Fentran II
Por: Ednelso245 • 14/12/2017 • 2.494 Palavras (10 Páginas) • 294 Visualizações
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A usina está prevista para entrar em funcionamento em dezembro de 2014, e inauguração total da mesma em fevereiro de 2015.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma metodologia para a realização da escolha de vazões ambientais, socioeconômicos levando em conta especialmente historia da região da bacia, informações de impacto ambiental e grandeza da obra.
1.2.2 Objetivo específico
- Demonstrar efeitos e consequências da construção do projeto da usina na região;
- Mostrar vantagens e desvantagens com o aproveitamento da Central Hidrelétrico;
- Analisar as possíveis alternativas apontadas por estudos para substituir a construção.
2 Construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte
2.1 Descrição do projeto
O projeto de construção da Central Hidroelétrica de Belo Monte foi feito em 1970, durante o Regime Militar. Desde então, vem sendo alvo de grupos ambientalistas e defensores dos povos indígenas e da população ribeirinha da região do Xingu, local escolhido para erguimento da hidrelétrica.
Foi projetado para instalação na área denominada de Volta Grande do rio Xingu, afluente pela margem direita do rio Amazonas, no estado do Pará situado na região Norte do Brasil, entre os paralelos 3º00’ e 3º40’S e os meridianos 51º30’ e 52º30’W. Com a ocupação do conjunto da barragem, reservatório, tomada d’água e casa de força, a obra ocupará terras dos municípios de Vitória do Xingu, Altamira e Brasil Novo.
O eixo principal (Barragem) situa – se no rio Xingu, cerca de 40 km á jusante da cidade de Altamira (Figura 01), seguindo o curso pelo rio. O Canal de fuga da Casa de Força Principal localiza – se a cerca de 9 km á jusante da vila Belo Monte. Que pertence ao município de vitória do Xingu.
[pic 1]Figura 01. Localização e evolução do projeto do UHE Belo Monte. Adaptado de leme. 2009b.
A extensão do trecho de vazões reduzidas (TVR). para geração de energia na casa de força principal, tem aproximadamente 130km (Leme, 2009c, pg 228). Via medição ao longo do canal preferencial de escoamento no período de estiagem, ou 100 km via medição pela linha média da seção transversal.
Esta divisão do trecho de vazões reduzidas no EIA fica assim caracterizada (figura 02):
- Trecho 1: compreende o setor São Pedro, logo á jusante pela margem esquerda do rio; o setor Paquiçamba, também mais á jusante pela margem esquerda,e; o setor Ilha da fazenda Ressaca:
- Trecho 2: compreende todo o setor á jusante do rio Bacajá até o trecho de restituição das vazões.
[pic 2]Figura 02. Perfil longitudinal do rio Xingu na área direta de influência do AHE Belo Monte. Fonte: Leme 2009a.
Devido a significativos desvios estratégicos e expressivas manifestações contra a construção da usina durante o processo histórico de licenciamento ambiental de Belo Monte, este foi interrompido diversas vezes e apenas reiniciado em 2009, após modificações no projeto original.
No âmbito do desenvolvimento das Exposições Itinerantes, realizou-se o planejamento e a elaboração da Cartilha Informativa “Conhecendo a UHE Belo Monte” que contemplou principalmente a ampliação do processo de disseminação de informações sobre o empreendimento, das alterações que serão ocasionadas na região e as respectivas ações socioambientais previstas para os meios Físico, Biótico e Socioeconômico.
A Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, foi orçada em R$ 16 bilhões, leiloada por R$ 19 bilhões e financiada por R$ 28 bilhões. Quase dois anos depois do início das obras, o valor não para de subir. Já supera R$ 30 bilhões e pode aumentar ainda mais com as dificuldades para levar a construção adiante.
As interrupções dos trabalhos causados por invasões indígenas e greves são os principais fatores de atraso e de preocupação da concessionária. Estima-se que a obra esteja uma não atrasada e que o prejuízo causado por essas interrupções está próximo de R$ 4 bilhões. Ainda sim, estudos mostram que usando um plano de aceleramento da obra, as primeiras operações da usina, que devem começar em dezembro de 2014, não precisarão alterar suas datas. Porém apenas 30% das obras civis estão concluídas atualmente.
2.2 Prós
O governo defende a construção dizendo que a energia produzida a partir de Belo Monte será fundamental para suprir a demanda do nosso atual desenvolvimento. Além disso, trata-se de uma fonte de energia renovável que não libera poluentes tóxicos ao ambiente e a tecnologia usada na construção de hidrelétrica são majoritariamente nacionais.
Segundo resultados de estudos de viabilidade concluídos pela ELETROBRÁS e ELETRONORTE em 2002, a capacidade instalada do empreendimento corresponderá a 11.233 MW, com uma estimativa de energia firme equivalente a 4.179 MW médios anuais na Casa de Força Principal e 77 MW médios na Casa de Força Complementar, energia suficiente para abastecer 26 milhões de casas, área equivalente a região Metropolitana de São Paulo.
As principais conclusões desses estudos quanto às vantagens do empreendimento correspondem a duas consequências favoráveis ao país.
A primeira é a alta competitividade econômica do AHE Belo Monte no contexto do mercado de energia nacional do sistema interligado, devido ao baixo custo de geração, incluindo o sistema de transmissão, que vão tornar o Sistema Energético Brasileiro muito mais eficiente segundo profissionais de Engenharia Elétrica.
Já a última corresponde à defasagem temporal entre os regimes hidrológicos da bacia do rio Xingu e rios de outras regiões do país, permitindo o armazenamento de água nos reservatórios das usinas das regiões Sul e Sudeste no período em que grandes blocos de energia estarão sendo gerados pelo empreendimento em questão.
Em relação à região, os habitantes terão uma fonte de energia mais barata e ecológica e um investimento de enorme proporção na região, valorizando muito a região, como ocorreu na construção da UHE Tucuruí, que até então é a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira,
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