A INTERFERÊNCIA E COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA
Por: Hugo.bassi • 26/12/2018 • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 455 Visualizações
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Ainda de acordo com da Silva; Cardoso e Brito (2011, p.3)
A Compatibilidade Eletromagnética pode ser definida como a capacidade de um dispositivo ou sistema para funcionar satisfatoriamente no seu ambiente eletromagnético sem introduzir, nele próprio, perturbações eletromagnéticas intoleráveis naquele ambiente. É, essencialmente, a ausência de EMI. A EMC quer dizer que um equipamento é compatível com seu ambiente eletromagnético. Esses dois termos EMI/EMC estão intimamente ligados e um equipamento é dito compatível eletromagneticamente quando: Não causa interferência em outros equipamentos; é imune às emissões de outros equipamentos; não causa interferência em si próprio.
Um grande problema que existe nesse ramo é que a ausência de uma política de prevenção específica, do ponto de vista da compatibilidade eletromagnética, com o sistema de energia elétrica pode ser a origem de diversos problemas de interferência nos equipamentos da rede, principalmente quando os equipamentos são mais velhos ou a linha de distribuição é muito velha, com poucos sistemas de proteção, como por exemplo para raios e filtros. (DA SILVA; CARDOSO E BRITO, 2011)
Assim, se um equipamento ou dispositivo elétrico é capaz de operar em seu ambiente eletromagnética sem provocar distúrbios e sem ser afetado. (ANATEL,2006)
Lima (2013, p. 4) afirma que:
Espera-se que todos os equipamentos elétricos e eletrônicos não causem interferência nem em outros equipamentos, o que seria capaz de influenciar no funcionamento correto destes, nem em si próprios. Deseja-se, também, que os mesmos não sejam susceptíveis, ou seja, sensíveis, às emissões controladas de outros equipamentos.
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Durabilidade dos Equipamentos
O correto é utilizar em projetos de placas de circuito impresso e projetos de circuitos eletrônicos os rigores de EMC, utilizando dispositivos de proteção. Um roteamento adequado permite que se minimize muito o problema de radiação ou captação de ruídos eletromagnéticos externos. (LIMA, 2013)
Afirma LIMA(2013, p. 5) “O uso de dispositivos de proteção permitem uma maior durabilidade do equipamento, além de garantir que o mesmo não “polua” o ambiente eletromagnético”.
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Relação Custo Benefício
É comprovado que sistemas que não levam em consideração os rigores exigidos e que podem ser causados pela Compatibilidade Eletromagnética, se tornarem muito caros a longo prazo, pois apresentam mais defeitos, têm maior custo de assistência técnica e garantia, além do suporte técnico especializado exigido para tais equipamentos ser mais caro. Eventualmente, pode-se até prejudicar a instalação, tornando-a difícil. (LIMA, 2013)-
Pode-se notar na figura 1, que a longo prazo, o equipamento projetado levando em conta os cuidados da Compatibilidade eletromagnética, ganha ao decorrer de sua vida útil, em tempo de vida, custo manutenção e não danifica outros aparelhos.
Figura 2 - Relação custo benefício. Fonte: Lima, 2013[pic 2]Fonte: Lima, 2013
Em mecanismos primários pelos quais a interferência eletromagnética passa da fonte para o receptor, se caracteriza como irradiação e a condução. Sendo assim o receptor é afetado quando a intensidade da interferência eletromagnética estiver acima do limite tolerado ou especificado. A habilidade do receptor funcionar em um ambiente eletromagnético agressivo caracteriza a sua compatibilidade eletromagnética (EMC). (MAGALHÃES, 2008)
Moura (2011, p.23) explica que:
Pode-se dividir a colocação de um produto eletrônico no mercado em três etapas: projeto, testes e produção. Considerando que este produto precisa passar por testes para verificar seus níveis de geração de ruídos, podem ocorrer três situações distintas, sendo considerados os aspectos da competitividade eletromagnética, durante a fase de projeto do produto, visando prever e minimizar as emissões e a suscetibilidade a ruídos, percebe-se que o custo total do desenvolvimento do produto deverá ser menor porque há uma grande disponibilidade de técnicas para resolver problemas que possam ocorrer nesta etapa inicial.
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Problema
• Mensagens sem sentido (caracteres estranhos) na IHM;
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Solução
A blindagem é uma boa solução para a redução da EMI irradiada. Ela protege tanto o ambiente (impede que a EMI saia de um equipamento, por exemplo, da fonte chaveada) quanto o dispositivo sensível a ela.
Se a blindagem estiver bem aterrada, ela será ainda mais eficiente. Na verdade, quando se refere a “blindagem”, está nada mais é do que uma forma elegante de dizer gaiola de Faraday.
A interferência eletromagnética é uma onda de rádio, ou seja, uma forma de energia eletromagnética. Como tal, sua impedância é alta.
Para que haja a máxima transferência de energia entre a fonte e a carga, é necessário que ambos os dispositivos tenham a mesma impedância
Quando revestimos um cabo, componente, equipamento, circuito, ou máquina com uma “casca” metálica, seu exterior torna-se um curto-circuito (baixíssima impedância). Como a interferência eletromagnética é de alta impedância, ela é refletida e não absorvida.
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Conclusão
Após estudar e analisar os fenômenos eletromagnéticos que podem causar interferência em circuitos eletrônicos, conclui-se que, pode-se evitar ou reduzir as interferências eletromagnéticas, utilizando de técnicas e tecnologias especiais, sendo que cada situação exige uma abordagem específica.
Conclui-se também que equipamentos que possuem compatibilidade eletromagnética, ou seja, que não causam, e nem sofrem interferências de outros equipamentos, possuem um melhor custo benefício, em relação aos demais aparelhos, pois, tem maior tempo de vida útil e evitam gastos com manutenção, além de não danificar outros aparelhos.
- Referências
- ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações. Regulamento para certificação
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