Artigo jogos na educação

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Os jogos são recursos que devem ser utilizados na escola para ajudar a criança a aprender brincando, para tanto, é preciso adequá-los verificando se o ambiente é propício a sua aplicação e se estão de acordo com objetivos propostos no estudo. É por meio do jogo, que a criança utiliza sua linguagem própria, não se preocupando em mostrar seu conhecimento, mas defendendo seu ponto de vista, desta forma, ela está se tornando mais autônoma e participativa.

Segundo Santos (2000, p. 56): “Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquire comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimentos, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras”.

- O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO

- A ludicidade no desenvolvimento da criança

A criança desenvolve seu raciocínio, sua agilidade de ação, através do jogo, quanto maior for o espaço propiciado para esta atividade, mais ela poderá se desenvolver. Ao brincar, fantasiar, sonhar, a criança revela ter aceitado o desafio do crescimento, a possibilidade de errar, de tentar, arriscar. O jogo tem que fazer parte do projeto pedagógico como uma forma de trabalho e não apenas como uma atividade, pois o professor não pode esquecer que a criança trabalha quando joga e joga quando trabalha.

A escola precisa ser um lugar mais prazeroso, onde o jogo, a brincadeira e o brinquedo possam ser valorizados, para isso basta deixarmos de lado qualquer preconceito e voltarmos nosso olhar para as crianças tornando A escola um espaço de vida, de crescimento e de desenvolvimento. Ela deve ser a preparação para a vida no sentido de formar atitudes e de dotar a criança de recursos que possibilitem resolver os problemas reais que a vida lhe colocará, deve ser preparação para vida no sentido de lidar com problemas reais, desde o início do aprendizado escolar.

Para Winnicott (1975, p.79) “É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação”. O jogo é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos, sociais e culturais. É brincando e jogando que a criança ordena o mundo a sua volta, assimilando experiências e informações e, sobretudo, incorporando atividades, atitudes e valores. Se através do brincar a criança aprende, por que não ensinarmos da maneira que ela aprende melhor, de uma forma prazerosa que para ela é eficiente.

Para Oliveira (1990), “as atividades lúdicas são a essência da infância”. Considerando que estas atividades ajudam a construir o conhecimento e propiciam experiências prazerosas e benéficas para as crianças, alguns destes benefícios podem ser destacados:

-Desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento.

-Socialização.

-Assimilação de valores.

-Aprimoramento de habilidades.

Acredita-se que o jogo educativo não deva ser só para passar o tempo e divertir as crianças, mas uma estratégia auxiliar a aprendizagem exigindo objetivos bem definidos, boa execução e uma avaliação eficiente. Se a função da escola é a de promover a aprendizagem, por que não torná-la da forma mais prazerosa através dos jogos e das brincadeiras e é sem dúvida, uma maneira de aprender, mas é muito mais que isso, brincar é experimentar, relacionar, imaginar, expressar, compreender, confrontar, negociar, transformar, e ser. Só assim, conseguiremos conhecer melhor a criança para trabalhar, brincar e aprender com ela.

Teóricos vêm se dedicando, nos últimos anos, ao estudo da atividade lúdica e de sua importância, não só no desenvolvimento cognitivo das crianças, como também na constituição do sujeito. Para esses estudiosos, enquanto a criança brinca, ela se desenvolve se socializa. Brincando, as crianças se desenvolvem, descobrem o seu papel na sociedade e seus limites, exploram o mundo e apreendem a realidade que vivem.

A brincadeira na escola é um importante meio de aprendizagem, desde que não seja deixado de lado o aspecto lúdico que ela traz. Para Smolka (1988, p.22): “O jogo tem uma função fundamental no desenvolvimento das crianças e, como tal, possui um significado, um sentido, no processo de organização das experiências, elaboração de pensamentos, expressão de sentimentos, construção de conhecimentos”.

Brincando, a criança explora o mundo, constrói o seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação e se auto realiza. Brincar é uma das condições para estimular a criatividade, portanto é através da atividade lúdica que a criança traduz informações, adquire conhecimentos, extravasa sentimentos, enfim é a partir dela que a criança passa a compreender melhor o mundo que a rodeia. O jogo, ou a brincadeira é uma parte essencial da vida da criança. A brincadeira vai nos mostrar o nível de desenvolvimento da criança, seu jeito de ser e reagir e seus conteúdos vivenciais, suas fantasias, seus desejos, seus receios, seus conflitos afetivos.

Para que os jogos e as brincadeiras tenham lugar garantido no cotidiano escolar é fundamental a atuação do professor. E só será possível ensinar e aprender com prazer quando entendermos melhor as crianças. Antes de ingressar na escola, elas vivem o seu mundo real. O desejo de conhecer tudo a sua volta faz do jogo e da brincadeira, seu mais sério meio de apropriar-se do mundo e de comunicar-se com ele. Porém, na escola a criança encontra uma realidade diferente da sua, na qual tudo aquilo que representa sua forma de viver, compreender e apropriar-se de seu contexto sociocultural seja anulado.

É através do jogo que a criança se socializa e a aprendizagem acontece de forma prazerosa e interessante. Portanto, é necessário que as atividades sejam dinâmicas e desafiadoras, buscando a participação ativa do educando. Alguns professores muitas vezes não conseguem atrair a atenção e motivar as crianças. Seus métodos tradicionais de ensino são cada vez menos atraentes para ela, pois, gosta de participar, questionar, atuar e infelizmente a escola insiste em mobilizar a criança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo do ser humano.

As crianças atualmente estão mais espertas, desenvolvem-se rapidamente, pois os estímulos ocorrem precocemente, pois os pais preocupam-se com que haja essa estimulação devido a grande rapidez com que as mudanças ocorrem no mundo e tentam incentivar as crianças