanitários e áreas como auditórios têm fechamento em alvenaria. Até mesmo no pavimento térreo, onde funciona a parte administrativa e áreas de manutenção do acervo, há uma grande permeabilidade visual com paredes envidraçadas.

O mobiliário é disposto de forma que auxilia e facilita a localização do usuário dentro do espaço, e também do material que está procurando.

Sirius, Vega e Bellatrix são os setores; identificados por cores (azul, amarelo e vermelho) para facilitar a localização e consulta dos livros, pois estão organizados de acordo com suas temáticas.

O jardim interno da biblioteca existe desde seu projeto inicial e é um elemento arquitetônico central e um ponto marcante. Ele permite a entrada iluminação natural, potencializando a qualidade do espaço. Porém, há apenas contato visual entre o usuário e o jardim, já que o mesmo não pode ser acessado. O espaço não está em sua melhor forma de paisagismo, e já houve iniciativas da Direção da Biblioteca para aprimorar essa área - que acabaram não se realizando devido à falta de verba. Entretanto, o contato visual com o meio externo estimula o usuário, transmitindo uma sensação de tranquilidade e contato com a natureza, como se a biblioteca não estivesse inserida em um centro urbano.

No pavimento térreo, a biblioteca central abriga ambientes que têm funcionamento independentes da biblioteca, como sala de computadores e salas de escritórios de setores da UFSC. Além disso há setores de manutenção do acervo, setores administrativas, acervo de periódicos e salas de estudo individuais. Nessas, o silêncio é absoluto, exalando a concentração dos alunos. Há também uma forte relação visual com a rua, pois estão no mesmo nível do terreno e é possível acompanhar o ritmo da cidade do lado de fora.

O espaço e o trajeto da biblioteca falam por si só. É uma arquitetura de fácil entendimento e percurso. Ao visitar a obra, é simples compreender que aquele é um ambiente de estudo e aprendizado. Quem penetra no segundo pavimento da biblioteca, não tem dúvidas das atividades ali exercidas.

Entretanto, em alguns locais há avisos pedindo silêncio aos usuários, o que mostra que mesmo em um ambiente de estudo, há a necessidade de espaços diferenciados, que permitam a discussões e interação entre as pessoas. Além disso, não há muitas áreas de estar e descanso – apenas pufes e poucos sofás. Pequenas salas para trabalhos em grupo, áreas de estar e café seriam ambientes interessantes para esse tipo de edificação, dinamizando o uso e criando espaços e socialização e descanso para os intervalos de estudo.

REFERÊNCIAS

- Florianópolis Ontem e Hoje http://floripendio.blogspot.com.br/2010/05/florianopolis-antigo.html, acessado em 10-06-2015

- Site da Biblioteca Universitária http://portal.bu.ufsc.br/conheca-a-bu/historico/, acessado em 10-06-2015

- Biblioteca Universitária da UFSC: memória oral e documental/ pesquisa e organização de Ieda Maria de Souza, Joseane Chagas, Madja Garcia Pereira

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