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O CULTIVO, OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS

Por:   •  13/12/2018  •  3.555 Palavras (15 Páginas)  •  309 Visualizações

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2, após observação e pesquisas, o grupo identificou o protozoário como Paramecium caudatum, do filo Ciliophora; o mesmo era coberto por organelas denominadas cílios, utilizado na locomoção e alimentação do protozoário. O fato da espécie ser muito comum em ambientes de água doce, reforça tal identificação.

A quarta lâmina foi preparada com algodão, e obtinha amostra do Posto Ipiranga – de comércio e combustível. Durante a análise microscópica foi possível observar o protozoário representado na figura 3, identificado pelos discentes do grupo como Paramecium bursaria, do filo Ciliophora, uma espécie de ciliado que tem uma relação endosimbiótica mutualista com alga verde chamada Zoochlorella. Possui corpo translúcido e achatado/oval.

A quinta lâmina observada foi preparada com amostra do cultivo realizado em laboratório. Durante a análise microscópica não foi possível observar nenhum protozoário.

A sexta lâmina observada também foi preparada com algodão, obtinha amostra do cultivo realizado em laboratório. Durante a análise microscópica foi possível observar o microrganismo representado na figura 1. Após pesquisas para identificação do microrganismo, os discentes identificaram como Rotylenchulus reniformis, um nematoide encontrado, principalmente, em plantações de alface.

Os nematóides que vivem no solo e nas águas, ditos de vida livre (comedores de algas, fungos, bactérias), bem como os que se especializaram em parasitar as plantas, ocorrendo principalmente associados às raízes destas. Não há estruturas flageladas nem ciliadas nesses animais. Eles se locomovem por meio de pseudópodos, com movimentos ameboides (expansões citoplasmáticas). Porém, os nematoides pertencem ao reino Animalia, filo Nematoda, um filo de animais cilíndricos e alongados.

3.1 Reino Protoctista

O reino protoctista inclui protozoários, seres eucarióticos, unicelulares e heterotróficos, e as algas, seres eucarióticos, unicelulares ou multicelulares, e autotróficos fotossintetizantes. Atualmente, os mixomicetos, anteriormente classificados como fungos, são incluídos no reino protoctista.

3.2 Reino Protoctista: Os protozoários

3.2.1 Características gerais dos protozoários

O termo protozoário (do grego protos, primitivo, primeiro e zoon, animal) é empregado pelos biólogos para designar um grupo de organismos unicelulares heterotróficos, cujo comprimento pode variar entre 2 µm e 1.000 µm. A estrutura da célula desses organismos varia nos diferentes grupos. Em alguns protozoários, como em certas amebas, a membrana celular é flexível, de modo que consegue mudar de forma, alongando-se ou contraindo-se. Outros protozoários, como o paramécio, tem uma película envoltória bem consistente, que define a forma típica do organismo.

A maioria dos protozoários é aquática, vivendo em água doce, água salgada, regiões lodosas e terra úmida. Algumas espécies são parasitas, habitando o interior do corpo de animais invertebrados e vertebrados, em muitos casos provocando doenças. Há também protozoários que mantem relações de troca de benefícios com outros seres vivos.

Os protozoários são heterotróficos, utilizando como alimento tanto matéria orgânica de cadáveres quanto microrganismos vivos, tais como bactérias, algas e outros protozoários. Muitas amebas, graças à sua grande flexibilidade, “abraçam” o alimento com prolongamentos celulares chamados pseudópodes, ingerindo-o por fagocitose. Na maioria dos protozoários flagelados e ciliados há uma região celular especializada para a entrada de alimento, que funciona como uma espécie de boca, sendo por isso denominada citóstoma (do grego kitos, célula, e stoma, boca).

O alimento capturado pelo protozoário fica envolto em uma bolsa membranosa, o fagossomo, que ao receber enzimas provenientes dos lisossomos transforma-se e vacúolo digestório. No interior desse vacúolo ocorre a digestão intracelular, processo em que as moléculas dos alimentos são quebradas em moléculas menores, que passam para o citoplasma, onde são utilizadas no metabolismo celular. Terminada a digestão, o vacúolo repleto de resíduos não aproveitados (vacúolo residual) funde-se à membrana plasmática e elimina seu conteúdo levando-o para fora da célula. Esse processo, denominado clasmocitose, ou defecação celular, pode ocorrer em qualquer local da célula, como a ameba, ou em uma região definida, como no paramécio. Nesse último caso, a região celular por onde ocorre a defecação celular é chamada de citoprocto (do grego proctos, ânus), pode ser equivalente a um ânus celular.

No sistema de classificação, os protozoários estão distribuídos em seis filos do Reino Protoctista.

3.3 Principais grupos de protozoários

3.3.1 Filo Rhizopoda (amebas)

Também chamado de Sarcodina, compreende os protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas denominadas pseudópodes (do grego pseudos, falso, e podos, pé), também utilizados para capturar alimento. O termo “rizópode” (do grego rhiza, raiz) refere-se ao aspecto muitas vezes ramificado dos pseudópodes de certas amebas. O termo “sacordina” (do grego sarkos, carne), por sua vez, refere-se ao aspecto “carnoso” e consistente das amebas, os principais representantes do grupo.

Há espécie de rizópodes que vive livremente em agua doce ou no mar, sobre fundos e a vegetação submersa. Algumas amebas formam carapaças ou testas, sendo genericamente chamadas de tecamebas.

Algumas amebas podem viver no corpo humano sem causar prejuízo, em uma relação que os biólogos chamam de comensalismo.

Exemplos de amebas comensais humanas são Entamoeba gengivalis, que vive na boca, e Entamoeba coli, que vive no intestino. Por outro lado, a Entamoeba histolytica é parasita e, ao instalar-se o intestino humano, provoca a doença conhecida como amebíase ou disenteria amebiana.

3.3.2 Filo Actinopoda (radiolários e heliozoários)

Reúne os radiolários e os heliozoários (respectivamente, do grego radio, raio, e helios, sol), assim chamados por apresentarem pseudópodes afiliados, os axópodes, sustentados por um eixo central e que se projetam como raios em torno da célula. Os radiolários vivem exclusivamente no mar, constituindo-se um importante componente do plâncton. A maioria dos heliozoários, porém, vivem em água doce. A abundância de radiolários, tanto hoje como no passado, é evidenciada

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