ESTRADAS E SEUS CONDICIONANTES GEOLÓGICOS
Por: SonSolimar • 20/8/2018 • 3.538 Palavras (15 Páginas) • 599 Visualizações
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Os conhecimentos geológicos e geotécnicos serão importantes para os dois grupos de estradas, tanto para entender os fenômenos que podem afetá-las quanto para estender os conhecimentos e observações de comportamento de uma área a outras de natureza geológica semelhante, salientando-se a necessidade de melhor conhecimento para a conservação das estradas.
É preciso um roteiro de trabalho, ou seja, o levantamento geológico que necessita de dados dos atributos geotécnicos do subleito, esses dados são dos materiais que serão escavados, estabilidade dos taludes escavados materiais da construção, fundações dos aterros, a identificação dos cados individuas deve ser quantitativa e qualitativa para melhor levantamento. (MACIEL FILHO, 2011)
A qualidade e a quantidade dos materiais que serão disponibilizados são essenciais para as informações que serão obtidas, pois facilitam o estudo da localidade, como exemplo quando se determina a quantidade é possível determinar a topografia, o tipo de acesso, a qualidade e tipo de material, assim temos os ensaios de laboratório que trazem as amostras tanto de solos, como rochas e areias.
Existem diversos tipos de estradas, como a estradas de planície que devem ser erguidas acima do nível de inundações e assim devem existir pontos para o escoamento das águas, já as estradas em terraços fluviais devem conter um terreno praticamente plano, ou seja, livre de inundações, todavia com diversos bueiros e pontes. As estradas em melhores situações são das estradas que se localizam próximo ao divisor de águas, ou seja, percorrem seu caminho natural e não precisa de bueiros ou pontes para seu escoamento, distinto das estradas.
4 RODOVIAS E FERROVIAS
Na construção de rodovias e ferrovias é de suma importância o estudo geológico do espaço onde será implementado, desta forma sabe-se se é possível à construção. As rodovias e ferrovias são construídas para diferentes meios de transportes, assim cada um tem seu método de execução, ambas tem o mesmo objetivo geral: a locomoção de coisas e pessoas.
4.1 rodovias
A principal característica das rodovias é sua grande extensão e sua utilização que é para a ligação entre regiões e transporte de bens e pessoas. Estas que promovem uma alteração no meio ambiente, pois atravessam terrenos com diferentes características (geologia, geomorfologia, solos, florestas, etc.). (RIDENTE JÚNIOR, 2008). Para que se obtenha um bom resultado é necessário saber qual o tipo de solo e seguir rigorosamente suas peculiaridades, para isso é necessário que se façam estudos e análises que deem frutos para antes e depois nas obras. (NOGAMI, 1978 apud SOUZA SILVA; MUNIZ de FARIA, 2007).
Os elementos básicos de uma rodovia são: pavimento, revestimento, base, sub-base, leito, subleito. (MACIEL FILHO, 2011) Como detalhado a seguir:
a) Pavimento: É parte que suporta todo o tráfego é constituído por uma ou mais camadas e transmitem o esforço para a infraestrutura. Pode ser constituído por duas principais camadas, a de fundações e a de desgaste. (CATUPO, 1981 apud. CHIOSSI, 2013).
b) Revestimento: É camada tanto quanto impermeável, que recebe a diretamente a ação do rolamento dos veículos, e para deve melhorar as condições para que se tenha uma melhor impermeabilidade para que não haja deformações na via. (SANTOS, 1972 apud MACIEL FILHO, 2011)
c) Base: É a camada a qual se constrói o revestimento, esta deve ser resistente e distribuir as outras camadas mais abaixo os esforços verticais causados pelos veículos. (SANTOS, 1972 apud CHIOSSI, 2013)
d) Sub-base: É camada complementar a base, deve ser usado caso não tenha segurança em colocar a base ligada juntamente com o leito, até mesmo por questões econômicas a base tenha uma menor espessura. (FRAZÃO, 2002 apud CHIOSSI, 2013).
e) Leito: É a superfície obtida pela terraplanagem ou obra de arte, e que separa o subleito da base ou sub-base é a camada complementar a base. (SANTOS, 1972 apud CHIOSSI, 2013)
f) Subleito: É o terreno de fundação que suportará todo o pavimento, assim, devem-se estudar os solos em profundidade para analisar se é suportável a carga que o tráfego impõe. (SANTOS, 1972 apud CHIOSSI, 2013)
4.2 ferrovias
Também chamadas de vias permanentes são as plataformas por onde se locomovem trens de carga e de passageiros. Podendo variar de dimensões e número de plataformas é formado de Sublastro, Lastro, Dormente, Trilhos, a superfície final o leito recebe os mesmos tratamentos que as de rodovias. Posteriormente, recebe a instalação dos trilhos. Para a instalação de ferrovias é necessário seguir as regras da Arema e NBR.
a) Sublastro: O sublastro é uma camada granular (areias naturais, pó de pedra, escórias de fornos siderúrgicos) com espessuras variadas, que absorve os esforços dos dormentes e os transfere para o terreno subjacente (plataforma). Ele serve como camada drenante protegendo a camada de solo das águas de chuva. (MACIEL FILHO, 2011; ROSSITTO, 2013).
b) Lastro: O lastro tem a função de distribuir o peso uniformemente quando ocorre a passagem do trem, estabilizando-a para que não ocorram movimentos acarretados como as vibrações, e protege os dormentes, fixadores e trilhos. (ROSSITO, 2013)
c) Dormente: São linhas colocadas transversalmente na via que têm o objetivo de transferir ao lastro os esforços causados pelas cargas, servem de suporte dos trilhos. São fabricados em madeira, por ser mais flexível e elástico. (ROSSITO, 2013)
d) Trilhos: São sobrepostos aos dormentes, são por eles que se deslocam os trens, após um encaixe em suas rodas metálicas, estes guiam os trens. Para suportar as propriedades é recomendado que seja feito em aço, pois reúne dureza, tenacidade, elasticidade e resistência à flexão. (ROSSITO, 2013)
5 ESTRADAS RURAIS
As estradas rurais surgem a partir da necessidade de mobilidade de determinada comunidade, que fica mais afastada da cidade ou de outras comunidades. Em maioria são feitas sem um projeto de engenharia. Normalmente são feitos da forma mais simples que é a retirada da vegetação, onde começam a trafegar as pessoas, animais e automóveis.
Essa falta de planejamento interfere diretamente ao meio, pois começam os processos erosivos, com a retirada da vegetação de gramíneas, e, nos sulcos. A falta de conservação ocasiona a mudança no terreno, como o rebaixamento, o transporte
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