O Sistema digestivo dos peixes
Por: Juliana2017 • 25/12/2018 • 1.596 Palavras (7 Páginas) • 668 Visualizações
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3. CAVIDADE BUCAL
A cavidade bucal é compartilhada pelos aparelhos respiratório e digestivo. Sua função digestiva se limita a selecionar, apreender e conduzir o alimento até o esôfago. Nos peixes, muitas vezes é denominada como cavidade bucofaringeana por não se poder subdividir anatomicamente a cavidade bucal e faringe, visto que o limite entre os dois órgãos é pouco evidente, havendo continuidade anatômica entre eles. É composta pelos lábios, boca, dentes, língua e arcos branquiais e é recoberta por um epitélio mucoso estratificado sobre uma grossa membrana basal unida aos ossos ou aos músculos por uma derme extremamente condensada.
4. ESOFAGO
O esôfago quase sempre é um tubo curto, largo, reto e muito musculoso, e sua função é de degustar o alimento (possui botões gustativos) e transportá-lo até o estômago com o auxílio das ondas peristálticas (contrações musculares cuja função é transportar os alimentos pelo TGI, misturá-los com os sucos digestivos e pôr os nutrientes digeridos em contato com a mucosa intestinal, para sua subsequente absorção).
5. ESTOMAGO
O estômago pode ser dividido em três regiões, que são a cárdica (entrada), fúndica (saco) e pilórica (saída). A cárdia e o piloro possuem esfíncteres que controlam a passagem dos alimentos pelo estômago, porém, em alguns peixes, o esfíncter cárdico pode estar ausente. A superfície interna (mucosa) contém uma variedade de células glandulares endócrinas e secretoras exócrinas. Estas últimas produzem o muco e o suco gástrico. As características das glândulas gástricas variam conforme o hábito alimentar do peixe, sendo mais ramificadas e desenvolvidas nos peixes carnívoros. O estômago armazena temporariamente o alimento e desempenha funções mecânicas que auxiliam na trituração e início da digestão dos alimentos. O tamanho do estômago pode ser usualmente relacionado com o intervalo entre as refeições e o tamanho das partículas do alimento ingerido. Os peixes que consomem grandes presas em intervalos esparsos possuem grandes estômagos e aqueles que se alimentam de pequenas partículas (i.e. micrófagos) possuem frequentemente pequenos estômagos ou não os possuem (p. ex.: carpa comum).
6. INTESTINO
O intestino é um tubo relativamente simples, iniciando na válvula pilórica e terminando no reto, não sendo separado em delgado e grosso, como nos mamíferos. Possui glândulas digestivas e um suprimento abundante de vasos de sangue e de linfa, onde se completa a digestão iniciada no estômago. No intestino é onde ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes, íons e água oriundos da dieta, sendo os produtos da digestão mantidos em solução, o que facilita a absorção.
Nos peixes, além da função de digestão e absorção, o intestino pode desempenhar outras funções, como auxiliar na osmorregulação ou na respiração.
Há uma ampla variedade de estruturas especializadas encontradas no intestino de diferentes espécies de peixes. Uma das mais importantes são os cecos pilóricos, presentes em algumas espécies de peixes, como nos salmonídeos e nos curimatídeos. Os cecos pilóricos são divertículos cegos de formato digitiforme que se encontram na região pilórica e na porção anterior do intestino médio, estando livres entre si ou ocasionalmente fundidos à parede do estômago. Suas características histológicas e histoquímica (composição química) são semelhantes às do intestino adjacente, sugerindo que os cecos pilóricos sirvam para aumentar a superfície intestinal sem aumentar o comprimento ou espessura do intestino. São mais desenvolvidos em peixes carnívoros e reduzidos, ou mesmo ausentes, nos herbívoros, possuindo uma função diferente dos cecos dos mamíferos e das aves, nos quais ocorre a fermentação do alimento. Entretanto, não está bem definido se há relação entre a presença de cecos pilóricos e a dieta do peixe, pois eles ocorrem nos peixes carnívoros, onívoros e herbívoros. Nas espécies com poucos ou nenhum ceco ocorre maior desenvolvimento da mucosa e/ou maior comprimento do intestino médio para compensar a escassez ou ausência dessas estruturas. Servem também como reservatório de alimento.
7. RETO
O reto possui uma parede muscular muito mais grossa que a do intestino e com uma grande capacidade de distensão. O reto pode ser diferenciado do intestino médio pelo decréscimo da vascularização e do número de células secretoras e pelo aumento do número de células produtoras de muco, as quais podem ser vistas histologicamente. Também há a possibilidade de ocorrência dos cecos retais, cuja função principal é a absorção de água. Em alguns peixes pode haver uma pequena constrição entre o intestino e o reto, onde se localizam um esfíncter e a válvula ileoretal, delimitando as duas regiões intestinais, como é o caso da tuvira. A abertura anal ou fenda é também o local de terminação dos ductos urinários e reprodutivos. Mesmo com os três ductos desembocando na mesma região, esta não se caracteriza como cloaca, pois eles se abrem para o ambiente externo e não para uma câmara interna comum, como ocorre nas aves.
8. CONCLUSÃO
Neste trabalho vimos sobre o Sistema digestivo dos peixes, sua composição e função.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/811108/1/DOC53.pdf
http://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/seminarios/peixes.pdf
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