Estradas e seus condicionantes geologicos

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2. ESTRADAS

Estrada, “Via de comunicação terrestre especialmente destinada ao trânsito de veículos” (Vocabulário de estradas e aeródromos, LNEC 1962). As estradas são divididas em dois grupos que são eles, estradas pavimentares e estradas vicinais, de tal modo que, as pavimentares são aquelas constituídas por camadas de materiais, assim sendo colocadas sobre o terreno natural, alguns exemplos desses materiais são as pedras britadas, concreto asfáltico, materiais rochosos, entre outros. Já as estradas vicinais, também conhecidas como estradas não pavimentadas, são as vias onde não há pavimentação, geralmente interligam zonas rurais a zona urbana.

Projeto de uma estrada

Dando ênfase as estradas pavimentares, quando se planeja construir uma estrada, deve-se fazer um estudo local, fazendo um levantamento do terreno, analisando quais serão os materiais encontrados ao escavar o solo, além de identificar a qualidade do que foi retirado. Podemos assim classificar os principais elementos para o projeto de uma estrada, sendo eles a terraplanagem, pavimento, drenagem, sinalização e segurança, e por fim equipamentos complementares.

-Terraplanagem é o ato de escavar ou preencher com terra uma determinada área, para assim deixar o terreno aplainado, ou seja, alisado.

- Pavimento é o revestimento sobre uma determinada superfície, formado por camadas que possuem diferentes características, apresentando assim uma superfície resistente.

- Drenagem, ato onde a água escorre facilmente, se afastando assim do local onde possa causar dano.

- Sinalização e segurança, toda sinalização vertical, horizontal e luminosa, além de postos de SOS e iluminação.

- Equipamentos complementares, são os centros de assistência e manutenção.

3. CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS

Sabendo que geomorfologia é o estudo das formas de relevo da terra, então relacionando com o relevo, as estradas podem se situar em três diferentes locais, junto ao divisor de água, na planície aluvial ou na meia encosta. Sendo a estrada junto ao divisor de águas, ela possuirá uma boa situação para sua conservação, onde para que isso ocorra é necessário que a base seja mantida elevada, deste modo obterá um mínimo escoamento superficial, a secagem do terreno será mais rápida, após a chuva, sendo desnecessário pontes ou bueiros e por fim é obtido também uma menor declividade. As estradas de planície devem possuir pontes para que haja o escoamento da água e sua base deverá ser erguida acima dos níveis das inundações. Já as estradas na meia encostas, passam por muitas dificuldades, pois são necessários vários cortes, aterros, bueiros, desvios de água, além de intensas erosões, assim necessitando que haja a estabilização dos taludes.

4.TALUDE

Podemos afirmar que talude é uma superfície inclinada, em outras palavras é uma superfície de solo exposta que forma um ângulo com a superfície horizontal. (Figura 1). Tendo, assim dois tipos de taludes, o natural, que é formado pela ação do intemperismo, e o artificial que é aquele que foi construído pelo homem, tendo assim o talude de aterro que se forma como resultado da terraplanagem e o talude de corte que se forma como resultado da retirada do material. (Figura 2).

5.RODOVIAS

Aprofundando um pouco mais sobre um dos elementos que o compõe um projeto de estradas, podemos dizer que: Pavimento é a parte da estrada, rua ou pista, constituída por uma ou mais camadas que suportam diretamente o tráfego e transmite os respectivos esforços a sua infraestrutura (terreno, obras de arte, tec.) e é constituído, em geral, por camada de fundação e camada de desgaste. (CAPUTO apud FILHO; NUMMER, 2011, p.300). Tendo conhecimento que a camada de fundação e a camada de desgaste são, o revestimento asfáltico, a base, subbase e subleito.

Sabendo assim que existe alguns tipos de pavimentos, sendo eles o pavimento rígido e o pavimento flexível, onde:

O modelo de pavimentação rígida baseia-se na implementação de cimento como aglomerante hidráulico para interligação dos agregados envolvidos no concreto. [...] A estruturação do pavimento rígido é mais simples em relação ao flexível, haja vista que as camadas de base e de revestimento são unidas em uma única que desempenha, de forma geral, as mesmas funções que suas equivalentes na pavimentação asfáltica. [...] (NETO, 2011, p.51). Podemos então afirmar que a pavimentação rígida é constituída de concreto e sub-base.

Pavimento flexível é aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. (DNIT, 2006). Ou seja é o pavimento não-rígido.

5.1 Camadas que compõe uma rodovia

Para um melhor entendimento sobre a rodovia, vamos explicitar cada uma das camadas, o revestimento é uma camada impermeável, onde tem o contato direto com veículos, e é necessário ter uma boa resistência horizontal; a base deve resistir e distribuir os esforços verticais; a sub-base podemos dizer que complementa a base, tendo assim a mesma função; por fim o subleito que é o terreno de fundação do pavimento. Para uma melhor compreensão segue a figura 03:

Figura 03 – Camadas principais do revestimento asfáltico.

[pic 4]

Fonte: Análise Comparativa entre sistemas de pavimentação rígida e flexível quanto a sua viabilidade técnica e econômica para aplicação em uma via urbana (2013).

Os pavimentos têm como função suportar e distribuir as cargas, transferindo essas cargas para as camadas inferiores, além de protegem o subleito da ação dos agentes intempéricos. De modo que cada pavimento é solicitado de acordo com a necessidade, tendo assim os pavimentos de estradas, solicitados pela força mecânica de compressão, impacto e atrito, pela variação de temperatura, e até mesmo umedecimento e secagem; nos pavimentos com paralelepípedos as forças de atrito na superfície é mais ativa; nos pavimentos asfálticos as solicitações já mencionadas são