Tratamento de Água de Chuva por Tecnologia Ultravioleta

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As águas com propósito de consumo humano são distribuídas como potável e não potável. Águas potáveis têm como finalidade, ingestão, preparação de alimentos e higiene pessoal. Águas não potáveis são empregadas em irrigação de jardins, lavagem de veículos, limpezas de quintais e descargas em vasos sanitários, onde neste caso de água não potável não haveria necessidade de realizar o tratamento da filtragem ultra violeta.

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Montagem do reservatório

O abastecimento de água de chuvas é um sistema simples com baixo custo de implantação, dependendo da tecnologia empregada, de resultado imediato em regiões onde a precipitação anual é significativamente alta. Embora, encontre desvantagem em épocas de estiagem, nas quais o volume de água diminui, o funcionamento do sistema de aproveitamento destas águas segue da seguinte maneira: a água é principalmente coletada de locais impermeáveis, como por exemplo, telhados. Logo após, é filtrada e guardada em reservatório(s): apoiado, enterrado ou elevado. Estes reservatórios podem ser constituídos de diversos materiais como: concreto armado, aço, alvenaria de tijolos, plástico, poliéster, entre outros (MAY, 2004) (FIGURA 1).

A maneira que será tratada as águas de chuva depende de sua finalidade. No caso de um tratamento simples, empregam-se sedimentação natural, filtração e cloração. Em tratamentos mais complexos, emprega-se desinfecção por ultravioleta ou osmose reversa (MAY, 2004).

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Figura 1: Sistema de capitação de águas de chuva. Fonte: ECOVILA, 2014.

Grings (2005) acredita que: Os principais critérios a serem observados para captação e armazenagem de água da chuva são a demanda diária de água na propriedade, o índice médio de precipitação (chuva) por região em cada período do ano, tempo necessário para armazenagem, considerando um período mínimo de segurança e área de telhado necessário ou disponível para captação. O índice de precipitação poderá ser obtido em órgãos oficiais como Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Embrapa, Universidades, Prefeituras, etc.

A melhor forma de armazenamento da água de chuva é como no caso da água potável, a cisterna subterrânea. Sem luz e calor, retarda-se a ação das bactérias.

As cisternas são formadas por um conjunto de estruturas composta pelo sistema de captação, sistema de filtragem e um reservatório de armazenamento (OLIVEIRA; KNUZ; PERDOMO, 2005).

Existem basicamente dois modelos de cisternas (OLIVEIRA; KNUZ; PERDOMO, 2005):

- Para captação de água do telhado;

- Para captação de água de áreas pavimentadas ou áreas de drenagem.

O sistema cisterna é constituído dos componentes apresentados na figura 2:

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Figura 2: Esquema do sistema cisterna. Fonte: (OLIVEIRA; KNUZ; PERDOMO, 2005).

É recomendável que somente a água de chuva captada em telhados e coberturas venha a ser encaminhada para a cisterna, após passagem em um sistema de filtragem. Superfícies lisas são as melhores para a captação (telhas de barro, de cimento etc.) (OLIVEIRA; KNUZ; PERDOMO, 2005).

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Dimensionamento da cisterna

De acordo com Grings (2005): A cisterna deverá ter capacidade para armazenar água suficiente para atender a demanda da propriedade por um período mínimo de 15 dias. No cálculo do dimensionamento da cisterna, deve-se acrescentar um adicional relativo ao coeficiente de evaporação do sistema. Na dificuldade em se estabelecer um coeficiente de evaporação confiável, pode-se considerar um acréscimo de 10% no volume de reserva calculado. No cálculo do volume da cisterna poderá ser adotada a seguinte equação:

Vc= (Vd x Ndia) +10%

Sendo:

- Vc=Volume da cisterna (m³).

- Vd=Volume de demanda da água diária (m³).

- Ndia=Número de dias de armazenagem (15 dias).

- 10%=Acréscimo de 10% em função da evaporação no período de armazenagem considerado.

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Materiais utilizados na construção da cisterna

Os modelos de cisterna para armazenagem de água da chuva podem possuir formas retangulares, quadradas, cilíndricas, cônicas. Os materiais usados para construção de cisternas podem ser manta de PVC, manta de PEAD, fibra de vidro, alvenaria, ferro cimento ou concreto armado. Os reservatórios em fibra de vidro e alvenaria são mais empregados para pequenos volumes (até 30m³), enquanto PVC, PEAD e concreto armado são mais recomendados para armazenar grandes volumes (GRINGS, 2005).

- Reservatórios em PVC ou PEAD:

Os reservatórios (cisternas) para o armazenamento da água da chuva podem ser construídos enterrados ou ao nível do solo, revestidos com lona de PVC ou PEAD, como ilustrado na figura 3 (OLIVEIRA; KUNZ; PERDOMO, 2005).

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Figura 3: Cisterna construída em PVC. Fonte: (OLIVEIRA; KUNZ; PERDOMO, 2005)

- Reservatórios em alvenaria ou concreto armado:

“As cisternas podem ser construídas em alvenaria ou concreto armado, para o armazenamento da água da chuva. Ela pode ser enterrada ou ao nível do solo, sendo mais comum construir a cisterna enterrada [...]” (OLIVEIRA; KUNZ; PERDOMO, 2005). Na figura 4 apresenta um exemplo de cisterna construída em alvenaria:

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Figura 4: Cisterna construída em alvenaria. Fonte: (OLIVEIRA; KUNZ, PERDOMO, 2005)

- Cisternas de placas:

De acordo com Tavares (2009), a cisterna de placas (figura 5) é parcialmente enterrada, com cerca de ¾ de altura das paredes laterais abaixo do nível do terreno, para reforçar a capacidade de suportar a pressão da água e armazenar, em geral, 16.000 litros (cisterna residencial), mas pode armazenar também 25.000 litros (cisterna