Automação Industrial e a Robótica

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O desenvolvimento inicial dos autômatos veio do esforço de se automatizar a produção, que começou no século XVIII na indústria têxtil com o surgimento dos primeiros teares mecânicos. No entanto a criação dos verdadeiros robôs não foi possível até que surgisse os primeiros computadores em 1940. O primeiro robô industrial foi o Unimates, desenvolvido por George Devol e Joe Engleberger, mais ou menos no início da década de 60 para a General Motors. Ele assumiu, na linha de montagem, tarefas nocivas a seres humanos como a remoção de peças pintadas até a parte de solda da carroceria. Esse equipamento continua sendo usado até hoje em algumas indústrias. Outro dos primeiros computadores foi o Shakey, no fim da década de 60. Ele foi o primeiro robô móvel e foi desenvolvido pelo Instituto de pesquisa de Stanford. Ele usava câmeras para localizar objetos e se mover até eles.

Com a crise do petróleo de 1973 as indústrias iniciaram uma corrida desesperada em busca da redução de custos, fazendo com que a aplicação de robôs surgisse como uma solução perfeita a racionalização da produção. Um grande avanço nessa área foi a significativa diminuição no preço desses dispositivos. Quando foram lançados eles eram caros e acessíveis a poucas empresas. Mas no fim dos anos 70 começou a ocorrer uma acelerada baixa de preços, tendo como responsável a microeletrônica, que diminuiu o tamanho dos processadores e com isso o valor. Essa diminuição contribuiu para que a robótica disseminasse e, atualmente ela atravessa um período de continuo crescimento que permitirá em curto espaço de tempo o surgimento de robôs inteligentes.

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2.3 Uso nas indústrias

As indústrias que mais utilizam a automatização e a robótica em seus processos é a automobilística. Os primeiros robôs criados foram usados nela, e até hoje esse tipo de indústria é a que mais utiliza esses dispositivos na produção. A automação na indústria automobilística é mais empregada nas linhas de pintura e soldagem, onde os robôs estão em presença maciça, praticamente dispensando a atuação humana. A indústria de eletrodomésticos também foi um campo em que eles se deram bem, pois os aparelhos domésticos têm sua maior parte montada por robôs. Além da produção industrial, o ramo agrícola também está sendo automatizado. No Japão por exemplo, eles transformaram um plantador de arroz comum em um robô inteligente. Na indústria de alimentos os robôs colocam e retiram os alimentos do forno, além de outras funções.

A indústria ao escolher o processo de automação deve-se passar por uma avaliação técnica para escolher o equipamento apropriado, além de analisar a proposta na qual a empresa se encaixa. Deve levar em consideração todas as melhorias que o processo irá proporcionar e os avanços na produção. Os fatores que devem ser analisados são a flexibilidade do sistema, produção, qualidade, treinamento necessário aos operários para implanta-lo, segurança, entre outros.

Na indústria brasileira o seu grande impulso na área da automação e robótica se teve por meio das empresas de pequeno e médio porte, que tinham o objetivo de se tornarem mais competitivas; se aperfeiçoando para atender o aumento da demanda, ao mesmo tempo, que investindo na melhoria de seus produtos. Tudo isso levando em consideração a queda acentuada nos custos da implantação da robótica, que foi um grande incentivador.

A Comissão Econômica das Nações Unidas constatou que o número de robôs sendo utilizados na indústria brasileira está crescendo. Segundo a Comissão mais de 1,8 mil robôs foram instalados na América Latina nos últimos anos. Desses, mais de dois terços estão no Brasil. O México é o segundo maior usuário, seguido pela Argentina. Nessa avaliação o setor automotivo e eletrônico no Brasil são os principais usuários da tecnologia. O número de robôs no país tende a aumentar nos próximos anos, mas pesquisadores defendem que como a mão de obra no Brasil ainda é barata, a expansão do uso de robôs em todo o setor econômico ainda não é favorecida. No total, o estudo aponta que exista no mundo entre 760 mil e um milhão de robôs em funcionamento. E esse número só tende a aumentar, graças ao descobrimento de novas tecnologias.

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2.4 Benefícios

Um dos benefícios mais significativos da automação é o aumento da produtividade, pois ela permite a realização de ciclos de produção mais rápidos e com maior eficiência. Ela também permite a eliminação de tempos mortos, ou seja, as máquinas automatizadas são “operários” que trabalham 24 horas por dia, aumentando a rentabilidade da produção.

Outro benefício é a redução de custos pois esses sistemas oferecem um rápido retorno sobre o investimento por causa do aumento da produção. Os custos também são reduzidos pela menor necessidade de trabalhadores para realizar diversas tarefas que o robô pode realizar sozinho. Esse processo também aumenta a qualidade dos produtos, pois a produção pode ser cuidadosamente regulada e controlada.

Além do aumento da flexibilidade da produção que permite que os produtos se adequem às características de mercado, evitando a produção de estoques.

A automação também traz a diminuição do espaço utilizado, que pode estar relacionado a custo de produção, levando em consideração os trabalhadores, o número de ferramentas e a movimentação de peças, um processo robotizado permite um planejamento mais criterioso da fabricação, além de diminuir o número de subconjuntos.

2.5 Impactos sociais

Fala-se em evolução tecnológica, mas não se pode esquecer dos impactos sociais que ela causa. Quando pensamos em automatização e robotização de qualquer processo o primeiro problema que vem à nossa cabeça é o desemprego. É evidente que o uso de máquinas na produção torna desnecessário o emprego de muitos trabalhadores na mesma, pois uma só máquina pode exercer a função de muitos humanos. Com isso, muitas pessoas ficam desempregadas.

Em um informe oficial o Science Council of Canada Report prevê uma taxa de 25% de pessoas que perderão seu emprego até o final do século em função da automação. É claro que não podemos ter previsões extremamente exatas nesse caso por se tratar de um problema com muitas variáveis. Mas uma coisa é certa: a automação e robotização vem avançando desde o seu início, e hoje tende