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A AUDITÓRIO IBIRAPUERA - ACÚSTICA

Por:   •  2/12/2018  •  2.309 Palavras (10 Páginas)  •  281 Visualizações

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consigo as reflexões do entorno. Isso acontece em locais abertos que frequentemente possui elevado grau de ruído e em locais fechados que não tiveram tratamento específico para seu uso. Mas nem sempre é assim, conforme mencionado, há métodos que extingue qualquer mínimo detalhe, desde que, seja realizado durante a execução do edifício.

Há alguns índices que caracteriza o ambiente conforme sua finalidade - por exemplo, auditórios, onde as pessoas necessitam de entendimento da palavra falada – tal parâmetro qualificador é o STI (índice de transmissão da fala), acústico onde relata a inteligibilidade do discurso no ambiente, relacionado ao tempo de reverberação e ruído de fundo.

O programa traz variações da qualidade de voz, de 0 a 1, onde 0 é péssimo e 1é perfeito. A classificação do STI acontece conforme a norma IEC 60268-16 (2011), logo abaixo:

Tabela 01: Quadro descritivo de valores do STI.

STI

Valores Qualidade do discurso

0,00 a 0,30 Ruim

0,30 a 0,45 Pobre

0,45 a 0,60 Razoável

0,60 a 0,75 Bom

0,75 a 1,00 Excelente

Fonte: PORTAL ACÚSTICA.

“Quanto maior tempo de reverberação menor o STI” (KNOCHENHAUER, GIORDANI, 2016), ou seja, se as palavras liberadas permanecem no ambiente por muito tempo, as posteriores irão se interpor, acarretando em superlotação de reflexões e consequentemente, mas não necessariamente, a incompreensão das palavras por receber ao mesmo tempo grande quantidade de sílabas, exigindo do ouvinte esforço para o entendimento.

Por conta dos ruídos, a inteligibilidade do meio fica deficiente e impede que a informação chegue nitidamente. Entretanto, se o tempo de reverberação é reduzido, a clareza da linguagem aumenta. Para melhor conforto auricular, o ambiente mais “seco” é recomendado.

TIPOS DE AMBIENTES E SEUS COMPORTAMENTOS

O som em ambientes fechados, são refletidos/absolvidos quando se chocam com o anteparo das paredes que compõem o ambiente. Então o som ouvido e resultado do som direto e refletido no ambiente.

A forma da superfície influencia na direção dos raios refletidos, em superfícies planas a angulação do raio e a mesma do raio incidente. Em um ambiente com paredes paralelas, tem um ambiente com muita reflexão sonora, a quebra do paralelismo com uma pequena inclinação faria com que a reflexão sonora parasse em certo momento. Uma forma de evitar ou corrigir o paralelismo e utilizando difusores. (Figura 4).

Figura 4: Utilização de difusores para quebra de paralelismo.

Fonte: SOUZA et. al., 2003, fig. 125 p.116.

A angulação também pode ser utilizada nos tetos para direcionar as ondas sonoras refletidas.

As superfícies côncavas e as convexas que são superfícies curvas, quando côncavas deve tomar cuidado quando as utilizas por convergir as ondas sonoras para um determinado ponto. É aconselhável evita-lo colocando difusores para quebrar a concavidade.

Figuras 5: Uniformidade na distribuição sonora por reflexão de superfícies côncavas e a colocação de difusores.

Fonte: SOUZA et. al., 2003, figs. 121 e 122 p.114.

As superfícies convexas por sua vez ela difunde os raios sonoros, que tem o objetivo de propagar o som emitido. Como pode ser observado na ilustração do coreto (Figura 6).

Figura 6: Difusor sonoro na superfície convexa.

Fonte: CARVALHO, 1967, fig. 5.5 p.50.

Em pratica, o som direto vai decaindo conforme se expande pelo ambiente. O som permanece no ambiente devido a reflexão sonora. Então próximo a fonte o som direto predomina, enquanto, longe da fonte o som refletido domina, o campo reverberante.

Quando e gerada a pressão sonora no ambiente, ela vai crescendo gradualmente até se estabilizar, ou tornando-se inaudível cessando a emissão da fonte, o tempo decorrido faz com que o som pare de ser percebido. O tempo decorrido para o som deixar de ser percebido após cessar a emissão da fonte, chama-se reverberação.

Todas essas propriedades já abordadas anteriormente trabalham simultaneamente produzindo a qualidade acústica de um ambiente fechado (Figura 7).

Figura 7: A propagação sonora em um ambiente fechado.

Fonte: SOUZA et. al., 2003, fig. 116 p.110.

ESTUDO DE CASO - AUDITÓRIO IBIRAPUERA, SP - OSCAR NIEMAYER

O auditório está localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral - Parque do Ibirapuera, São Paulo – SP. Situado com sua entrada principal em uma avenida. Ele é considerado uma casa para espetáculos, pois lá ocorre vários tipos de eventos, desde reuniões, congressos, até concertos musicais.

A obra foi projetada por Oscar Niemayer em 1954, e inaugurada no ano de 2005, com uma área total construída de 7000m². Seu desenho foi considerado um dos projetos mais importantes para Oscar ao ponto de vista arquitetônico, devido suas formas. Sua volumetria é algo bem simples, sendo ela um bloco único, no qual em planta é um trapézio e em corte um triangulo, uma obra bem elaborada e trabalhosa. Nele foram divididas três partes, o foyer, palco e a plateia. Seu palco possui uma abertura para o exterior, permitindo apresentações para o público situado ao externo.

Figura 8: fachada lateral norte (modicada pelo autor).

Fonte: RADIO VIVA ZEN (2016)

Figura 9: Planta baixa térreo (modificada pelo autor).

Fonte: PBWORKS

O edifício é todo branco, construído em concreto armado com pintura impermeabilizante. Seus destaques vermelhos vibrantes estão situados a marquise, no qual, se tornou uma marca ao acesso principal, dando uma ideia de uma labareda em metal, no qual diferencia de outros prédios que se encontra ao redor.

Figura

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