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Relatório de Estagio - Mecânica de Solos

Por:   •  25/12/2018  •  2.713 Palavras (11 Páginas)  •  510 Visualizações

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- CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA E REGIME DE FLUXO D’AGUA

Na bibliografia geotécnica encontra-se certa divergência a respeito da terminologia referente ao coeficiente de condutividade hidráulica. Conforme Daniel (1994), este coeficiente encontra-se denominado por determinados autores como permeabilidade, e por outros, como coeficiente de condutividade hidráulica.

Segundo Lambe e Whitman (1979), as propriedades físicas dos solos que mais influenciam a condutividade hidráulica são: a) tamanho de partículas, b) índice de vazios, c) composição mineralógica, d) estrutura e e) grau de saturação. Estes fatores não devem ser considerados isoladamente, uma vez que são estreitamente ligados.

A influencia de composição mineralógica na condutividade hidráulica é maior em argilas. Mitchell (1993) mostra que, para o caso de solos argilosos, na mesma umidade, pose se escrever caolimita, ilita, esmectitia. Esta influencia é consistente com as diferenças nas superfícies deste minerais. Isto demonstra a importância de complementar ensaio geotécnicos de laboratório com ensaios espaciais para a identificação de argilominerais, como a difração de raios x, a microscopia ótica e a microscopia eletrônica.

Pode se diferenciar a estrutura do solo em macro-estrutura e micro-estrutura. A macro-estrutura é o resultado do processo de formação do solo, gerando a presença de feições como grumos e macro-poros, e a micro-estrutura é o resultado do arranjo das partículas. Para Cedergren (1989), muitas variações na condutividade hidráulica ocorrem dependendo da forma como os depósitos de solos são formados, portanto o entendimento dos processos de formação dos solos é importante para avaliar suas propriedades.

Conforme Turner (1996), os rastejos em colúvios ocorrem ao progressivo cisalhamento de minerais e a criação de numerosas superfícies de cisalhamento microscópicas segundo o autor, essas superfícies reduzem fortemente a resistência ao cisalhamento esperada de materiais coluvionares.

Conforme Viera et al (1990) quando se faz referencia a influencia da água em estabilidade de encostas, o autor cita que muitos estudos mosntram que a deflagração de deslizamentos dependerá do comportamento hidráulico dos materiais durante os eventos pluviométricos. Dentre as diversas formas de ruptura, a mais amplamente discutida é a provocada pelo rápido aumento da poro-pressão durante intensos eventos pluviométricos. Neste caso é causado pelo fluxo d’agua que se desenvolve aproximadamente paralelo à encosta, devido à ocorrência de um horizonte menos permeável sob uma camada passível de instabilização. Tal mecanismo pode ser condicionado por diferentes fatores, como a presença de descontinuidades hidráulicas nos mantos e alteração, que podem ser identificadas através da medição do coeficiente de condutividade hidráulica do solo em diferentes profundidades.

- CORRIDAS DE DETRITOS

As corridas de detritos estão intimamente associadas aos escorregamentos translacionais, mas não são os mesmos fenômenos. De acordo com Pinheiro (2000), os escorregamentos translacionais ocorrem rotineiramente nas encostas, em regimes normais de chuvas, pois são processos comuns e bastantes importantes na evolução das encostas.

Como na maioria dos processos de movimentos de massa, também nas corridas de detritos atuam, concomitantemente, mais de um fator condicionante. Segundo Takahashi (1997), as corridas de detritos caracterizam-se por apresentar uma dinâmica regida pela mecânica dos solos e pela mecânica dos fluídos. De acordo com Gramani (2001), o principal cuidado na definição das ocorrências de corridas de detritos é excluí-las das categorias de escorregamentos ou movimentos em bloco (domínio geotécnico) e de transporte de sedimentos por arraste e/ou em suspensão (domínio hidráulico).

Gramani (2001) afirma em seu trabalho que vários autores apresentam definições de corridas de detritos, as quais são repetitivas e sobrepõem-se entre si. É importante salientar que, embora existam muitas definições correlacionadas, os autores de todo o mundo estudam esse tipo de movimento de massa nas mais variadas condições ambientais. Assim as definições que se encontram na bibliografia mostram a tendência de um exame das corridas de detritos do ponto de vista hidráulico, geotécnico e/ou geológico.

Gramani (2001) e Znamensky (2001) definem corridas de detritos sob o ponto de vista geotécnico da seguinte forma: são movimentos de sólidos e fluídos, com uma alta concentração de sólidos de todos os tamanhos e uma grande mobilidade, conjugada com comportamento característico de líquido, atuando sob a ação da gravidade.

Bressani et al (1995) descrevem as corridas de detritos como um tipo de instabilização espacialmente contínua, onde as superfícies de cisalhamento são pouco espaçadas e não são preservadas, lembrando o movimento de um fluído viscoso durante o fluxo.

- ATIVIDADES

- Unidade Concedente

O estagio obrigatório foi realizado na empresa NG1 Engenharia e Consultoria LTDA ME. Cujo CNPJ 13.386.612/0001-06, Inscrição Estadual 110552, situada na Rua Dois Mil e Quatrocentos, numero 06, Jardim Imperial, Cuiabá-MT, CEP 78075-640, fone (65) 3359-0849.

Empresa na qual atua a 5 anos no ramo de estudos de Geotecnia e Consultoria em obras e também em estudos Geológicos em Cuiabá e região.

- Atividades Desenvolvidas

Trabalhei no setor de LABORATORIO de SOLOS onde tinha a função de executar, calcular e planilhar os ensaios executados no laboratório de mecânica de solos da empresa. Onde neste laboratório aprendi a executar ensaios geotécnicos de Determinação da Composição Granulométrica (NBR 7217), Determinação do Limite de Liquidez (NBR 6959), Determinação do Limite de Plasticidade (NBR 7180), Ensaio de Compactação Proctor (NBR 7182), Determinação de Coeficiente de Permeabilidade (NBR 14545), Índice de Suporte Califórnia (NBR 9895), Densidade In situ (NBR 7185).

2.2.1 Determinação da Composição Granulométrica – NBR 7217

Esta norma prescreve o método para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos. Metodologia bastante usada para classificação de agregados, sendo assim possível calcular o módulo de finura dos grãos, diâmetro máximo, e também suas proporções em porcentagens passadas em cada malha (peneira). Segue abaixo,

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