Relatório Eletrodo Revestido
Por: Jose.Nascimento • 3/8/2018 • 6.002 Palavras (25 Páginas) • 614 Visualizações
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- EQUIPAMENTOS
Os equipamentos de um posto de soldagem manual com eletrodos revestidos compreendem, em geral, fonte de energia, cabos, porta-eletrodos, ferramentas (picadeira, escova de aço etc.) e materiais de segurança (máscara, óculos, avental etc.), como mostrado na Figura 2.
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Figura 2 - Equipamento para soldagem com eletrodos revestidos
a) Fonte de Energia
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada como corrente contínua com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço.
- Corrente contínua - Polaridade direta (CC -): a peça é ligada ao pólo positivo e o eletrodo ao negativo. O bombardeio de elétrons dá-se na peça, a qual será a parte mais quente.
- Corrente contínua - Polaridade inversa (CC +): eletrodo positivo e a peça negativa. O bombardeio de elétrons dá-se na alma do eletrodo, o qual será a parte mais quente.
b) Cabos de Soldagem
São usados para conectar o alicate de eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser flexíveis para permitir fácil manipulação, especialmente do alicate de eletrodo. Eles fazem parte do circuito de soldagem e consistem de vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível (normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito Joule (é o aquecimento de um condutor que é percorrido por uma corrente elétrica).
c) Porta Eletrodo, Alicate de Eletrodo
É simplesmente um alicate que permite ao soldador controlar e segurar o eletrodo.
d) Grampo (Conector de Terra)
É um dispositivo para conectar o cabo terra à peça a ser soldada.
e) Eletrodo
O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções importantes. Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O revestimento do eletrodo também tem funções importantes na soldagem.
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Figura 3 - Eletrodo revestido
O comprimento do arco na soldagem com eletrodos revestidos é controlado manualmente pelo soldador sofrendo, portanto, variações durante a execução do cordão de solda. Por esta razão, fontes de energia com características do tipo "corrente constante” são usadas.
A tensão em vazio, isto é, a tensão existente nos bornes de saída da máquina quando não há fornecimento de corrente, é da ordem de 50 a 100 volts. Valores mais elevados de tensão em vazio facilitam a abertura do arco ou a sua reignição, no caso de soldagem com corrente alternada, mas representam um risco maior para o soldador, em termos de choque elétrico. Após a abertura do arco, a tensão cai para o valor de trabalho, entre cerca de 17 e 36 Volts, e a corrente de soldagem se aproxima do valor selecionado.
O baixo fator de ocupação do soldador, característico da soldagem manual com eletrodos revestidos, deve ser considerado na compra de um equipamento de soldagem. Assim, se se espera trabalhar correntes inferiores a 300 A, por exemplo, é desnecessário adquirir uma fonte com um ciclo de trabalho de 100% para esta corrente, pois este equipamento estaria superdimensionado e teria um custo elevado.
O porta-eletrodos tem a função de prender o eletrodo e energiza-lo. Seu cabo deve der bem isolado para se minimizar o risco de choque elétrico para o soldador, enquanto suas garras devem estar sempre bem limpas e em boas condições, para evitar problemas de superaquecimento. Um porta-eletrodos é projetado para trabalhar com varetas dentro de uma determinada faixa de diâmetros, sendo especificado pela corrente máxima que conduzir. Como o peso do porta-eletrodos aumenta com o valor corrente máxima permissível, deve-se procurar trabalhar sempre com o menor porta-eletrodos compatível com uma dada aplicação, a fim de reduzir a fadiga do soldador.
Os cabos têm a função de conduzir a corrente elétrica da fonte ao porta-eletrodos (cabo de soldagem) e da peça à fonte (cabo de retorno ou cabo terra). Estes podem ser de cobre ou de alumínio, devem apresentar elevada flexibilidade, para facilitar o manuseio, e serem recobertos por uma camada de material isolante, resistente à abrasão e à sujeira. Três fatores devem ser considerados na escolha de cabos para uma dada aplicação:
- a corrente de solda;
- o ciclo de trabalho da máquina;
- o comprimento total dos cabos do circuito.
A utilização de cabos de bitolas inadequadas, isto é, cabos muito finos para uma dada aplicação, cabos danificados ou a utilização de conexões deficientes ou sujas, podem causar superaquecimento, perdas de energia elétrica, variações na qualidade da solda e até mesmo a ruptura de cabos e conexões.
- CONSUMÍVEIS
Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta metálica, chamada “alma”, com diâmetro entre 1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada de fluxo (revestimento). A composição do revestimento determina as características operacionais dos eletrodos e influencia a composição química e propriedades mecânicas da solda efetuada. Além das funções já citadas, o revestimento serve ainda para:
- Realizar ou possibilitar reações de refino metalúrgico (desoxidação, dessulfuração, etc.);
- Formar uma camada de escória protetora;
- Facilitar a remoção de escória e controlar suas propriedades físicas e químicas;
- Facilitar a soldagem nas diversas posições;
- Dissolver óxidos e contaminações na superfície da junta;
- Reduzir o nível de respingos e fumos;
- Diminuir a velocidade de resfriamento da solda;
- Possibilitar o uso de diferentes tipos de corrente e polaridade;
- Aumentar
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