Flambagem de Colunas
Por: Jose.Nascimento • 17/12/2018 • 2.994 Palavras (12 Páginas) • 390 Visualizações
...
MAP= PL . sen ɵ Equação 2
Ou seja, para diferentes valores de P e de ɵ tem-se situações de equilíbrio distintas. Combinando-se as duas equações anteriores, os sistemas têm as seguintes condições para os equilíbrios estável, neutro e instável:
[pic 4]Equação3
Em Engenharia Civil, lidamos, apenas, com pequenas deformações, ou seja, θ tende a zero. E quando o ângulo ɵ é pequeno, sen ɵ = ɵ e a Equação 3 tem os seguintes desdobramentos:
[pic 5]
Equação4
Onde:
Pcr = Ҡɵ / L Equação5
A carga que define a transição entre o equilíbrio estável e o equilíbrio instável é a chamada carga crítica Pcr . A perda de estabilidade do equilíbrio é chamada de flambagem, de modo que também chamamos Pcr de carga crítica de flambagem.
Para ilustrar adequadamente a relação entre a carga aplicada e a estabilidade do sistema estrutural, observemos o diagrama de equilíbrio apresentado na Figura abaixo. Trata-se de um gráfico de carga P versus o ângulo de deflexão ɵ. O ponto B, onde o diagrama de equilíbrio se divide, é chamado de ponto de bifurcação. Exatamente no ponto B, onde P = Pcr , o equilíbrio do elemento é neutro.
Na configuração vertical, ou seja, ɵ=0, representada pela linha tracejada, obtém-se uma situação de equilíbrio instável acima do ponto B, e uma situação estável abaixo dele. Configurações alternativas de equilíbrio estável ocorrem ao longo das curvas BC e BC´, com ɵ ≠ 0.
[pic 6]
2.FÓRMULA DE EULER PARA COLUNAS COM EXTREMIDADES ARTICULADAS
No exemplo da Figura- Barra submetida á compressão, observou-se o comportamento de uma barra rígida associada a uma mola de torção quando submetida à compressão. Em casos reais, as colunas possuem uma flexibilidade atribuída ao material e não respondem como o exemplo citado acima. Para nos aproximarmos da realidade, analisemos através da figura abaixo uma coluna ideal com pinos em suas extremidades.
[pic 7]
Para a simplificação do modelo, algumas hipóteses são consideradas:
- Inicialmente, a coluna é perfeitamente reta.
- O material que a compõe tem comportamento linear elástico.
- Os pinos das extremidades passam pelo centroide da seção transversal.
- A coluna tem liberdade para girar pelos pinos sem que haja fricção, assim, as restrições desses apoios são equivalentes àquelas de uma viga bi apoiados.
- A coluna é simétrica em relação ao plano xy e qualquer deflexão lateral da coluna ocorrerá neste plano.
- A coluna recebe uma força axial compressiva P aplicada através do pino superior.
2.1 CONFIGURAÇÃO FLAMBADA
Analisando os valores atribuídos a essa carga:
P Pcr Equilíbrio estável: a coluna permanecerá reta e seu comprimento será reduzido. A tensão axial é uniforme e regida pela equação: σ = P/A.
P = Pcr Equilíbrio neutro .
Para determinar da carga crítica Pcr e a configuração da coluna flambada, deve-se determinar o valor da carga P quando a coluna estiver ligeiramente fletida e em condição de equilíbrio.
2.2 EQUILÍBRIO DE COLUNAS FLAMBADAS
Analisando o diagrama de corpo livre da Figura – Coluna ideal, obtém-se:
[pic 8]
Como ∑ MA=0, tem-se:
M (x) = - P . v(x) Equação6
Em vigas submetidas à flexão, o momento de curvatura é definido pela equação M(x) = EI v’’ , onde v’’ = d²v / dx²
Substituindo-se na equação acima o M(x) da Equação 6, tem-se:
EIv’’ = - P . v(x)
EIv’’(x) + Pv(x)=0 Equação7
Está é a equação diferencial que governa a deformada de uma coluna com extremidades em pino. Trata-se de uma equação diferencial ordinária, homogênea, linear e de segunda ordem.
As condições de contorno para um elemento vinculado por pinos são:
v (0) = 0 e v(L) =0 Equação8
A presença do termo v(x) na Equação 7 significa que não se pode integrar duas vezes a equação para se obter a solução. De fato, apenas quando DE for constante, existirá uma solução simples para esta equação. Sendo assim, a Equação 7 é uma equação diferencial ordinária com coeficientes constantes.
A Equação 7 pode ser reescrita dividindo-se todos os termos por DE:
¹M(x) considerado positivo quando há compressão nas fibras na direção positiva de y.
v’’(x) + Pv(x) / EI = 0 Equação9
Adotando-se λ² = P/ EI, tem-se:
v’’(x)+λ²v(x)= 0 Equação10
A solução geral desta equação homogênea é:
v(x) = C1 senλ(x) + C2 cosλ(x) Equação11
Deseja-se encontrar um valor para λ e conhecer as constantes de integração C1 e C2, tal que as duas condições de contorno apresentadas na Equação 8 sejam satisfeitas.
[pic 9]
Obviamente que, se C1 = C2 = 0, a deflexão v(x) será zero em todos os pontos e apenas obtém-se a configuração retilínea original.
Como se deseja uma configuração de equilíbrio alternativa Figura - Coluna Ideal (b) deve-se encontrar um valor de λ que satisfaça a equação com C1 ≠ 0 , ou seja, λ deve satisfazer a equação característica:
[pic 10]
Como λ² = P / EI , tem-se:
Pn = n²EI / L² Equação12[pic
...