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Quimica Geral

Por:   •  2/4/2018  •  3.820 Palavras (16 Páginas)  •  308 Visualizações

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 2.1 – Possíveis falhas na impermeabilização em sistemas de contenção: A) Aplicação inadequada da geomembrana, com exposição aos raios solares, podendo resultar em rápida depreciação pela ação do tempo; B e C) Pontos em que as geomembranas não podem conter possíveis vazamentos, como em juntas, conexões e estruturas cravadas no solo; D) Fissuras e juntas de dilatação que podem ser pontos vulneráveis na impermeabilização com concreto.................................................................................................................................14 FIGURA 2.2 – Parque de armazenamento de combustíveis em que são identificados os tanques de armazenamento, os sistemas de contenção primários e os secundários (bacias de contenção delimitadas pelos diques)..........................................................................16

LISTA DE TABELAS

TABELA 2.1 – Normas técnicas que substituem a NBR 7505-1..................................................8 TABELA 2.2 – Coeficiente de permeabilidade máximo...............................................11

1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

A indústria petrolífera está no centro do sistema produtivo contemporâneo, uma vez que serviu de base para o desenvolvimento de vários e poderosos setores industriais: automobilístico, aeronáutico, químico, sintéticos, adubos e etc. Além disso, o petróleo ainda é a principal matriz energética em uso (ROSA, 2004). O Brasil produz, armazena, distribui e revende grandes quantidades de petróleo e derivados, sendo uma das principais indústrias do país. A magnitude da indústria do petróleo no Brasil pode ser avaliada por meio dos dados do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2006. Conforme este Anuário (ANP, 2006), as reservas totais brasileiras de petróleo atingiram a marca de 16,1 bilhões de barris e a produção alcançou um volume de 1,7 mil barris por dia em 2005. Das reservas, 91,6% localizamse no mar e 8,4% em jazidas terrestres. Apesar da predominância de reservas marinhas no Brasil, dos 8.002 poços de exploração existentes, 90,9% estão localizados em terra. Para viabilizar a movimentação de petróleo, derivados e etanol no território nacional, o Brasil dispunha, em 2005, de 9 centros coletores de etanol, 53 terminais aquaviários e 27 terrestres. Esses terminais possuem uma capacidade nominal de armazenamento de 11,0 milhões de m3 distribuída em 1.392 tanques, dos quais 24 em centros coletores de etanol, 1.063 em terminais aquaviários e 305 em terrestres. A infra-estrutura dutoviária nacional é composta de 446 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros produtos, que somam 15,1 mil km de extensão. O Brasil conta ainda com 551 bases de distribuição e 35.585 postos revendedores de combustíveis automotivos. Devido aos milhões de barris de petróleo e derivados estocados ao longo do país, o potencial de ocorrer vazamentos é muito significativo, e os efeitos destas contaminações podem acarretar impactos ambientais graves, tanto pela magnitude como pela dificuldade de recuperação dos ecossistemas, ameaçando solos, águas subterrâneas, águas superficiais e o ar atmosférico. Segundo Cheremisinoff (1996), uma das principais fontes de contaminação de solos e águas subterrâneas têm sido os vazamentos de tanques de armazenamento de produtos químicos. O Programa Federal UST (Underground Storage Tank), da Agência

2 de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA), cadastrou, até setembro de 2006, mais de 460 mil casos de derramamentos em tanques de armazenamento subterrâneo (USEPA, 2006). No Brasil, a Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) é o único órgão de controle ambiental que dispõe de informações detalhadas sobre áreas impactadas. A CETESB vem cadastrando constantemente os registros de áreas contaminadas chegando a totalizar, em novembro de 2006, um número de 1.822 áreas contaminadas cadastradas. Os principais grupos de contaminantes encontrados nas áreas contaminadas são: solventes aromáticos, combustíveis líquidos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), metais e solventes halogenados. Os postos de combustíveis e as atividades industriais destacamse na lista de áreas contaminadas da CETESB como principais responsáveis pelos impactos, representando 74% e 15% dos casos, respectivamente. A contaminação do solo pode gerar problemas como danos à saúde humana, comprometimento da qualidade dos recursos hídricos, restrições ao uso do solo e danos ao patrimônio público e privado, como a desvalorização das propriedades, além de danos ao meio ambiente (CETESB, 2006). Além dessas problemáticas, a remediação de solos contaminados geralmente envolve altos custos e longos períodos de tempo. Os custos para remediar os impactos causados são da ordem de 100 mil dólares em locais onde se verifica contaminação de solo e de 250 mil dólares em locais com contaminação de solo e água subterrânea (CATALDO e MOYER, 2001). Segundo relatório publicado pela empresa Redox Tech e FMC Corporation (2004), os custos de remediação de uma área contaminada com DNAPL (Dense Non-Aqueous Phase Liquid) na zona vadosa e saturada foram de, aproximadamente, 7 dólares por tonelada de solo contaminado. No Brasil, a remediação de uma área contaminada em uma região central de uma cidade qualquer custa, em média, até 20% do valor do terreno recuperado (INSTITUTO EKOS BRASIL, 2004). Devido aos altos custos de recuperação de áreas impactadas, as metas de remediação geralmente são decididas baseadas em estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana e ao Meio Ambiente. A seleção de soluções corretivas baseadas no risco à saúde humana e ao meio ambiente permite destinar de forma eficiente os recursos humanos e financeiros às áreas a serem remediadas. Portanto, a Avaliação de Risco é uma importante ferramenta no gerenciamento ambiental de áreas de armazenamento de combustíveis, utilizada para determinação do perigo potencial para a saúde humana e meio ambiente, antes mesmo da ocorrência de derramamento, auxiliando a definição de planos de contingência e emergência (PEDROZO et al., 2002).

3 Um dos problemas enfrentados no Brasil na revitalização de áreas contaminadas é a ausência de mecanismos para financiar a remediação quando estas não têm um responsável facilmente identificável. Nesses casos é necessária uma presença maior do Estado no financiamento da remediação enquanto se buscam na Justiça os responsáveis

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