Resenha: Capitulo2 - Perspectiva Estratégica da Qualidade
Por: Rodrigo.Claudino • 23/3/2018 • 3.074 Palavras (13 Páginas) • 344 Visualizações
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2.5 Ações de controle
As ações de controle consideram que os bons resultados dependem da forma como se acompanha o processo destinado a obtê-lo, ou seja, da forma como se trabalho. A qualidade só pode ser obtida se for exercido rigoroso controle sobre todas as atividades produtivas.
As ações de controle envolvem o destaque ao prejuízo causado pela má qualidade e a atenção para o dano, determinado por deficiências dos produtos ou do processo do atendimento. A abordagem debita estas falhas diretamente aos operários que a geraram, assim os responsáveis são punidos e acompanhados. E os funcionários exemplares são evidenciados.
As ações de controle são vistas como posturas institucionais, próprias das organizações, oriundas de suas diretrizes e normas. Paralelamente, surge um equivalente em termos de ações pessoais, que se personifica na figura do gerente centralizador e arrogante que controla tudo duramente. Porem muitas vezes essa postura é decorrente das exigências da alta administração da empresa.
2.7 Desenvolvimento de ferramentas de melhoria do processo produtivo
O desenvolvimento de inovações na área de produção e a adaptação de procedimentos criados, principalmente, no Japão, foram experiências marcantes no período de maior impacto na indústria nacional, caracterizado também pela elaboração da norma ISO 9000, vista como a nova forma de avaliar o processo produtivo.
As técnicas mais comuns e simples de produção da qualidade ficaram conhecidas como “ferramentas”. Envolvendo dispositivos, procedimentos gráficos, numéricos ou analíticos, formulações práticas, esquemas de funcionamento, mecanismos de operação, todos métodos estruturados para proporcionar a melhoria nos processos produtivos.
O modelo de estrutura das ferramentas que tem como objetivo o consumidor, é mais sofisticada do que os primeiros, e utiliza as matrizes e os modelos específicos de diagramas.
2.8 Gerenciamento operacional
Quando temos o problema de que as melhorias localizadas podem não contribuir beneficamente com a melhoria do processo como um todo, o gerenciamento operacional pode minimizar isto, viabilizando meios para que as melhorias sejam implementadas com o objetivo de otimizar todo o processo.
A primeira diferença dessa postura consiste em fazer uso se estratégias para melhorias e não de ferramentas, uma vez que estas são dispositivos simples, que tem ação localizada e geram resultados pontuais. As estratégias são processos racionais, bem definidos, que possui determinado objetivo.
O uso das estratégias no processo do gerenciamento operacional requer uma estrutura própria de suporte que envolve métodos, pessoas, recursos, etc. As estratégias operacionais da qualidade operam no ambiente in-line, que por sua vez enfatiza ações de melhorias voltadas para a eliminação de defeitos, a implementação de ações destinadas a gerar maiores níveis de produtividade, busca a otimização dos processos e o crescente atendimento as especificações dos consumidores.
As experiências praticas das empresas evidenciam que as estratégias operacionais visam à minimização dos custos ou a otimização das atividades. Eliminando perdas com procedimentos corretivos. Estas ações têm um horizonte de planejamento de curto prazo, detectando possíveis falhas e erros. A otimização do processo foca na geração de benefícios, como a melhoria nos métodos de trabalho. Ela investe em atividades de caráter preventivo, que trarão resultados a médio e longo prazos.
2.9. A GESTÃO TÁTICA DA QUALIDADE
Na sua forma mais prática, a gestão tática cuida das decisões que viabilizam o direcionamento estratégico da organização. Carl Von Clauswitz, em meados do século XIX, criou um exemplo didático: a gestão tática cuida do uso das forças armadas em uma batalha, e a gestão estratégica utiliza-se das batalhas com o objetivo de ganhar a guerra.
O processo de produção e as ações vinculadas a ele compõem a gestão operacional. As decisões voltadas ao lançamento de um novo produto são um exemplo da gestão estratégica. A gestão tática já é mais difícil de ser definida, porém dois fatos foram decisivos na transição do modelo operacional da qualidade para o tático: a generalização dos modelos de controle, substituindo mecanismos estatísticos por processos avaliadores baseados em indicadores, e o maior envolvimento de pessoas no esforço pela qualidade.
2.10. MÉTODOS QUANTITATIVOS E MODELOS ESTATÍSTICOS
A estatística como instrumento básico para avaliação da qualidade em nível de processos iniciou em meados do século XX, a partir do desenvolvimento dos chamados gráficos de controle, modelo criado por Walter A. Shewhart. Durante a 2ª Guerra Mundial, o Controle Estatístico da Qualidade teve grandes avanços devido à consolidação das inspeções por amostragem. Estes dois mecanismos – o Controle Estatístico de Processos e a Avaliação da Qualidade por Inspeção e Amostragem – sempre foram considerados os instrumentos mais importantes do Controle Estatístico da Qualidade.
2.10.1. Controle Estatístico de Processos
O controle de processos trata-se da atividades planejadas e desenvolvidas com a finalidade de conhecer o processo em estudo, sendo este, o objetivo básico do Controle Estatístico da Qualidade.
Os mecanismos do Controle Estatístico de Processos (CEP) utilizam de técnicas que analisam as alterações no processo produtivo, de modo a determinar sua natureza e a frequência com que ocorrem. A análise dessas alterações é feita por mensuração de variáveis fundamentais do processo ou do número de defeitos por peças ou grupo de peças, ou ainda, do número de peças defeituosas por amostra. O CEP introduziu o conceito de capabilidade, quando um processo está operando normalmente em estado de controle estatístico, e fornece as tolerâncias naturais do processo.
Os mecanismos mais conhecidos do CEP são:
- Os gráficos de controle por variáveis, dos quais o mais usado é o da média, para avaliar a tendência central do processo, e os gráficos da amplitude e do desvio, que avaliam a dispersão dos dados obtidos em torno desta média.
- Os gráficos de controle por atributos, dos quais os mais empregados são gráfico p (frações defeituosas), np (quantidades de peças defeituosas em amostras), u (quantidades de
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