A Quarta Revolução Industrial
Por: Kleber.Oliveira • 17/12/2018 • 4.646 Palavras (19 Páginas) • 307 Visualizações
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Figura 1 – Revoluções Industriais[pic 1]
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/ind%C3%BAstria-40-quarta-revolu%C3%A7%C3%A3o-industrial-edson-miranda-da-silva
1.2 QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL
O Brasil começou a sua industrialização a partir dos anos 1930 com o objetivo principal de efetivar a industrialização do país privilegiando as indústrias nacionais com medidas protecionistas e investimentos em infraestrutura. A indústria nacional cresceu significativamente, mas não se falava em inovação, ou seja, não houve estímulos ao desenvolvimento de novos produtos e tecnologias inovadoras.
Em meados da década de 60 o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos com a abertura da economia para o capital internacional e o país se viu em situação de defasagem tecnológica perante o restante do mundo. Na década de 80 houve um domínio de novas tecnologias: computadores, automação industrial, microcomputadores e softwares. Em 1990 parte da cadeia produtiva brasileira de bens de capital foi internacionalizada.
Passada a fase de estabilização econômica as indústrias brasileiras voltaram-se ao estímulo do desenvolvimento da capacidade competitiva por meio da inovação tecnológica estimulada pela Lei de Inovação federal de 2004.
Atualmente há um consenso entre os especialistas que a industrialização brasileira está em transição da indústria 2.0 para a 3.0, a defasagem em relação a países pioneiros em inovação tecnológica como a Alemanha é de 100 anos. As dificuldades de implantação da indústria 4.0 no Brasil são inúmeras; grande burocracia enraizada na cultura fabril, dificuldade de financiamentos para a aquisição das tecnologias de alto custo necessárias para implantação, crise econômica e política do país, entre outras.
Para competir globalmente, a indústria brasileira precisa saltar etapas e por mais difícil e hostil que o cenário pareça isso é um terreno fértil para os brasileiros.
2.0 INDÚSTRIA 4.0
Hoje, o mundo enfrenta numerosos desafios - questões ambientais e estruturais; mudanças demográficas; e escassez de recursos – que estão afetando o mundo. Ao mesmo tempo, a concorrência está aumentando, continuamente forçando as empresas a se tornarem cada vez mais eficaz. Indústria 4.0 chega para desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de soluções para esses desafios.
O termo indústria 4.0 foi introduzido publicamente na Alemanha, em 2011, onde falou-se sobre a inteligência que ajudará na interação dos mundos real e virtual; na automação da planta de produção tornando-a independente; e na captura e incorporação, em toda a cadeira de valor, de todas as informações geradas que serão úteis nas tomadas de decisões.
Nessa nova revolução os processos produtivos serão conectados com base nas novas tecnologias como: Big Data Analytics, Computação na Nuvem, Manufatura Aditiva, Internet das Coisas, Cyber Segurança, Simulação, Robôs Autônomos, Sistema Integrado (Figura 1). Isso permitirá uma fabricação mais flexíveis que irá acarretar ganhos significativos como: aumento na eficiência da produção através do controle das operações da planta e processos de distribuição; aumento significativo da eficiência na energia, consumo e uso de materiais; desperdício mínimo através do monitoramento da cadeia de suprimentos em tempo real; taxas de erro reduzidas e manutenção custos devido à monitorização contínua de desempenho de ativos; altamente personalizável, sob demanda fabricação; máxima eficiência logísticas; comunicação aprimorada com a base do consumidor; redução das emissões atmosféricas.
Figura 2 – Tecnologias da indústria 4.0[pic 2]
Fonte: http://www.mainiway.com/en/Industrial_Highlights/Industry_4_0/2016/0408/45.html
2.1 BIG DATA
Na indústria 4.0 o mundo real e virtual serão fortemente interligados e informações relevantes serão constantemente trocadas. Essas informações surgirão através da análise de dados, armazenados em sistemas seguros, e serão potentes instrumentos de negócios.
Big Data são análises avançadas de dados coletados de uma base na nuvem e utilizada para melhorar as atividades de manutenção e produção por meio do processamento em tempo real. A aplicação dessa tecnologia permitirá colher todo o potencial da imensa quantidade de dados que a indústria 4.0 fornecerá. Os benefícios do uso dessa tecnologia são: economia de custos através da manutenção, alteração rápida do processo de produção e da erradicação do estoque devido a uma previsão de demanda mais precisa analisada através da produção; e uma estratégia empresarial mais flexível e bem informada.
Assim, todo essa estratégia analítica utilizada permitirá a cada fabricante perceber cada vez melhor os seus consumidores e consequentemente podem definir melhores preços venda e formas mais inteligentes de prestar serviços.
2.2 COMPUTAÇÃO NA NUVEM – CLOUD COMPUTING
O aumento do volume de dados dificultou o suporte e o gerenciamento dos sistemas de informação existentes. Como solução para o problema surgiu o conceito de computação em nuvem.
Cloud Computing pode ser descrita como uma inovação na arquitetura de computação com a finalidade de virtualizar os recursos e serviços de computação e permitir que esses sejam entregues on-line, de forma rápida, econômica, compartilhado e com amplo acesso à rede. A computação em nuvem é um modelo de tecnologia sob demanda, ou seja, paga-se apenas os serviços consumidos. Consegue-se, assim, uma gestão de dados mais flexível e ágil.
2.3 INTERNET DAS COISAS – INTERNET OF THINGS
A internet permitiu que pessoas e organizações começassem a interagir entre si por todo o mundo. Já a Internet das coisas (IoT) tem como ideia a presença, no meio ambiente, de uma variedade de coisas, que através de conexões com a internet e endereços únicos, interagem e uns com os outros e cooperar com outras coisas. Ou seja, referem-se amplamente à extensão de conectividade de rede e capacidade de computação para objetos, dispositivos, sensores e itens não normalmente considerados computadores. Esses "objetos inteligentes" requerem uma intervenção humana mínima para gerar, trocar e consumir dados; eles geralmente apresentam conectividade
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