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AVALIAÇÃO ERGONOMICA DO POSTO DE TRABALHO DE UM MOTORISTA

Por:   •  15/9/2017  •  2.700 Palavras (11 Páginas)  •  445 Visualizações

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Motorista de Ônibus e seus problemas

O posto de trabalho de um motorista de ônibus não é mais viso como um simples trabalho apenas em busca de um salário mensal. Este ambiente de trabalho, começou a ser estudado em base de temas como Segurança no Trabalho e Ergonomia. As condições que estão proporcionados seus equipamentos (ar condicionado, cadeira, direção entre outros ) , devem apresentar a conservação adequada para assegurar um trabalho saudável.

A atividade do motorista de ônibus é baseada em um excessivo trabalho físico e mental e que a qualidade ou deficiência do meio ambiente que ele interage é fundamental para a sua ação, segundo (KOMPIER, 1996).

Carga de trabalho

Entende-se por carga de trabalho o produto da relação entre as exigências do trabalho e a capacidade de desempenho e de enfrentamento do trabalhador. Sob condições aversivas, essas exigências tendem a gerar sobrecargas sobre os sistemas físico e psicológico. Essas sobrecargas podem manifestar-se, por exemplo, como dores ou tendinites (aspecto físico) ou como desatenção ou irritabilidade (aspecto psicológico). Segundo Frankenhaeuser (2001), é preciso ainda distinguir a carga de trabalho quantitativa da qualitativa. A primeira está relacionada à quantidade excessiva de trabalho que deve ser executado em um tempo determinado, e a segunda a tarefas repetitivas que precisam de variedade e dificuldade.

Ruído

Segundo um estudo realizado pela Comissão de Saúde Pública da Espanha (2000), o ruído é um som inarticulado e confuso, mais ou menos forte. Para Suter (2001), o ruído é um dos fatores de risco laborais mais comuns, sendo os níveis de ruído perigosos à saúde facilmente identificáveis. Sendo assim, na maioria dos casos é tecnicamente viável controlar o excesso de ruído aplicando a tecnologia existente. Contudo, nota-se a ausência de programas preventivos, o que, para o autor, deve-se ao fato de que o ruído é normalmente aceito como um "mal necessário" e, embora seja capaz de provocar danos à saúde não é, literalmente, visível, não traz ferimento e, quando o trabalhador é capaz de suportar as primeiras semanas de trabalho exposto ao ruído, tem a sensação de haver-se "acostumado".

Segundo Ferreira e Pinto (1998), a cronicidade dos efeitos do ruído (são necessários vários anos para induzir a surdez) e a dificuldade de estabelecer correlações diretas com outras doenças (hipertensão, estresse, aumento do número de acidentes) fazem do ruído um agente reconhecível, mas com repercussões "pouco visíveis". Para Cavalcanti (1996), a localização do motor expõe os motoristas a risco potencial de surdez ocupacional, pois o ruído do motor em decibéis é superior ao limite para tal risco. Estudo realizado por Cordeiro, Lima-Filho e Nascimento (1994) com motoristas e cobradores de ônibus urbano, usuários de um sistema de saúde ocupacional da cidade de Campinas, detectou a associação da perda auditiva induzida pelo ruído com o tempo acumulado de trabalho. Houve ainda associação com o fator idade.

Temperatura

A temperatura é outro aspecto que pode interferir na atividade dos motoristas, podendo alterar seu estado emocional. Segundo o DETRAN, o motorista de ônibus deve estar a 27ºC para encontrar-se em uma situação de bem-estar; mas, no verão, a temperatura dentro de um veículo lotado chega a 50ºC. Essa alta temperatura pode causar desconforto (deixando o motorista inquieto), alteração de humor (irritabilidade e agressividade) e interferir no desempenho do motorista ao executar sua tarefa de dirigir (desatenção e sonolência). Nielsen (2001) destaca fatores como a velocidade e a umidade do ar como determinantes no trabalho em ambientes quentes. Em ambientes fechados, a qualidade da ventilação e sua eficácia também determinam o nível de estresse provocado pelo calor.

Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG

O índice IBUTG ( índice de bulbo úmido termômetro globo ) foi desenvolvido pelo exército dos Estados Unidos na década de 50 com o objetivo de monitorar os campos de treinamento de tropas, e devido a sua grande valia no controle de atividades com pessoas expostas ao calor, foi difundido rapidamente no mundo, especialmente nas áreas de segurança do trabalho, higiene ocupacional e esportes de alta performance. Várias normas e leis foram criadas em todo o mundo baseadas no trabalho original dos militares, delimitando condições e limites para o trabalho ou práticas de esportes com exposição ao calor.

É um instrumento destinado a medir exposição ocupacional ao calor que implique sobrecarga térmica ao trabalhador com consequente risco potencial à saúde o qual um funcionário ficou exposto durante uma jornada de trabalho e popularmente aqui no Brasil também é conhecido como “medidor de IBUTG” devida associação de uma de suas grandezas medidas apresentar a mesma medida que leva seu nome.

Sua aplicação em nosso país esta fundamentada em atender aos requisitos exigidos pela NR-15 e NHO-06 (Norma de Higiene Ocupacional – Fundacentro) que determinam os respectivos limites de exposição máxima.

Decibelímetro

O Medidor de Nível de Pressão Sonora (MNPS), também chamado de decibelímetro, é um equipamento utilizado para realizar a medição dos níveis de pressão sonora instantânea e consequentemente intensidade de sons, já que o nível de pressão sonora é uma grandeza que representa razoavelmente bem a sensação auditiva de volume sonoro. Esse equipamento é normalmente calibrado para ler o nível de som em decibéis.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi realizado no centro oeste mineiro em uma instituição de ensino, na qual dois motoristas são responsáveis pela condução de professores e alunos em viagens caracterizadas como, visitas técnicas, participação de congressos, dias de campo, etc.

Acompanharam-se esses motoristas em uma viagem com duração de aproximadamente 9 horas, sendo que cada motorista é responsável pela condução do ônibus em metade desse trajeto de pouco mais de 630 km. O ônibus é um VOLVO modelo B7R ano 2011.

Para realização desta análise foram utilizados vários métodos distintos a fim de abranger e verificar diversos fatores que afetassem o bom rendimento dos motoristas com o intuito de apontar fatores prejudiciais à saúde dos mesmos. Os métodos abordados para a verificação das condições

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