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A Arquitetura Vernacular de Curitiba

Por:   •  26/4/2018  •  2.253 Palavras (10 Páginas)  •  402 Visualizações

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bairros Uberaba, Campo Comprido, Santa Felicidade e o município de Araucária.

Os sírios e libaneses, no início do século XX, estabeleceram-se no comércio de roupas, sapatos, tecidos e armarinhos.

O exemplar mais significativo da arquitetura vernácula são as casas em madeira feitas pelos imigrantes poloneses. Nestas, o principal material empregado foi a madeira do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia). Nesse tipo de construção, a estabilidade da edificação é garantida por uma estrutura portante de madeira que geralmente está apoiada em uma fundação realizada em pedra.

Na Itália a paisagem urbana é tombada. As casas estão preservadas, dando um retrato de como era a vida quando os imigrantes vieram. As casas italianas daqui têm a mesma simetria, distribuição de janelas e simplicidade de formas que as “irmãs” européias. Outra similaridade é o telhado, com inclinação acentuada para aproveitar o espaço para sótão. As janelas têm folhas externas “cegas” e internas de vidro, com moldura de madeira em forma de guilhotina (ou de abrir para dentro), e costumam ser de tamanhos iguais. A exceção são as janelas mais próximas do telhado, que podem ser menores.

Arquitetura polonesa em Curitiba, uma das etnias que compõe, historicamente, a constituição do povo paranaense. Os poloneses empregavam troncos de árvores sobrepostos horizontalmente, com encaixes nos cantos das paredes.

Arquitetura Italiana em Curitiba

Arquitetura Polonesa em Curitiba

Arquitetura Alemã em Curitiba (Bosque do Alemão)

DESENVOLVIMENTO DE CURITIBA

Em 1701, quando a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais passou a ser chamada de Vila de Curitiba, autoridades já preocupavam-se com a ocupação e urbanização da região, buscando manter o desenvolvimento local de forma organizada.

Em 1720, houve um responsável pela organização econômica, legislativa, jurídica e social de Curitiba, o ouvidor Raphael Pires Pardinho, dispondo sobre as responsabilidades dos habitantes e determinando regras como a da limpeza do Ribeiro (hoje Rio Belém) e a necessidade de autorização para construção de casas, fazendo ainda a separação entre a área urbana e rural da Vila.

Curitiba sentiu os efeitos do Tropeirismo por ser um ponto estratégico de passagem das caravanas de tropeiros que passavam pela cidade com destino a São Paulo ou Minas Gerais. Forma esses tropeiros que muito contribuíram para o desenvolvimento do comércio na região, surgindo armazéns e escritórios para atender às tropas e o transporte de gado. A Vila de Curitiba também estava na rota de passagem dos viajantes que comerciavam com o litoral. Era um aumento considerável de pessoas e circulação financeira.

No inicio do século XX, o crescimento populacional determinava que a urbanização tomasse medidas mais diretas na cidade. Assim, em 1905 uma nova lei determinava que apenas casas em alvenaria, com dois ou três pavimentos, poderiam ser construídas na região compreendida pelas ruas Liberdade (hoje Barão do Rio Branco), XV de Novembro e Praça Tiradentes. No ano seguinte, essa área foi ampliada para todo o centro da cidade. Com o aumento da economia, em 1940 Curitiba contratou uma empresa para realizar um plano de urbanização da cidade: O Plano Agache.

O desenvolvimento da cidade foi o processo de urbanização ocorrido entre as décadas de 1950 e 1970, que resultaram no Plano Diretor de Curitiba (1966) e, acompanhando o crescimento industrial do país, no projeto da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), bem como no Plano Urbanístico de 1971.

ARQUITETURA VERNACULAR DE CURITIBA

Existe hoje crescente busca pelo desenvolvimento sustentável em decorrência da grande preocupação quanto ao futuro do globo terrestre devido às intervenções do homem promovidas sobre a natureza. Arquitetura e construção civil desempenham importantes papeis nesse impacto em função da maneira como os edifícios atuais estão sendo projetados e executados. Para Edwards (2009) e John (2006), a indústria da construção civil é considerada a atividade menos sustentável do planeta. Esta consome 50% dos recursos naturais, sendo que somente com o transporte de materiais de uma região para outra há um gasto de cerca de 80% de energia do total daquela consumida pela edificação.

Por esse motivo, é fundamental pensar na arquitetura do século XXI de maneira sustentável, levando em conta fatores socioambientais e econômicos, ou seja, garantindo o respeito ao meio ambiente natural, assim como a sobrevivência de comunidades, tanto em países ricos como pobres. De acordo com Souza (2002), sustentabilidade pode ser definida como a capacidade de uma empresa qualquer desenvolver sua atividade de forma a atender as necessidades da geração atual sem comprometer o atendimento daquelas das gerações futuras, o que deve estar apoiado em três pilares: o social, o ambiental e o econômico. Em outras palavras, sustentabilidade relaciona-se à economia de energia, ao equilíbrio entre capital inicial investido e capital gasto em longo prazo e, além disso, à criação de espaços saudáveis e sensíveis às necessidades sociais (EDWARDS, 2009).

A arquitetura vernacular é considerada especialmente sustentável por seu caráter de integração com o ambiente, o uso de materiais orgânicos e, é claro, pelas escolhas e soluções arquitetônicas que possibilitam características como o bom isolamento térmico e acústico. Algumas práticas dessas arquiteturas milenares são estudadas por profissionais contemporâneos para serem reproduzidas em projetos que visem, por exemplo, a diminuição do uso de energia.

Dentre os exemplos de arquitetura vernacular, podemos citar as construções sobre palafitas comuns, sobretudo na região Norte do Brasil. Sobre estruturas de madeira, são construídas casas e toda uma rede de edificações, permitindo a morada sobre rios de diferentes dimensões.

Bem longe das terras tropicais, os iglus construídos pelos esquimós são outro exemplo de arquitetura vernacular, com formato arredondado e de construção simples e rápida, é capaz de dar abrigo a famílias inteiras. Também com formato arredondado, mas utilizando principalmente galhos e palha retirados da floresta, as ocas construídas pelos índios

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