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Técnicas de Exame Psicológico E suas aplicações no Brasil. Ed. Vozes

Por:   •  3/4/2018  •  2.251 Palavras (10 Páginas)  •  348 Visualizações

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A homogeneidade só pode ser objeto de estudo em testes longos, compostos de muitos itens de variada natureza, e além do mais, mesmo em testes dessa ordem, dado o tipo próprio do instrumento e da variável em apreço, pode não ser conveniente à homogeneidade de suas partes.

A sensibilidade ou fineza discriminativa – o teste deve procurar estabelecer diferenciações reduzidas entre os sujeitos, ser o mais sensível possível isto é, ser capaz de discriminar finamente os sujeitos - está relacionada a aferição. A fineza discriminativa constitui um requisito ideal, no sentido de que quanto mais sensível for o teste, tanto mais valor apresentará como instrumento de medida. Está condicionada à qualidade da variável focalizada pelo teste

Classificação

A multiplicidade dos testes psicológicos determina esforço para sua classificação no sentido de estabelecer as grandes categorias de testes. Isto tem feito através de vários critérios não mutualmente exclusivos: o do uso do emprego, o da modalidade de apresentação, o da abordagem, o do objeto, o da natureza da função, e o da modalidade de construção.

Capitulo II

É importante para o teste como instrumento cientifico que seja usado adequadamente. Mas também pelos efeitos que tem sobre o sujeito, insiste-se nos cuidados indispensáveis e na exigência da pessoa habilitada para seu uso.

O código de ética profissional estipula as condições para usos de testes psicológicos, limitando-o ao psicólogo, isto é, à pessoa com formão exigida para esse título. Evita-se seu uso inadequado e, por outro lado, a familiarização com o material, que invalida o teste.

Evidentemente o bom uso dos testes psicológicos se inicia com a escolha do instrumento adequado.

1- Objetivo do estudo e a relevância do teste para o problema:

Tendo-se em mira. O que se pretende avaliar, escolhe-se o teste que se apresenta como relevante para esse fim. Pode ser uma escolha na base de funções como: inteligência, aptidão musical, personalidade, rendimento escolar, ou de um problema de diagnóstico, como diferenciação entre um esquizofrênico e um epiléptico.

2- Características do sujeito a ser testado:

O teste precisa ser apropriado ao sujeito, nos seguintes aspectos: idade (às vezes grau escolar), sexo, nível educacional, status sócio-econômico-cultural, experiência anterior, vivência urbana ou rural, condições físicas gerais, presença de deficiências especiais e uso da linguagem.

Ao escolher um teste devemos, portanto, comparar essas características do sujeito com as do grupo para qual o teste foi padronizado. Se as características do sujeito não se aproximam das do grupo de padronização, os resultados não serão validos.

3 – Qualidades os requisitos dos testes:

A escolha de um teste deve ser orientada, também, pelo exame de suas qualidades essenciais: validade, precisão, padronização e aferição para o grupo. Os informes sobre validade e precisão, expresso usualmente em coeficientes de correlação, deverão ser usados.

4 – Condições de aplicação:

Outras considerações pertinentes à escolha do teste dizem respeito acertas condições de aplicação, entre as quais sobressaem: o uso do material e o tempo a ser gasto no trabalho com o teste. São ambos os aspectos muitos práticos, que serão considerados, mas não necessariamente, em todas as situações. Se não há problemas para a aquisição de material de teste, não importa tanto selecionar o instrumento tendo em vista esse aspecto. Se há grande soma de tempo disponível, também, não é importante escolher o teste segundo esse critério.

5 – Preparo do aplicador

Este ponto deve ser considerado no sentido de que além do preparo geral requerido para o uso de testes psicológicos, há exigências específicas para determinados conjuntos de provas. Testes de personalidade, por exemplo, demandam um preparo maior que os de eficiência. Mesmo dentro desses dois conjuntos, alguns testes em especial requerem preparo mais longo e difícil que os demais.

Para fins de diagnóstico só devem ser usados testes com os quais o examinador esteja familiarizado. Se outras condições são iguais, é preferível usar poucos instrumentos bem familiares, a uma quantidade grande de testes, dos quais se tem apenas conhecimento superficial.

A administração ou Aplicação

A administração constitui fase importante no uso dos testes.

1- Importância da padronização rigorosa:

As instruções técnicas para a administração do teste devem ser obedecidas estritamente. Deve haver uniformidade, apesar de examinadores diferentes: o tempo a ser concedido para a execução da tarefa, a ordem e a forma dos itens, o material a ser usado, nada pode ser modificado. A não ser que se proceda a trabalhos de adaptação e revisão do teste, modificações não devem ser introduzidas pelo examinador, sob o risco de invalidação dos resultados.

2 – Preparação previa do examinador:

Uma das condições de garantia da padronização da administração está no preparo prévio do examinador. O preparo prévio inclui uma série de aspectos que aparecem assinalados de forma prática nas Recomendações para Aplicação de Testes Psicológico, Apêndice nº 1.

3 – Condições de aplicação: Existem aspectos gerais na administração dos testes que devem ser considerados pelo examinador, levando-se em conta principalmente o fato de tratar-se de situação individual ou coletiva.

4- Atitude do examinador e relacionamento (rapport):

Ponto de capital importância no administrar testes psicológicos constituem a atitude do examinador e o relacionamento que estabelece com os sujeitos. A situação individual acentua aspectos diferentes dos da coletiva, mas em ambos o relacionamento é relevante. Aspectos práticos decorrentes são assinalados no apêndice mencionado atrás.

5- Atitude do sujeito e “interação clínica”:

Não deve ser negligenciada a atitude com que o sujeito enfrenta o teste. Esse atitude predominantemente não consciente para o próprio sujeito depende de uma série de fatores experiências anteriores com exames psicológicos ou de uma outra natureza, familiarização

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