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Relatório Eletrodo Revestido

Por:   •  3/8/2018  •  6.002 Palavras (25 Páginas)  •  531 Visualizações

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- EQUIPAMENTOS

Os equipamentos de um posto de soldagem manual com eletrodos revestidos compreendem, em geral, fonte de energia, cabos, porta-eletrodos, ferramentas (picadeira, escova de aço etc.) e materiais de segurança (máscara, óculos, avental etc.), como mostrado na Figura 2.

[pic 6]

Figura 2 - Equipamento para soldagem com eletrodos revestidos

a) Fonte de Energia

O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada como corrente contínua com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço.

- Corrente contínua - Polaridade direta (CC -): a peça é ligada ao pólo positivo e o eletrodo ao negativo. O bombardeio de elétrons dá-se na peça, a qual será a parte mais quente.

- Corrente contínua - Polaridade inversa (CC +): eletrodo positivo e a peça negativa. O bombardeio de elétrons dá-se na alma do eletrodo, o qual será a parte mais quente.

b) Cabos de Soldagem

São usados para conectar o alicate de eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser flexíveis para permitir fácil manipulação, especialmente do alicate de eletrodo. Eles fazem parte do circuito de soldagem e consistem de vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível (normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito Joule (é o aquecimento de um condutor que é percorrido por uma corrente elétrica).

c) Porta Eletrodo, Alicate de Eletrodo

É simplesmente um alicate que permite ao soldador controlar e segurar o eletrodo.

d) Grampo (Conector de Terra)

É um dispositivo para conectar o cabo terra à peça a ser soldada.

e) Eletrodo

O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções importantes. Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O revestimento do eletrodo também tem funções importantes na soldagem.

[pic 7]

Figura 3 - Eletrodo revestido

O comprimento do arco na soldagem com eletrodos revestidos é controlado manualmente pelo soldador sofrendo, portanto, variações durante a execução do cordão de solda. Por esta razão, fontes de energia com características do tipo "corrente constante” são usadas.

A tensão em vazio, isto é, a tensão existente nos bornes de saída da máquina quando não há fornecimento de corrente, é da ordem de 50 a 100 volts. Valores mais elevados de tensão em vazio facilitam a abertura do arco ou a sua reignição, no caso de soldagem com corrente alternada, mas representam um risco maior para o soldador, em termos de choque elétrico. Após a abertura do arco, a tensão cai para o valor de trabalho, entre cerca de 17 e 36 Volts, e a corrente de soldagem se aproxima do valor selecionado.

O baixo fator de ocupação do soldador, característico da soldagem manual com eletrodos revestidos, deve ser considerado na compra de um equipamento de soldagem. Assim, se se espera trabalhar correntes inferiores a 300 A, por exemplo, é desnecessário adquirir uma fonte com um ciclo de trabalho de 100% para esta corrente, pois este equipamento estaria superdimensionado e teria um custo elevado.

O porta-eletrodos tem a função de prender o eletrodo e energiza-lo. Seu cabo deve der bem isolado para se minimizar o risco de choque elétrico para o soldador, enquanto suas garras devem estar sempre bem limpas e em boas condições, para evitar problemas de superaquecimento. Um porta-eletrodos é projetado para trabalhar com varetas dentro de uma determinada faixa de diâmetros, sendo especificado pela corrente máxima que conduzir. Como o peso do porta-eletrodos aumenta com o valor corrente máxima permissível, deve-se procurar trabalhar sempre com o menor porta-eletrodos compatível com uma dada aplicação, a fim de reduzir a fadiga do soldador.

Os cabos têm a função de conduzir a corrente elétrica da fonte ao porta-eletrodos (cabo de soldagem) e da peça à fonte (cabo de retorno ou cabo terra). Estes podem ser de cobre ou de alumínio, devem apresentar elevada flexibilidade, para facilitar o manuseio, e serem recobertos por uma camada de material isolante, resistente à abrasão e à sujeira. Três fatores devem ser considerados na escolha de cabos para uma dada aplicação:

- a corrente de solda;

- o ciclo de trabalho da máquina;

- o comprimento total dos cabos do circuito.

A utilização de cabos de bitolas inadequadas, isto é, cabos muito finos para uma dada aplicação, cabos danificados ou a utilização de conexões deficientes ou sujas, podem causar superaquecimento, perdas de energia elétrica, variações na qualidade da solda e até mesmo a ruptura de cabos e conexões.

- CONSUMÍVEIS

Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta metálica, chamada “alma”, com diâmetro entre 1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada de fluxo (revestimento). A composição do revestimento determina as características operacionais dos eletrodos e influencia a composição química e propriedades mecânicas da solda efetuada. Além das funções já citadas, o revestimento serve ainda para:

- Realizar ou possibilitar reações de refino metalúrgico (desoxidação, dessulfuração, etc.);

- Formar uma camada de escória protetora;

- Facilitar a remoção de escória e controlar suas propriedades físicas e químicas;

- Facilitar a soldagem nas diversas posições;

- Dissolver óxidos e contaminações na superfície da junta;

- Reduzir o nível de respingos e fumos;

- Diminuir a velocidade de resfriamento da solda;

- Possibilitar o uso de diferentes tipos de corrente e polaridade;

- Aumentar

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