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Controle Estatístico do Processo

Por:   •  1/10/2018  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  350 Visualizações

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Carta de Controle

É uma ferramenta simples e poderosa usada para separar os dois tipos de causas comuns e especiais e tem sido usadas desde a década de 1920 com sucesso numa grande variedade de situações de controle de processo, o uso dessa ferramenta na melhoria do processo é interativo, onde as fases de coleta, controle e análise são repetidas.

Uma carta de controle é formada por um gráfico cartesiano, onde o eixo horizontal representa o tempo e o vertical o valor da característica; um conjunto de valores (pontos) unidos por segmentos de reta e três linhas horizontais que são limites inferior e superior de controle e linha média, conforme mostrada na Figura 4.

Figura 4.

Existem dois tipos de carta de controle:

Por variáveis (grandezas quantificáveis: medida, massa, resistência, etc.)

De atributo (aprovada ou reprovada)

Carta de controle por variável .

As cartas para variáveis podem ser: x̅ (média) e s (desvio padrão), x̃ (mediana) e R (amplitude), valores móveis individuais e amplitude móvel e x̅ (média) e R (amplitude), representam a aplicação clássica de controle de processo. O controle é realizado monitorando-se duas cartas de controle simultaneamente. As variáveis podem seguir tipos de distribuição de probabilidade diversos. (Figura 5)

Figura 5. Fonte: DUARTE (2012), P11.

Ao analisar uma característica da qualidade, em geral, é controlado o valor médio da característica e sua variabilidade (amplitude ou desvio padrão).

Carta de controle por atributo.

É uma forma de análise de dados, quando se têm apenas dos valores para os atributos (conforme/não conforme; passa/não passa; aprovado/reprovado; etc.), é uma forma de controle mais barata e importante, desde que seja conhecido os limites por exemplo de aprovação ou não, conformidade ou não conformidade. No gráfico abaixo um exemplo de sua aplicação.

Fonte: ttp://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2004_enegep0207_0869.pdf, página visitada em 08/11/2015.

Etapas de Implementação do CEP

Planejamento:

Para qualquer tipo de carta (gráfico) que será utilizado, são necessárias algumas etapas preparatórias, como por exemplo:

Conscientização e treinamento dos envolvidos.

Definição do processo,

Escolha da característica da qualidade, sob o ponto de vista da demanda de qualidade do cliente,

Definição do sistema de medição,

Escolha da fase do processo onde serão efetuados os registros, para que sendo detectada uma causa especial, a imediata ação corretiva seja tomada. (Coletar dados e não agir, implica em desperdício)

Figura 6 – Desenvolvimento do planejamento.

Na fase preparatória ou de planejamento é importante a participação de pessoas envolvidas com a linha de produção, para que assim haja maior comprometimento e sentimento de corresponsabilidade com o processo, tendo esta fase concluída, a elaboração do gráfico deverá obedecer aos passos a seguir:

Escolha do tipo de gráfico

A escolha depende da característica da qualidade a ser controlada, sendo continua a opção é pelo gráfico por controle de variável, não sendo uma característica contínua a escolha é pelo gráfico de atributo (aprovado/não aprovado). (Ver Figura 7).

Figura 7 – Exemplos de gráficos de controle.

Coleta de dados.

Antes de partir para a coleta de dados propriamente dita é necessário decidir quem irá coleta-los, onde serão coletados e armazenados, a responsabilidade e exatidão das informações coletadas.

Os dados devem ser coletados em amostras de tamanho constante. Quanto maior a amostra, melhor é a detecção de pequenas mudanças no processo, entretanto aumentar o tamanho, aumenta o custo de amostragem. Estas amostras devem ser coletadas em frequência periódica, tal frequência deve ser definida de acordo com a chance potencial de mudança de resultado, sendo conhecida a estabilidade do processo, pode-se optar por frequências mais econômicas.

O formulário para obtenção dos dados, independente de qual meio utilizado (papel, planilha, janelas de software, etc.) deve conter: Espaço para identificação da característica medida; tabela para anotações dos valores individuais medidos; espaço para cálculo da média e da amplitude; espaço para cartas de medis e amplitudes.

Figura 8 – Exemplo de formulário de coleta de dados.

Cálculo dos limites de controle

Para o cálculo dos limites de controle, primeiramente deve-se coletar amostras em pequenos subgrupos da característica que se quer controlar, de preferência em intervalos de tempo periódicos, por exemplo, um subgrupo a cada 15 minutos, a frequência de amostragem deve ser definida de tal forma que maximize a chance de ocorrer diferenças entre as amostras. A definição de tamanhos e frequências mais econômicos dependem do conhecimento da estabilidade do processo.

De posse das amostras, calcula-se a média aritmética (X̅) das amostras e amplitude (R) em cada subgrupo, conforme mostrado abaixo.

X̅ = (∑▒Amostras)/(Numero de Amostras)

R = Maior valor-menor valor

Então compara-se o valor da média (X̅) com o valor de cada amostra e havendo valores fora do limite, retira-se a amostra e recalcula-se a média (X̅), de posse das médias de todos os subgrupos, faz-se o cálculo da média das médias (X̅̅) e a média das amplitudes (R̅), como segue.

X̅̅ = (∑▒Médias)/(Numero de subgrupos)

R̅ = (∑▒amplitudes)/(Numero de subgrupos)

Para se calcular o desvio padrão utiliza-se a seguinte equação:

S = √(((a1-X

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