A Filtração Simples
Por: Kleber.Oliveira • 8/12/2018 • 1.581 Palavras (7 Páginas) • 305 Visualizações
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Para a filtração do ácido esteárico (C18H36O2), notamos que não houve sequer solubilização do soluto no meio aquoso. Isso ocorreu porque o ácido esteárico é insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos, tais como clorofórmio, éter, acetona e muito solúvel em acetato de amila, benzeno e tolueno. O aspecto do papel de filtro após a fitração permaneceu o mesmo, exceto pela presença do ácido citado sólido e insolúvel retido. O filtrado apresentou-se incolor, evidenciando nenhuma interação visível com o soluto.
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Figura 4 – Ácido esteárico
O amido é um polissacarídeo de grande importância para os seres humanos, que por sua vez é também composto por outros dois polissacarídeos: a amilose e a amilopectina.
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Figura 4 – Amilose Figura 5 - Amilopectica
Moléculas de alto peso molecular como as citadas, podem sofrer reações de complexação com formação de compostos coloridos. A amilose forma um complexo azul com o iodo, enquanto a amilopectina forma um complexo vermelho, de coloração menos intensa. A coloração azul intensa ocorre devido ao “aprisonamento” do iodo nas cadeias lineares da amilose. A estrutura helicoidal da amilopctina impede uma maior interação com o iodo, devido as suas ramificações.
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Figura 6 – Reação entre amido e iodo
Ao realizarmos a filtração para o amido solubilizado, notamos que o filtrado apresentou uma leve coloração opaca (em relação à gua destilada inicial). Ao adicionarmos o lugol ao filtrado, a solução tomou uma coloração amarela bem fraca. O papel de filtro reteve o soluto, mas não pudemos quantificar o quanto ficou retido (pois não era o objetivo da prática). Concordamos que todo o amido havia ficado retido no papel de filtro, uma vez que o filtrado não corou.
Durante a prática, o professor chamou a atenção para o fato de que tanto o filtrado quanto a mesma quantidade de água destilada isenta de amido, apresentavam coloração praticamente idêntica após aplicação do lugol (4 gotas). Tomamos o papel de filtro com o amido retido e aplicamos 4 gotas do reagente diretamente. O papel tomou a coloração azul intensa imediatamente, corroborando a teoria.
Para a filtração do sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O), notamos que a solução assumiu o tom azul do soluto após a solubilização (coloração devida às suas águas de hidratação), e que, o mesmo tom permaneceu no filtrado. O caso é que não conseguimos observar a retenção de soluto de coloração azulada no filtro de papel. Após discussão, acordamos que aquele papel de filtro não seria adequado para esse tipo de procedimento, contudo, durante posterior pesquisa, descobrimos que o CuSO4.5H2O, é largamente utilizados em piscinas e tratamento de água, e que uma de suas características é não produzir insolúveis e tratar-se de uma solução coloidal., o que explica o resultado obtido no experimento.
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Figura 5 – Sulfato de cobre pentahidratado
Recristalização e filtração à vácuo (ácido benzóico)
Após a dissolução do ácido benzóico (C6H5-COOH) e posterior resfriamento a temperatura ambiente, notamos a formação dos primeiros cristais na superfície da solução e nas paredes do béquer. Realizamos a raspagem cuidadosamente com auxílio de uma bagueta de vidro, e colocamos o béquer contendo a solução em banho maria. A reação passou a ser mais acentuada e mais cristais começaram a se formar com mais velocidade.
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Figura 6 – Ácido benzóico
Procedemos a filtração à vácuo, com auxílio de uma bomba e mangueira, kitassato (para recolher o filtrado), funil de buchner e papel de filtro, lavando o soluto com pequenas porções de água destilada gelada cedida pela monitoria. A aparência dos cristais retidos era essencialmente diferente do reagente PA, apresentando um aspecto brilhoso, o que refletia sua purificação.
5. Conclusão
Podemos concluir que a técnica de filtragem simples se presta a uma extensa gama de rotinas físico-químicas, e que se adequadamente empregada, produz resutados condinzentes com a bibliografia, tendo como uma desvantagem o tempo gasto em análises que a envolva. A filtração à vácuo, por conseguinte, atende às mesmas demandas que a filração simples, tendo contudo a questão do menor tempo gasto a seu favor.
Vale salientar que o conhecimento prévio do tipo de filtro a ser utilizado (espessura, por exemplo) na filtração é essencial para o sucesso da análise bem como o solvente adequado à solubilização da amostra que se quer analisar.
6. Bibliografia
- BACCAN, NIVALDO. Et. al. Química Analítica Quantitativa Elementar. São Paulo: Edgar Blücher,1979.
- CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J.; DONATE, P. M. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: EDUSP, 2004.
- GIESBRECHT, E. Et al. Experiências em Química: Técnicas e Conceitos Básicos. São Paulo: Editora Moderna, 1979.
- SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA FILHO, R. C. Introdução à Química experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.
- . Acesso em 12 out. 2017.
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- . Acesso em 12 out. 2017.
- . Acesso em 15 out. 2017.
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