AS PROBLEMÁTICAS NO ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GLP DA PROVÍNCIA PETROLÍFERA DE URUCU
Por: Lidieisa • 17/9/2018 • 2.577 Palavras (11 Páginas) • 393 Visualizações
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Figura 1: Instalações do TA-Coari
Fonte: TRANSPETRO, s. d.
. As principais operações realizadas no terminal aquaviário de Coari são:
- Carga e descarga do petróleo e GLP;
- Inspeções nos dutos de transmissão de petróleo, GLP e Gás Natural;
- Teste de qualidade do petróleo e GLP;
- Reliquefação do GLP;
- Turbo compressão do gás natural;
- Controle e Segurança em casos de acidentes.
O presente trabalho não tem a pretensão de apresentar soluções definitivas para as questões tratadas, contudo, ao apontar as problemáticas, que podem contribuir para debates mais amplos e, também, sinalizar aos responsáveis pelo escoamento e os estudantes dos demais ramos da indústria do petróleo para premência da avaliação de alternativas logísticas que atendam às particularidades do negócio, respeitando o meio ambiente e as comunidades da região
Neste trabalho, buscou-se apresentar as problemáticas no escoamento do petróleo e GLP da província petrolífera de Urucu, e as operações realizadas no escoamento da produção no trecho compreendido entre Manaus e Urucu, no Município de Coari.
2. METODOLOGIA
Na seção seguinte, uma pesquisa sobre o tema é feita, apontando as características, os principais problemas e operações no transporte de petróleo e GLP na província petrolífera de Urucu. Foi realizado também uma visita técnica com o intuito de conhecer a as operações, e as instalações do TA-Coari.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
2.1 Carga e descarga do petróleo e GLP
Após a separação primária, o fluxo de petróleo dos poços da província petrolífera de Urucu são todos direcionados para uma unidade de destilação básica, que separa o petróleo em três frações (petróleo, nafta leve e GLP). O petróleo e a nafta, são misturados e transmitidos para os tanques de armazenagens em urucu. O GLP é transmitido para as esferas de armazenagem.
Devido às condições da região e às necessidades das atividades de extração e produção de óleo e gás, a logística de transporte para atender a base de Urucu é bastante variada. Como já mencionado, o transporte de cargas entre Manaus e BOGPM, é realizado via modal fluvial. Além disso, são empregados os modais aéreo (avião e helicóptero), terrestre (ônibus, veículos leves, carretas, caminhões, guindastes, empilhadeiras, plataformas elevatórias) e dutoviário (oleoduto entre Urucu e TSOL – Terminal Solimões da Transpetro – e o gasoduto Urucu-Manaus) (JONQUA, LEE e PINTO, 2011).
Quando o petróleo e o GLP atingem o volume suficiente para que a transmissão de Urucu para o TA-COARI possa ser feita, o fluxo é direcionados por um conjunto de válvulas que os direcionam até os tanques ou esferas de armazenagem no TA-Coari. A produção de Urucu é escoada através de dutos, o ORSOL I que transmite petróleo, ORSOL II que transmite GLP, a distância entre o Urucu e TA/COARI é de aproximadamente de 276km, e devido essa grande distância o petróleo pode demorar até cinco dias para chegar ao terminal.
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Figura 2: Fluxo de produção de petróleo e GLP com o uso do modal dutoviário
Segundo TEXEIRA (2002): A deposição de parafinas em dutos de transporte e produção de petróleo é um problema crítico enfrentado pela indústria. Perdas significativas de recursos têm sido causadas por problemas de deposição de parafina, devido aos altos custos das técnicas de prevenção da deposição, perda de linhas por entupimento ou aumento da potência de bombeamento.
A capacidade de prever com acurácia a deposição de parafina seria uma ferramenta valiosa que auxiliaria a tomada de decisões no estágio de projeto dos dutos e tanques de armazenagem, e também para agendar intervenções para manutenção dos dutos e tanques. A solubilidade da parafina no óleo é uma função decrescente da temperatura. À medida que deposita-se nos tanques de armazenagem tende a perder calor para o meio, e se um certo nível crítico de temperatura é atingido, a parafina precipita podendo depositar nas paredes dos tanques.
A indústria dispõe de métodos tradicionais para a prevenção ou remoção de depósitos de parafinas. Estes métodos incluem, entre outros, a utilização de inibidores químicos, aquecimento elétrico ou químico das linhas ou remoção mecânico. O custo de utilização destes métodos cresce significativamente com a profundidade da lâmina d’água, podendo vir a ser um fator de peso na viabilidade econômica de um campo de produção offshore (AZEVENDO & TEXEIRA, 2002).
O problema da cristalização da parafina ocorre durante a fase de armazenagem no TA, pois o petróleo que é extraído em Urucu, na sua composição tem uma parcela significativa de parafinas, que ao sedimentarem nos tanques de armazenamento geram dois grandes problemas, o primeiro é que com o passar do tempo as parafinas depositadas no fundo dos tanques passam a possuir consistência variando de um líquido gelatinoso à parafina dura, dependendo da história das condições nos quais foram formados, que ocasiona parada total para a sua remoção, o segundo problema é que as parafinas formam uma fração importante nos compostos do petróleo, mas para se ter maior eficiência no refino do petróleo tem-se que mantê-lo o mais constante possível, então para obedecer a esse critério o TA-Coari utiliza de petróleo com baixo teor de parafinas para solubilizar as parafinas já depositadas no fundo dos tanques de armazenagem, e assim manter um teor baixo de parafinas no petróleo que é escoado para refinaria.
O petróleo e o GLP seguem para a REMAN por intermédio de balsa ou navio, mas a problemática da vazante torna a aparecer, pois nesses certos meses do ano os navios ficam impossibilitados de seguirem até o terminal aquaviário de Coari, então o petróleo e o GLP são descarregados para REMAN somente por balsas, mas por transporta uma quantidade relativamente pequena quando comparado com o uso de navio, o uso de balsas para o transporte de petróleo e GLP tem sido a solução para a problemática da vazante, isso porque se trata de um modal logístico que requer baixo investimento quando
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