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A CRISE HÍDRICA NO DISTRITO FEDERAL

Por:   •  21/12/2018  •  2.628 Palavras (11 Páginas)  •  423 Visualizações

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A falta de recursos hídricos vem pelo desprezo de diversos governos, desde a fundação da Capital Federal, pois o aumento da população já era previsto e mesmo assim nada foi feito para prevenir o fornecimento de água. Atualmente, de acordo com a CAESB, (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) usufruímos de cinco sistemas produtores: Descoberto, Torto-Santa Maria, Sobradinho-Planaltina, Brazlândia e São Sebastião, porém não está sendo suficiente para o abastecimento da população. E mesmo com a retomada das chuvas, esses reservatórios ainda demorarão em recuperar-se e trazer de volta a estabilidade hídrica.

Infelizmente, Brasília tem sofrido visivelmente a escassez, porém a falta de gestão hídrica se expande a todo o país e de acordo com o Administrador Wagner Siqueira, presidente do CFA (Conselho Federal de Administração) o Brasil claramente sofre com a má gestão e não somente do governo:

O governo não se planeja, não adota medidas a longo prazo. Quando a coisa aperta, recorre a atitudes paliativas que não vão resolver a questão no futuro. Afirma, lembrando que a população tem sua parcela de culpa por achar que a água é infinita. Existe, ainda, muito desperdício. Infelizmente esse é um problema cultural. As pessoas, no Brasil, estão acostumadas a esbanjar e lavam a calçada com água, por exemplo. (SIQUEIRA, Wagner, 2017, CFA.)¹

A falta de gestão é visível quando comparamos o volume do reservatório do Descoberto entre 15 de Março de 2016 e 15 de Março de 2017, exatos 365 dias e uma diferença alarmante entre os volumes nessas duas datas. Em Março de 2016 a Capital Federal estava em espírito comemorativo por estar dentro dos padrões de “segurança hídrica”, com o seu maior reservatório de água transbordando, e segundo técnicos da Caesb, esse montante transbordante de águas não significava falta de planejamento ou desperdício, já que a água era devolvida a bacia do rio, porém em Março de 2017 o mesmo reservatório entra em estado alarmante com apenas 43,96% da sua capacidade, no dando a prova da falta absurda de gestão pública. Outro grande reservatório que abastece a Capital o de Santa Maria obtém um nível volumétrico um pouco maior, entre 46% e 47%, mas ainda assim alarmante, pois por conta desses níveis foi decidido que o racionamento de água seria aplicado em todo o Distrito Federal.

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Problema de pesquisa

A falta de chuva anda gerando certo desconforto a todos os moradores de Brasília, muitos andam preocupados, pois mesmo com a aquisição do reservatório básico – a caixa d’água – há o questionamento se as caixas instaladas serão suficientes para esse período, pois em muitos locais a situação é de mais de 48 horas sem água, mas a grande questão é: Nós podemos encontrar e realizar resultados satisfatórios para o fim dessa crise? O quanto teremos que abrir mão das nossas comodidades hídricas para gerar abastecimento abundante para toda Capital Federal? O governo é o espelho de seus governados ou a má gestão vem só dos órgãos públicos?

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Objetivo Geral

Temos como objetivo através desse projeto de pesquisa encontrar e expor soluções para crise hídrica que a Capital Federal enfrenta nesse momento, conscientizando o leitor de que nós também temos grande parcela de culpa na crise hídrica, e obtenhamos um sucesso maior e com rapidez diminuindo assim possibilidades futuras de novas crises.

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Objetivos Específicos

Criar estratégias reais para os gastos exacerbados de água, tanto do governo quanto da população, trazendo à discussão as seguintes questões:

- O crescente consumo de água;

- Poluição e impedimento do fluir das reservas hídricas;

- Degradação dos recursos naturais;

- A incontestável mudança climática;

- A ausência da infraestrutura básica.

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Justificativas

Esse projeto de pesquisa iniciou-se por conta da situação emergente do Distrito Federal com a escassez de água, sabe-se que a disponibilidade da água encontra-se cada vez mais reduzida em muitas partes do mundo, por ser o recurso mais importante para a humanidade, tanto para seu consumo próprio (doméstico), produção e irrigação das lavouras para comércios, produção de energia elétrica, quanto para estâncias públicas.

Esse tema - crise hídrica - está por todas as partes, por todos os meios de informações e comunicações, nos dando o alarde para que a população use de forma consciente a água, reduzindo seu gasto exagerado. O governo vem tomando suas devidas providências, reduzindo a demanda de água para as cidades-satélites. E os estudantes são constantemente abordados com esse tema, nos trazendo então ao presente projeto de pesquisa, que tem como objetivo trazer soluções para a crise que estamos passando e consequentemente evitar novas crises no futuro.

Como já foi citado, e é o tema chave desse projeto, o principal motivo da crise hídrica não é somente a falta de chuvas, mas o largo descaso com a gestão desse tesouro natural. As inspirações para esse projeto foram as pesquisas e debates realizados por professores e pesquisadores da UnB, que lançaram matérias no portal noticias.unb.br, com os seguintes títulos: Olhares sobre a crise hídrica no Distrito Federal e Pesquisadores da UnB avaliam alternativas para crise de abastecimento em Brasília. Muitos tópicos dessas matérias serão citados no decorrer da pesquisa, sendo usadas como complementos para esse projeto de pesquisa.

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Referencial Teórico

“A questão do uso da água é uma equação simples de matemática: a quantidade de água no mundo é constante, só que estamos cada vez mais aumentando a população e as atividades que têm demandado água nos seus processos. Isso diminui a quantidade disponível por habitante.” (NETTO, Oscar. 2017, Unb Notícias)²

De acordo com a ADASA (Agência Regulamentadora de Águas, Energia e Saneamento), a Capital Federal está vivendo o seu pior momento dos últimos 30 anos. Onde os seus dois principais reservatórios estão em estado emergente por terem seus níveis de água muito abaixo do

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