O Ensaio de Fluência
Por: Hugo.bassi • 2/7/2018 • 1.526 Palavras (7 Páginas) • 345 Visualizações
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pela dificuldade na deformação
A duração do ensaio é muito variável:
• Em geral, o tempo é superior a 1.000 horas.
• O normal é o tempo de ensaio ter a mesma duração esperada para a vida útil do produto.
• Extrapolação: o ensaio é realizado durante um tempo mais curto.
Na região de encruamento a velocidade de fluência é rápida e ocorre nas primeiras horas. A velocidade de deformação é decrescente, aumentando a resistência ao encruamento.
Região de taxa de deformação constante: A taxa de fluência é constante (linear). Estágio de duração mais longa. Equilíbrio entre os processos de encruamento e recuperação.
Região de ruptura: Aceleração da taxa de fluência, estricção seguido de ruptura.
Ensaio de ruptura por fluência
É semelhante ao anterior, porém neste caso os corpos de prova são sempre levados até a ruptura.
Os resultados obtidos no ensaio são:
• Tempo para a ruptura do corpo de prova.
• Medida da deformação.]
• Medida da estricção (em certos casos).
• Tempo de duração aproximadamente 1000 horas.
Ensaio de relaxação
Fornece informações sobre a redução da tensão aplicada ao corpo de prova quando a deformação em função do tempo é constante a determinada temperatura.
A duração do ensaio é muito variável:
• 1000 a 2000 horas.
• Os resultados não têm relação direta com aplicações práticas e são extrapolados empiricamente para situações reais.
III - Efeitos de Tensão e Temperatura
Tanto a temperatura quanto o nível de tensões aplicado afetam as características em fluência. Em temperaturas inferiores à 0,4 Th e após o estágio primário, a deformação é independente do tempo.
Com o aumento da tensão ou da temperatura observa-se:
i) Aumento da deformação instantânea;
ii) Aumento da velocidade de deformação em regime estacionário (έs = Δε/Δt);
iii) Redução do tempo total para a ruptura.
A forma mais comum de se apresentar os resultados é na forma do log da tensão X log do tempo de ruptura. Cabe citar que algumas ligas não apresentam linearidade.
Relações empíricas para a fluência em regime permanente:
έs= k1.σn
onde k1 e n são constantes do material.
Um gráfico logarítmico de έs X log σ produz uma reta cuja inclinação equivale a n.
Acrescentado a esta análise a influência da temperatura obtém-se a seguinte equação:
έs= K2σn.exp(-Qc/RT)
Onde Qc é a energia de ativação para a fluência.
Vários mecanismos teóricos foram propostos para explicar o comportamento em fluência de diversos materiais empregados, estes mecanismos incluem:
- difusão de lacunas induzidas por tensão;
- difusão em contornos de grão (crescimento de grão);
- movimentação de discordâncias;
- deslizamento de contornos de grão.
Cada um destes fatores leva a diferentes valores de n.
No caso de sistemas bem estudados, os dados de fluência são apresentados na forma de gráficos Tensão X Temperatura denominados de “Mapas de Mecanismo de Deformação”. Estes mapas indicam os regimes Tensão - Temperatura (áreas) sobre as quais vários mecanismos podem atuar, sendo incluídos também os contornos de velocidade de deformação constante. Desse modo, em algumas situações de fluência, dado o mapa adequado e quaisquer dois dos três parâmetros - temperatura, nível de tensões e velocidade de deformação por fluência - o terceiro parâmetro pode ser determinado.
IV - Métodos de Extrapolação de Dados (determinação de tempo de ruptura)
A necessidade de extrapolação surge em função das limitações de coleta de dados em escala de laboratório. Isto é particularmente verdade quando se trata de exposições prolongadas (da ordem de anos).
Uma solução é a utilização de temperaturas superiores àquelas requeridas em projeto em períodos de tempo mais curtos em níveis de tensão comparáveis ao que se pretende utilizar. Uma técnica comum de extrapolação é a utilização do parâmetro Larson-Miller definido como:
T(C + log tr)
C- Constante (normalmente = 20 para ligas ferrosas)
T - temperatura absoluta
tr - tempo para ruptura em horas
O tempo de ruptura para um dado material, medido em um nível de tensões específico, varia com a temperatura de tal modo que, este parâmetro permanece constante. Ou, os dados podem ser colocados em gráfico como o log da tensão X parâmetro Larson-Miller.
V- Parâmetros do Material a Serem Considerados
A vida em fluência de uma liga depende de alguns fatores metalúrgicos como:
Tamanho de Grão - Quanto menor o tamanho de grão do material menor poderá ser a vida em fluência do componente. Isto porque a tendência natural de um material policristalino, submetido a temperaturas elevadas é apresentar crescimento de grão, pela eliminação dos grãos
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