QUALIDADE, PRODUTIVIDADE E SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Por: Kleber.Oliveira • 16/7/2018 • 3.824 Palavras (16 Páginas) • 430 Visualizações
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Apesar dos diversos programas de qualidade a serem aplicados no setor de construção civil, os alvos a serem atingidos sempre são os mesmos: melhoria no fornecimento e funcionamento da cadeia de suprimentos, qualidade intermediária dos produtos, melhoria no conhecimento de mercado consumidor, aumento da qualidade visual e estrutural das construções, utilizando-se de novos produtos e novos conceitos sustentáveis, a redução das perdas de material e tempos e, principalmente, a melhoria na capacitação técnica dos funcionários.
Ao contrário do que ocorre em diversos países, no Brasil, ainda existe um “clarão” enorme entre a universidade e o mercado de trabalho. Parte do princípio que são poucas as empresas que destinam uma parte da verba para o treinamento de pessoal. Por outro lado há o fato de que muitos profissionais não proliferam seus conhecimentos para os recém-chegados no mercado e tornam tais habilidades como “propriedade particular” e isso acaba implicando, principalmente, na qualidade de formação desses novos profissionais como também na qualidade das construções elaboradas e fiscalizadas.
Há muito se vê uma enorme progressão em função da qualidade no setor da construção civil com a intenção de eliminar todos os prováveis erros, desperdícios e falhas em projetos. Com isso, foi criado em 1998, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat - PBQP-H na intenção de corrigir alguns erros bastante comuns nas frentes de serviço: falta de organização e de interação entre projeto e execução, falhas de planejamento, condições inadequadas de segurança nos canteiros de obras e ainda baixa capacitação dos operários. Além do PBQP-H, houve no Brasil a criação de outros programas de qualidade, tais como o QUALIHAB - Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo e o QUALIOP - Programa da Qualidade das Obras Públicas da Bahia.
Aliados à intenção de se fortalecer competitivamente, muitas empresas elaboram estudos no sentindo de se desenvolver tecnologicamente e socialmente. Ferramentas como o PDCA - Planejar, desenvolver, checar e agir, no qual os estágios da solução de problemas são vistos como formando um ciclo sem fim, que retornam sempre ao ponto inicial para verificação continuada e subsequente, o Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito e a estratificação são as mais vistas no ambiente industrial.[pic 1]
Além dos estudos na área de qualidade, viram-se também muitos enfoques no tocante ao desperdício de materiais e quanto ao estudo dos tempos e movimentos, do qual principal fundador foi Frederick Taylor, que acreditava que se o indivíduo gozasse de instruções sistemáticas e adequadas, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.
[pic 2]
Na construção Civil, Taylor dedicou bastante atenção à redução de esforços e ao aumento da produtividade utilizando apenas de materiais conhecidos e oferecidos no mercado. Nas duas situações abaixo, exemplifica dois estudos cuja finalidade é o aumento no rendimento dos trabalhos efetuados e a diminuição dos esforços gerados.
Sabendo que o elo produtivo é focado em três pontos, mão-de-obra, materiais e equipamentos, Taylor acreditava que todos os movimentos deveriam ser ordenados logicamente, levando sempre em consideração a interação e o relacionamento.
A produtividade é conseqüência da otimização e integração de diversos fatores que contribuem para formulação, execução e comercialização de um determinado produto.
- SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade, conforme definição do Wikipédia, está relacionada à contribuição que cada empreendimento realiza no sentido de preencher e repor as suas necessidades, preservando e agindo a favor da manutenção da biodiversidade, ou seja, está relacionada com o esforço prestado para que haja continuidade dos aspectos, sociais, culturais e ambientais, assim, construção sustentável significa que os princípios de desenvolvimento sustentáveis são aplicados em todo o ciclo de construção, parindo da extração e beneficiamento de materiais, passando pelo planejamento, projeto e construção de edifícios e obras de infraestrutura, até a sua demolição e gestão de resíduos, dela resultantes.
Por definição, para que um empreendimento seja considerado sustentável, deve possuir quatro características básicas:
- Ecologicamente correto;
- Ecologicamente viável;
- Socialmente justo;
- Culturalmente aceito.
- Sustentabilidade na construção civil
Com tantas modificações e agressões, a sociedade passou a conviver com poluição, desastres e danos aos ambientes naturais e urbanos, mas felizmente esse contexto está mudando com a expansão de todas as novas tecnologias e estudos. O que antes representava problema, atualmente, é uma oportunidade de novos negócios.
Estudos já identificam alguns pontos que, somados, são necessariamente prejudiciais ambientalmente, como também economicamente (Furtado, 2001:5):
- Mau uso do produto pelo consumidor;
- Consumo exagerado de insumos;
- Processo industrial de risco;
- Ações civis, multas e custos com remediação;
- Impactos visuais e sonoros;
- Matérias primas inadequadas;
- Auditoria e avaliação de riscos;
- Controle de acidentes e emergências;
- Perda de subprodutos úteis;
- Gastos com permissões e fiscalização;
- Danos à imagem.
Por teoria, os produtos sustentáveis são aquele que desde o processo de fabricação até o descarte não agridem o meio ambiente.
- Ecobuilding
[pic 3]
Chamadas de Ecobuilding (construções ecológicas), essas construções devem levar sempre em consideração, principalmente, os tipos de matérias a serem utilizados e a forma de construir, pois a construção com responsabilidade social implica na reorientação do processo produtivo.
Muitas
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